AS PERSPECTIVAS CRÍTICAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Por: Aparecida Matumoto • 8/9/2020 • Trabalho acadêmico • 719 Palavras (3 Páginas) • 156 Visualizações
É impossível falar em qualidade na educação sem discutir e pensar o próprio saber e a formação do professor, questões que estão intimamente ligadas. A construção de uma educação com uma formação crítica passa por um processo dentro de um contexto sócio, histórico e cultural que abrange conceitos como relação professor-aluno e a escola como formadora importante do indivíduo.
Primeiro o que seria uma educação de qualidade? Para responder a esta pergunta devemos entender o que é o conhecimento e como se dá a formação dos professores que buscam esse saber verdadeiro e estão realmente capacitados em transmitir esse saber; e é a escola que transmite esse conhecimento de geração em geração que deve ser constantemente renovado (EINSTEIN, 2017,) e mais que isso, esse saber na sala de aula, se torna um ideal inacabado que é pensado e trabalhado concomitantemente entre aluno e professor, não o saber que se reduz a verdades prontas e acabadas, mas o saber como uma produção pensada e trabalhada buscando sua desconstrução e superação, ou seja, “o saber existente, os conceitos e métodos de investigação são, acima de tudo, matéria-prima a ser pensada em sua historicidade, a ser trabalhada como instrumento de expressão do real” (COÊLHO, 1993, p.118).
Einstein no seu livro “Albert Einstein Meus Últimos Anos” constrói a concepção de conhecimento que se traduz através da escola que é a responsável por desenvolver nos jovens suas potencialidades a fim de serem úteis ao bem-estar da sociedade (EINSTEIN, 2017), e Ildeu Moreira no seu texto “A Importância Da Sala De Aula Para Uma Formação De Qualidade” nos trás um conceito mais epistemológico em que o saber é parte integrante também da sala de aula, mas quem o constrói são as pessoas que o constituem, que é a relação professor-aluno (COÊLHO, 1993). Para Ildeu, a realidade acadêmica da sala de aula deve ser a formação de alunos como cidadãos, homens livres e responsáveis como profissionais capazes de pensar e equacionar os problemas fundamentais em cada área, definindo-lhes as soluções adequadas;
a sala de aula não é, pois, um espaço físico, uma realidade formal, burocrática em que, de um lado, o professor “ensina”, expõe, impõe, repassa, socializa o saber já acumulado e sistematizado pela humanidade e, de outro, os alunos “aprendem”, assimilam, absorvem, aceitam, engolem o que lhes é apresentado. O que a constitui, faz existir como realidade acadêmica é o trabalho de professores e alunos, ou seja, a rigorosa elaboração teórica que aí se constrói; a busca a dúvida e o questionamento que se cultiva; o saber vivo com o qual se confronta e cuja compreensão e superação se persegue. O conteúdo deixa de ser um produto acabado, independente do processo de sua produção e transformação, para se constituir como busca do sentido e da gênese do real e do próprio saber. (COÊLHO, 1993, p.118)
Uma formação de qualidade é aquela que não se produz mecanicamente, mas em que exista um cenário de buscar a verdade do saber através da concomitante produção do mesmo pelo professor (como produtor e seletor do saber) e pelo aluno (COÊLHO, 1993). Nesse cenário, essa construção de conhecimento se realiza através de professores que não submetem seus alunos ao medo e à força, mas que sejam inspiração através de suas qualidades humanas e intelectuais, motivando uma
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