Antropologia, cultura e educação
Por: Cynthia Francione • 29/3/2016 • Resenha • 1.036 Palavras (5 Páginas) • 602 Visualizações
ANTROPOLOGIA DE GÊNERO
Antigamente a palavra gênero tinha um uso gramatical, para distinguir entre uma palavra masculina, feminina ou neutra. A identidade de gênero do indivíduo dependia de como tivesse sido educado quando criança, e podia ser diferente do sexo biológico.
As relações de gênero referem-se às relações sociais de poder entre homens e mulheres, em que cada um tem seu papel social que é determinado pelas diferenças sexuais. Este tipo de relação desigual imposto pela sociedade antes mesmo da criança entrar na escola é comum no espaço escolar, que apenas reforça os preconceitos e privilégios de um sexo sobre outro e ajuda na construção da identidade sexual das meninas e dos meninos, utilizando-se da disciplina como instrumento para orientar a conduta das crianças segundo seu gênero.
Assim o conceito de gênero também era visto como o papel de cada um na sociedade, ou seja, o conjunto de funções que a sociedade atribui a cada um dos gêneros. Como por exemplo, a mulher fora criada para cuidar do lar, dos filhos e do marido. Contudo o gênero nasce a partir das relações de poder entre subordinação e dominação, entre quem obedece e quem manda.
Desconstruindo essa divisão do mundo em homens e mulheres, masculino e feminino, em que o conceito de gênero se fundamenta, a construção do gênero como independente de sexo, o masculino pode ser significado em um corpo feminino bem como o feminino em um corpo masculino.
Foi então que durante um bom tempo, entre debates feministas, que a concepção de que a mulher era um apêndice do homem começa a ser desfeita. Elas reivindicavam a diferença entre eles. Pois culturalmente o homem, chefe de família e provedor da casa, é o detentor do poder, é o dominante na relação entre marido e mulher, entre pai e mãe, filhos e agregador do lar.
Sabe-se que já á muitos séculos, mesmo antes de um nascimento de uma criança, cria-se uma expectativa com relação a sua identidade de gênero quando anunciado seu sexo. Homens e mulheres adultos educam crianças definindo em seus corpos as diferenças de gêneros. As características físicas e os comportamentos esperados para os meninos e meninas são reforçados, às vezes de forma inconsciente, nos pequenos gestos e práticas do dia a dia na educação infantil. Como por exemplo: compramos carrinhos para os meninos e bonecas para as meninas. Tudo isso está relacionadas com a questão de exercitarem a sua função social e os papéis sociais construídos para cada gênero.
Sendo assim o gênero com o qual uma pessoa se identifica que pode ou não concordar com o gênero que lhe foi atribuído quando de seu nascimento. Diferente da sexualidade da pessoa. Identidade de gênero e orientação sexual são dimensões diferentes e que não se confundem. Pessoas transexuais podem ser heterossexuais, lésbicas, gays ou bissexuais (WIKIPÉDIA).
A sociedade brasileira vive profundas transformações que não podem ser ignoradas por nenhuma instituição democrática. Cresce no país a percepção da importância da educação como instrumento necessário para enfrentar situações de preconceitos e discriminação e garantir oportunidades efetivas de participação de todos nos diferentes espaços sociais.
Definindo gênero, podemos dizer que se refere às relações sociais desiguais de poder entre homens e mulheres que são o resultado de uma construção social do papel do homem e da mulher a partir das diferenças sexuais.
FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO COM GAYS, LÉSBICAS E TRANSGÊNEROS NA SOCIEDADE E NO AMBIENTE ESCOLAR
O tema sobre homossexualidade é muito polêmico e discutido atualmente. Em uma sociedade como a nossa, qualquer um que saia da norma heterossexual é imediatamente tratado com descaso, desprezo, humilhação e até com violência física. A homossexualidade é uma das principais causas de bullying nas escolas. Sem ter referências sociais e culturais para debater a respeito da identidade de gênero e da orientação sexual, os jovens acabam referindo-se com ironia e preconceito aos gays dentro e fora da escola.
Temos a liberdade de escolhermos o quisermos pra nossa vida, porém não concordo que essa temática seja discutida nas escolas desta forma. E se for abordado o tema, deve ser feita de forma delicada, afinal a homossexualidade ainda é um tabu. As nossas crianças devem sim, aprender que não devemos de forma nenhuma discriminar as pessoas e temos que respeita-las da forma que são no geral.
O homossexualismo tem que ser tratado com estudantes do ensino médio de forma cientifica e não fazendo apologia, pois concordo com aquela frase: “Quem não tem preconceito, não tem identidade! Quando o coletivo absorve o indivíduo, perde-se a noção de diversidade para se viver uma igualdade farsante!”. Com toda a certeza a maioria das pessoas não iria gostar de ter um filho ou uma filha gay, poderiam até respeitar sua decisão depois de adulto, mas infelizmente não iriam gostar. E sinceramente não querem que seus filhos, vejam isso como se fosse um fato normal.
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