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AS EXIGÊNCIAS A DOCÊNCIA

Por:   •  24/4/2017  •  Resenha  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  368 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL

CURSO DE PEDAGOGIA

PIPE I

NOME: ALCILENE DE CASTRO QUEIROZ                                          DATA: 21/09/2013

Valor: 25,0          

A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si,

é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada (Paulo Freire)

EXIGÊNCIAS A DOCÊNCIA

Este trabalho tem como objetivo, relatar algumas exigências à docência que são identificadas na prática do professor Matthew Perry estrelado pelo ator Ron Clark. Analisando as duas leituras que fizemos Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire e do filme O Triunfo. Pela leitura do livro discutimos as principais exigências que o autor coloca para a docência quando o professor busca sua própria autonomia e também de seus alunos. No filme assistimos a um drama, baseado em uma história verídica que conta como um professor enfrentou desafios para ganhar o respeito de seus alunos e ajudá-los a transformarem suas histórias de vida.

 O professor Ron Clark sai de sua cidade natal onde teve sucesso em aumentar o rendimento dos alunos durante quatro anos seguidos, ele muda de cidade e assume o desafio de ensinar em Nova York. No primeiro dia de aula o professor tenta propor uma metodologia baseada em regras e é obrigado a conviver com a constante indisciplina dos alunos. Depois disse o professor tenta entender a vida de cada um dos alunos. Através dessa aproximação o professor se encontra diferentes situações inesperadas. Na cultura da estudante indiana, onde ela não podia falar quando os pais estavam conversando, a outra adolescente que cuidava de três irmãos menores, ele percebe a variedade de cultura e de situações que envolvem seus alunos. Isso cabe bem dentro do que Paulo Freire traz em seu Livro Pedagogia da autonomia que Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer figura de discriminação, o novo não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, nem o velho recusado apenas por ser velho. O velho que protege sua validade continua novo. A prática preconceituosa de raça, classe, gênero ofende o ser humano e acaba nega a democracia.

Dentro as normas estabelecidas pelo professor foram destacadas a cooperação, partindo da idéia que a turma era uma família. Essa parte mostra uma das exigências do professor relacionado ao livro, ensinar exige querer bem aos educandos e isso não significa querer bem igual a todos os educandos, mas sim dizer que a afetividade não assusta e que não existem receios em expressa-la, com apreensão quanto a perder a famosa seriedade docente em contrapartida à afetividade.

 Outra cena é quando Clark decide voltar a ensinar, mudando completamente a metodologia de ensino, passando também a se envolver com os alunos fora da sala de aula, com as suas brincadeiras mostrando como se dá o aprendizado, tornando se aprendiz de seus alunos. Após essas mudanças as aulas ficaram mais interessantes e desafiantes os alunos passaram a se identificar com as aulas. O professor desperta o sonhar dos alunos. E como se ele já estivesse lido que Ensinar não é transferir conhecimento. Freire fala da necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos, num processo em que o professor e o aluno não se reduzem à condição de objeto um do outro. Insiste que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção, e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico.

O filme mostra que nenhum aluno passou no primeiro exame. Isso o faz também adotar a metodologia da música em sala de aula, o que desperta o interesse até de outros alunos da escola, que ficam olhando pela janela. A partir daí nota se a evolução dos estudantes. Em outro momento Clark ensina matemática jogando baralho. Ele descobre em Shameika uma grande líder e aluna em potencial, que só não se desenvolve devido a sua dura realidade de cuidar de três irmãos mais novos. Clark tenta intervir e acaba dando certo.  Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. O mundo não é! O mundo está sendo. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito. No mundo de História, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar. Constatando, nos tornamos capazes de intervir na realidade. Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra.

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