AS MIDIAS DIGITAIS COMO OPÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 E FORMAÇÃO DOS DOCENTES DO ENSINO PÚBLICO.
Por: Sidnayra Gadelha • 29/1/2019 • Artigo • 2.708 Palavras (11 Páginas) • 221 Visualizações
AS MIDIAS DIGITAIS COMO OPÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/2003 E FORMAÇÃO DOS DOCENTES DO ENSINO PÚBLICO.
CRUZ , Sidnayra Antonia Gadelha da[1]
SANTOS, Elton Castro Rodrigues dos[2]
SANTOS, Leomir Lemos dos[3]
RESUMO
O propósito deste artigo é explanar sobre as consideráveis opções de utilizar as mídias digitais para a implementação da lei 10.639/2003 na formação dos docentes do ensino público. As questões étnicos raciais são pertinentes nesse tipo de produção intelectual considerando suas competências como estratégia de reflexão para formação pessoal e profissional das professoras e professores, entendendo suas importantes contribuições para a construção de uma sociedade com menos desigualdade racial, a partir do momento que se esclarece mais sobre o principio do preconceito das raças, estamos mais próximos de uma equidade social. O século XXI é consideravelmente a era da tecnologia, então se apropriando deste feito, podemos esclarecer e sensibilizar os profissionais da educação para a necessidade dessa temática estar presente nos currículos do ensino brasileiro. É de suma importância compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
Palavras-chave: Mídias Digitais. Educação. Formação. Étnico Raciais.
ABSTRACT
The purpose of this article is to make explicit the possibilities of using digital data for the implementation of law 10.639 / 2003 in the training of teachers of public education.
The racial ethnic issues are themselves with regard to their competences, as a strategy of professional formation and of teachers and teachers, understanding their main ones for the construction of a society with less racial inequality, once the more on the principle of race prejudice, we are closer to social equity. The twenty-first century is considerably the era of technology, so the right to make the present, to be able to clarify and sensitize
education professionals to democracy. You can contribute to citizenship as a social and
political participation, as well as exercise political, civil and social rights and duties, adopting, on a daily basis, attitudes of solidarity, cooperation and repudiation of injustices, respecting each other and demanding for you the same respect
Keywords: Digital Media. Education. Formation. Ethnic Racial.
1 INTRODUÇÃO
“Os verdadeiros protagonistas da História não são aqueles que aparecem nos livros; são anônimos, estão nos recônditos dos mais diferentes espaços geográficos, esquecidos pelos historiadores e lembrados apenas pela memória de seus pares; são construtores, lutando cotidianamente contra as injustiças que teimam em persegui-los”. (MACEDO, 2008, p.34)
A lei 10.639/2003 estabelece que as diretrizes e bases da educação nacional incluam no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Africana e Afro-Brasileira”. Desta forma entende-se que a aplicabilidade do ensino proposto na lei, passa a ser obrigatório, e não opcional nos âmbitos escolares, com isso o projeto visa a implementação da legislação na instituição de ensino.
É de suma importância conhecer a diversidade cultural que temos no nosso país, os profissionais da educação enquanto formadores de seres pensantes e atuantes devem deturpar a visão eurocêntrica que por muito tempo foi se passado nos espaços de aprendizagem, devemos compreender e nos apropriarmos da pluralidade que consta nas nossas identidades.
Sabe-se que:
Discutir currículo e as questões raciais nos coloca o desafio de compreender os aspectos sociais e históricos da construção de conhecimento sobre os diversos segmentos culturais imbricados no currículo, e como determinadas ideologias silenciam as contribuições de alguns grupos sociais, como é o caso da população negra.
Entender que pertencemos a um país heterogêneo, nos levar a acreditar que devemos criar oportunidades aos nossos alunos, para que estes conheçam o processo de construção do país. A aplicação da lei exige a cooperação e ação mutua do Estado, Escola e Educador. Os órgãos governamentais responsáveis pela Educação precisam assumir o papel de disponibilizar conteúdos, ofertas de cursos e palestras, enquanto a Escola deve incentivar seus professores a participarem dessa formação constante, interagindo conteúdos e conhecimentos com a aplicação na prática e na sua vivência escolar, bem como cobrando a qualidade do desempenho técnico desse profissional, enquanto formador de opiniões no seu espaço educacional.
Vemos a necessidade de se construir um currículo no ambiente escolar mais eficiente e eficaz no que diz respeito ao rompimento de um ensino pautado na educação apenas das contribuições do homem branco para a nossa sociedade. Fundamentamos com a seguinte citação:
Os estudos sobre relações étnico-raciais na escola têm revelado preconceito e discriminação racial no cotidiano escolar, visto que o racismo está presente em vários aspectos, sendo evidenciado de forma explícita e implícita, ou de forma naturalizada ou sutil, quando se privilegia a cultura branca, com diferentes veiculações de estereótipos negativos em relação à cor/raça dos alunos negros. (Araújo, 2007, p.84)
Não podemos desconsiderar nem tampouco descartar as contribuições dos negros para a nossa formação em sua real totalidade, todo e qualquer tipo de discriminação, preconceito e racismo devem ser anulados dos nossos ambientes de aprendizado, modificando assim atitudes e transformando-as em respeito e reconhecimento.
É preciso despertar a consciência do Professor para a necessidade de se buscar constantemente o saber, e assim melhor difundi-lo aos seus alunos, tendo em vista a importância do seu papel na vida dos discentes. Essa estimulação é uma tarefa árdua, considerando o quadro atual das condições de trabalho e salário de um educador, porém é algo possível, desde que haja uma mobilização entre todas as áreas envolvidas nesse processo de ensino e aprendizagem.
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