AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO COMO MEDIADORAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: UM RECORTE NOS
Por: Criseidel • 11/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 259 Visualizações
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO COMO
MEDIADORAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: UM RECORTE NOS
GRUPOS DE TRABALHO DA ANPED – 2009 A 2012
Cristine Escher Seidel
Universidade Estadual de Maringá.
O uso de tecnologias de informação e da comunicação, tem sido bastante discutido e debatido, com o intuito de inserir estas tecnologias e emprega-las de forma coerente na Educação, de forma que venham a contribuir para o aprendizado.
Faremos aqui uma análise do emprego destas tecnologias bem como dos desafios enfrentados para a implementação das mesmas na Educação baseados em uma matéria publicada na Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v.22, n.1, p.203-222, jan. /jun.2014.
O enfoque principal desta matéria é apresentar um estudo feito pelas reuniões anuais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), durante os anos de 2009 a 2012, baseado em informações obtidas por grupos de trabalho destas reuniões, apresentando uma reflexão sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação na formação do educador.
De acordo com estas análises, é necessário e fundamental entender que a vivência de experiências no processo de formação de educadores, utilizando das Tecnologias de Informações e Comunicações é extremamente necessário que o mesmo desenvolva técnicas e habilidades compatíveis para transmitir o conhecimento às novas gerações através de práticas pedagógicas que estejam em sintonia com a evolução adquirida através das TIC’s.
Em congruência com estas reuniões, diversos autores têm analisado e classificado como de suma importância o uso de tecnologias midiáticas como mecanismos capazes de proporcionar uma maior interação entre educadores, formandos e os acontecimentos promovidos pela sociedade moderna. Neste sentido necessita-se fazer uma reflexão no contexto não só do uso destas tecnologias na formação dos futuros educadores mas também na forma como estes irão aproveitar estas ferramentas no pleno desenvolvimento de sua docência.
Assim sendo precisamos entender que tecnologia significa o conhecimento técnico e científico, aliado às ferramentas processos e materiais criados a partir deste processo.
Precisamos relembrar também que a partir do século XX com a revolução industrial que a sociedade começou a atentar mais para a importância do aprimoramento tecnológico como ferramenta de evolução e expansão nas mais diversas áreas.
Na Educação não tem sido diferente, e a evolução tecnológica tem causado impactos importantes e produzindo alterações no cotidiano escolar. As mudanças sociais têm acelerado a cada dia com novas transformações que tem modificado o modo de vida das gerações de forma vertical. Nos dias de hoje os jovens e adolescentes tem se mantido conectados em um mundo virtual durante 24 horas por dia, o que faz com que seu modo de pensar e agir seja completamente diferente das gerações anteriores.
Em uma destas reuniões da ANPED, se estudou os programas do Governo Federal de incentivos à inclusão digital nas escolas promovendo interação entre alunos, professores e toda a comunidade escolar, como o PROINFO, EDUCON, entre outros e foi observado diversas dificuldades tanto na implantação destes programas quanto nas dificuldades e resistências por parte dos docentes. Os autores observaram e se mostraram bastante preocupados com a falta de interesse por parte dos docentes ao ignorarem o uso das Tecnologias de Informação como ferramentas de ampliação dos espaços e tempos usados no aprendizado.
Santos, em 2011, descreveu que no âmbito da educação escolar, surge um grande desafio que é formar o cidadão capaz de situar-se criticamente, de auto realizar-se, “aprender a aprender” e de estar inserido na sociedade em meio a transformações vertiginosas. É neste cenário de trocas de informações, através de uma enorme interação entre alunos, professores e comunidade escolar que se engrandece o aprendizado e a troca de valores culturais importantes no aprendizado.
Outro fator importante apresentado neste estudo é relacionado à formação do educador no contexto digital. Neste sentido Maturana (2008) destaca que a formação humana consiste no desenvolvimento do ser humano como uma pessoa capaz de ser criadora de um espaço de convivência social desejável. Para isso a formação humana no setor educacional implica em formar pessoas que cresçam no auto respeito e no respeito ao próximo levando em consideração suas individualidades.
Assim sendo, podemos e devemos afirmar que educar é uma tarefa simples, mas que depende principalmente de aprender a viver e conviver com o outro, cooperando com o próximo e se relacionando de modo a construir vínculos de relação no processo de construção do conhecimento.
Importante frisar que as tecnologias de informações são de suma importância, não só nesta relação de professores e alunos, mas também como forma de disponibilizar aos próprios profissionais da educação mecanismos de ampliar seus conhecimentos através de pesquisas na internet, dinamizando o conteúdo e trazendo uma riqueza de dados para que o conhecimento seja discutido e debatido de maneira mais versátil e inteligente.
Por isso, os ambientes educacionais devem repensar sobre seus fundamentos e permitir cada vez mais novas descobertas, superar a fragmentação do ensino, acolher o digital e a rede, desfrutando da atual situação que estamos vivendo. Nesse âmbito da educação escolar, surge um grande desafio que é formar o cidadão capaz de situar-se criticamente, de “aprender a aprender” e de estar inserido na sociedade em meio a transformações pretenciosas. Neste sentido, atribui-se ao papel da escola assegurar condições para que crianças e jovens se adaptem às novas formas de organização.
A partir da década de 90 ficou evidente um avanço enorme no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, através da difusão do uso da informática nas escolas que proporcionou um acentuado incremento nas tecnologias como um todo. A Lei de Diretrizes e bases da Educação estabelece que o currículo do Ensino Fundamental e Médio deve propiciar ao aluno a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina repassada na escola.
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