AS RELAÇÕES ENTRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AS EMOÇÕES

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ANA CAROLINA GOMES RIBEIRO

AS RELAÇÕES ENTRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AS EMOÇÕES

PONTA PORÃ, MS

2021

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

1.        AS EMOÇÕES E O PROCESSO DE APRENDER        6

2.       AS EMOÇÕES DENTRO DA SALA DE SALA DE AULA        12

2.1. Um espaço para pensar as emoções em sala de aula        15

CONSIDERAÇÕES FINAIS        16

REFERÊNCIAS        17

AS RELAÇÕES ENTRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AS EMOÇÕES

Ana Caroline^[1]

Aletéia Eleuterio Alves Chevbotar^[2] 

INTRODUÇÃO

Quando falamos em educação temos vários contextos que merecem atenção e estudo. Nos dias atuais, se tem discutido cada vez mais, o lugar das emoções na educação, especialmente, no espaço de sala de aula. Por essa razão, o tema da afetividade abordado nesse trabalho faz-se necessário mediante a necessidade de refletir não apenas sobre aspectos da convivência no espaço escolar, como também nas relações das crianças com o próprio processo de aprendizagem.

As relações afetivas, constituídas cotidianamente com a interação em sala de aula, podem contribuir para que o aluno tenha uma visão do professor como aquele que vai lhe oferecer ajuda quando necessário, isso também contribui na perspectiva de um aprendizado mais saudável mediante a um ambiente que seja acolhedor, frente às necessidades do aluno. Essa pratica pedagógica também tem o intuito de desenvolver empatia, acolhimento, sensibilidade e outros sentimentos que garantirão a segurança da criança, juntamente com o seu desejo de participar do ambiente escolar.

De acordo com Saltini (1999), além do conhecimento de conteúdos e técnicas, as escolas deveriam entender de seres humanos e de seus sentimentos, para além dos aspectos cognitivos, posto que, lidar com sonhos, fantasias, símbolos, afetos e dores contribui para o desenvolvimento integral do ser humano.

Segundo Saltini: “A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida, ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado” (2008, p. 100). Com este trabalho há a pretensão de discutir sobre as emoções e o espaço que a afetividade deve ocupar em sala de aula, ressaltando sua importância para a aquisição de aprendizado.

A partir das observações do estágio supervisionado do curso de Pedagogia da UFMS/CPPP, incorporado para a realização deste trabalho, foi possível notar que as crianças, estabelecem vínculos afetivos com a figura do professor conforme o nível de cuidado e atenção atribuído a cada um deles. Notou-se também que ao se tornar um pedagogo educador de uma turma, dentre outras atribuições, carrega-se as emoções desenvolvendo aspectos que impulsionam a tomar decisões e olhar para os alunos de modo mais afetivo, permitindo que se identifiquem com a figura do professor.

   A instituição escolar é um dos grupos sociais que, por mais longo tempo mantém contato sistematizado com indivíduos em desenvolvimento, donde a sua responsabilidade em favorecer o processo de evolução através da ação integrativa de todos os aspectos do viver com finalidade de assegurar a consistência e o equilíbrio pessoal (LOURENÇO, 2018 PG. 8 apud NOVAES, 1982).

As relações da criança no mundo exterior são, desde o início, relações de sociabilidade, visto que, ao nascer, não tem:

"meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu entourage" (Wallon, 1971, p. 262).

Wallon também estabelece uma estreita ligação entre as emoções e a atividade motora. Para ele, "a emoção corresponde a um estádio da evolução psíquica situado entre o automatismo e a ação objetiva, entre a atividade motriz, reflexa, de natureza fisiológica e o conhecimento" (Wallon 1971, p. 91).

Os professores se comportam e sala de aula como transmissores dos conhecimentos que tem que executar, mas se deparam com diversas situações em que a realidade em que ele deve transmitir somente seus conhecimentos não basta, se é necessário ir além da transmissão do aprendizado.

O processo de aprendizagem das crianças, as interações e as interações entre professor e aluno ajudam a dar uma perspectiva maior aos alunos, pois a interação professor e aluno é indispensável para o processo de aprendizagem.

Notamos ao longo dos anos, um exemplo, como a disciplina de matemática temida pelos e alunos e associadas ao professor como tal. Nos dias atuais as diversas forma de aprendizagem tem voltado essa realidade para outro nível de ensino-aprendizagem, fazendo com que os alunos interajam e entre eles nas aulas e com os professores.

As escolas estão lotadas de variedades de classes sociais, essa diferença também interfere no dia a dia em sala e nas emoções que cada aluno traz para o ambiente escolar, tornando cada turma com vários tipos de aprendizado a serem elaborados.

É nítida essa diferença de classe e ambiente escolar e tudo isso interfere direto e indiretamente na aprendizagem da criança, a fome o descaso a falta de oportunidades faz com que essas crianças percam a desejo de estudar muitas abandonam a escola, por não terem interesse por seus familiares no apoiarem e muito menos exigirem que as crianças frequentem a escola.

Segundo o autor FERREIRA, RÉGNIER (2010, pg. 26) ’’assim podemos definir a afetividade como o domínio funcional que apresenta diferentes manifestações que irão se complexificando ao longo do desenvolvimento e que emergem de uma base eminentemente orgânica até alcançarem relações dinâmicas com a cognição, como pode ser visto nos sentimentos. ’’ A formação do indivíduo na escola tem por base seus ensinamentos pedagógicos, mas a relação entre todos do âmbito escolar contribui para uma nova versão de educação neste século.