ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:UM PROCESSO PEDAGÓGICO
Por: Sabrina45 • 14/8/2017 • Artigo • 2.824 Palavras (12 Páginas) • 334 Visualizações
FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA – UNIVEM
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM ARTES NA EDUCAÇÃO
CECÍLIA MEIRY MARTINS
MARIA APARECIDA ALVES EDUARDO
ROSEMERE MIRANDA PATROCINIO SANTORIO
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:UM PROCESSO PEDAGÓGICO
RESUMO
O presente trabalho tem como tema central a alfabetização e o letramento na Educação Infantil. Investiga como o professor que atua com crianças até os seis anos, pode oferecer um espaço de leitura e escrita em sua sala de aula. Para elucidar essas questões buscou-se o referencial teórico de Magda Soares, Maria do Socorro Macedo, Regina Scarpa entre outras estudiosas da educação infantil e o letramento. Os principais objetivos da pesquisa foram conhecer como acontece a alfabetização e o letramento, antes do ensino fundamental e no que isto irá repercutir no desenvolvimento dos alunos. A pesquisa apoiou-se na descrição de um diário de campo realizado em uma turma de Jardim com crianças de aproximadamente cinco a seis anos de idade em uma escola de Educação Infantil pública. A partir dos dados observou-se a importância de um espaço lúdico, onde o professor possa deixar que o aluno descubra a sua visão do mundo escrito e apoia-lo nesta descoberta, a fim de oferecer suporte para suas curiosidades acerca desta questão.
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é buscar a compreensão do que são letramento e alfabetização, apontando, discussões que mostram como se desenvolve o processo de alfabetização.
Diante do exposto, optamos por desenvolver o tema: “Alfabetização e Letramento: Um processo pedagógico”.
O interesse por esta temática partiu da importância de alfabetizar a criança possibilitando a construção de um conhecimento articulado, em que ela aprenda a ler e escrever, compreendendo não apenas a escrita e como ela representa graficamente a linguagem, mas concebendo a leitura como fonte necessária na vida do ser humano e a relevância de sua utilização nas práticas sociais de forma crítica e consciente, acreditando que ela pode contribuir na alfabetização.
Neste sentido, este trabalho está sendo desenvolvido para análise do seguinte problema de pesquisa:De que forma o letramento é desenvolvido na Educação Infantil.
Observa-se, então, que o letramento ultrapassa os “limites” de uma educação formal que se encontra na escola, e que se pode incentivar a criança a utilizar as práticas de leitura e escrita no seu cotidiano, ou seja, nos seus diferentes contextos, lendo o mundo ao seu redor, na observação de tudo que a cerca.
Os objetivos específicos propostos neste estudo envolveram ao refletindo sobre alfabetização será proposto outro olhar colocando em questão o objeto de conhecimento envolvido nessa discussão: a língua escrita. E por fim, o letramento será discutido no campo da ciência, ou melhor, na formação dos alunos para uma vida numa sociedade.
2 ALFABETIZAÇÃO
O termo alfabetização consiste no aprender o alfabeto no qual o indivíduo busca o desenvolvimento de habilidades relacionado à leitura e a escrita tais como compreender, interpretar e criticar buscando significados relacionados ao mesmo. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.
Segundo Soares (2007), o termo alfabetização recebe um significado de processo permanente por toda a vida do indivíduo, não se esgotando apenas na aprendizagem da leitura e escrita. Mas, existe uma diferença entre o processo de aquisição da língua (oral e escrita), do processo de desenvolvimento da língua (oral e escrita) e o último, nunca é interrompido. O termo alfabetização não designa tanto o processo de aquisição da língua, quanto seu desenvolvimento, portanto, é especificamente um processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita e é um conceito que dependerá de características culturais, econômicas e sociais. Atualmente, se reconhece a importância de se usar algumas práticas da escola tradicional, que são entendidas como métodos da alfabetização, alguns equívocos de compreensão foram percebidos e ajustados e muitos aspectos da escola nova tida como essenciais.
Contudo, não se pode negar uma prática ou outra, só por ela estar fundamentada, mas avaliar quais são as suas contribuições e necessidades na adaptação de cada turma onde as mesmas convêm serem utilizadas para um processo de alfabetização significativa.
Alfabetizar letrando é uma prática necessária nos dias atuais, para que se possa atingir a educação de qualidade e produzir um ensino, em que os educandos não sejam apenas mais uma caixa de depósito de conhecimentos, mas que venham a serem seres construtivos e transformadores da sociedade. Em meio a uma sociedade com tantos desafios o ideal é que o alfabetizador utilize de tudo o que souber sobre as hipóteses que as crianças constroem a respeito da escrita para interpretar o que escrevem e ajudá-las.
Portanto, caberá ao professor organizar as situações de aprendizagem de forma a oferecer informações adequadas, observando as ações dos alunos, acolher ou problematizar suas produções e intervir sempre que achar que o aluno terá condições de avançar.
A leitura e escrita tem sido consideradas como meios de instrução sistemática, mas na realidade as atividades de interpretação e de produção escrita se iniciam antes da escolarização, as crianças têm noções das funções da escrita para nomear, identificar, mostrar, indicar, informar e comunicar se.
Assim, segundo (Ferreiro, 1999) a escrita não é um produto escolar, mas algo adquirido por decorrência da cultura.
Desse modo, a alfabetização é um processo de construção de conhecimentos que não termina nunca, pois a criança convive o tempo todo com informações produzidas pelos adultos nos mais diversos contextos. (Ferreiro, 1999).
O aprendiz deve ser visto, no entanto como um sujeito que tem um papel ativo em sua aprendizagem, alguém que pensa o tempo todo, que estabelece relações e elabora as informações fornecidas pelo mesmo. Dessa forma, o professor precisa dispor de estratégias que o ajudem a compreender o que cada um de seus alunos já sabe. (São Paulo, 2005).
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