ARTIGO A LUDICIDADE NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO
Por: Déia Romano • 1/12/2018 • Monografia • 2.769 Palavras (12 Páginas) • 274 Visualizações
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RESUMO
Brincar faz parte da essência de toda criança. Através da ludicidade a criança expressa suas emoções, supera limites e medos, cria sua identidade e aprende a respeitar regras. Brincar é um direito garantido no artigo 31 da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças: “Os Estados Partes reconhecem o direito da criança ao descanso e lazer, a participar do brincar e das atividades recreativas e a participar livremente da vida cultural e das artes”. Pesquisas mostram que os docentes não saem preparados de suas formações valorizando o brincar como método educativo e não demonstram estar aptos a propiciar propostas pedagógicas através das brincadeiras. É um grande desafio para todos os educadores, compreender o mundo infantil, por isso sua prática está em constante formação. Conhecer o papel do brincar no desenvolvimento infantil é necessário para que os professores incentivem e valorizem a brincadeira na educação, enquanto desenvolver e aprimorar suas habilidades nesta mediação está entre suas maiores responsabilidades.
Palavras-chave: Brincar. Direito de brincar. Ludicidade na educação. Formação pedagógica. Ensinar brincando.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………………4
Desenvolvimento………………………………………………………………………….….5
Fundamentação Teórica…………………………………………………………………….5
Material e Métodos…………………………………………………………………………..7
Resultados e Discussão…………………………………………………………………….8
CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………………………...9
REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………..11
INTRODUÇÃO
No projeto proposto para a conclusão do 6° semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia, dissertei com base em análises bibliográficas, sobre a importância da Brincadeira no Desenvolvimento da Criança.
Fica evidente que a brincadeira é natural para as crianças e que através de suas experiências, seu desenvolvimento e aprendizado são ricamente beneficiados.
Ao longo dos tempos, a criança deixou de ser vista como um mini-adulto, e passou a despertar um olhar de um ser humano que necessita de desenvolvimento integral com peculiaridades e necessidade de atenção especial e, seus direitos foram garantidos, incluindo o brincar.
A educação não apresenta mais o objetivo tecnicista e sim de formação humana integral, a fim de despertar a consciência histórica, cultural e social de maneira individual e coletiva, promovendo apropriação e desenvolvendo diversas habilidades baseadas em valores éticos para a prática crítica e transformadora.
Porém, ao longo desse estudo, percebi que apesar dos avanços, esse processo não está bem claro para aqueles que deveriam ser os mais habilitados para essa abordagem: os professores da educação infantil.
Observamos que a pedagogia aplicada pelos atuais professores, muitas vezes é baseada nas práticas aplicadas por seus professores durante a infância. Com uma ideia disciplinadora, onde a criança é vista como alguém que não sabe o que faz ou o que diz, e que precisa ser ensinada e testada. Com uma postura que coloca o professor como detentor do saber e que deve transmiti-lo de maneira teórica. E que isso acontecerá de maneira satisfatória quanto mais o tempo dentro da escola for aproveitado dedicado a essa transmissão teórica, deixando de lado e não valorizando o brincar e outros momentos de interação e experimentação.
Mas porque isso ocorre, já que desde 2013 através da Lei 12.796 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), torna-se obrigatório a formação em Licenciatura de Pedagogia para a atuação de docentes na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I?
Será que a mente do professor, agora pedagogo foi transformada através do conhecimento construído durante sua formação?
Nesse artigo exponho minhas conclusões para estes questionamentos obtidas através de pesquisas bibliográficas e experiências.
DESENVOLVIMENTO
Divulgados pelo Ministério da Educação em 31 de janeiro de 2018, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que de 2013 a 2017 o número de docentes que atuam na Educação Infantil cresceu em 16,4%. Em 2009, dos 624.320 professores com formação em nível médio, 385.663 atuavam em creches, pré-escolas e nos anos inciais do ensino fundamental.
Em 2013, a Lei 12.796 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, colocando como formação obrigatória a Licenciatura em Pedagogia para professores da Educação Infantil e os cinco anos iniciais do Ensino Fundamental.
Em 2019 pela primeira vez, a Educação Infantil será avaliada pelo Inep mais detalhadamente onde professores, diretores e outros colaboradores da equipe escolar responderão sobre a infraestrutura oferecida e a formação dos docentes, temas que já sabemos, estão completamente relacionados ao desenvolvimento integral da criança.
Isso mostra que cada dia mais, a preocupação quanto ao olhar correto para a criança está em voga. Nesse ínterim, reafirma-se a importância da formação do professor que atuará com a criança. O pedagogo deve ter convicção e considerar a criança como um sujeito histórico-sócio-cultural e o protagonista do seu processo educativo. E que esse processo é enriquecido pela brincadeira onde a criança simula, faz de conta, toma decisões, cria regras, ganha e perde.
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