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Análise da Música "Fábrica"

Por:   •  24/10/2017  •  Resenha  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  4.215 Visualizações

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Fábrica

(Legião Urbana)

Nosso dia vai chegar

Teremos nossa vez

Não é pedir demais

Quero justiça

Quero trabalhar em paz

Não é muito o que lhe peço

Eu quero um trabalho honesto

Em vez de escravidão

Deve haver algum lugar

Onde o mais forte

Não consegue escravizar

Quem não tem chance

De onde vem a indiferença

Temperada a ferro e fogo?

Quem guarda os portões da fábrica?

O céu já foi azul

Mas agora é cinza

O que era verde aqui

Já não existe mais

Quem me dera acreditar

Que não acontece nada

De tanto brincar com fogo

Que venha o fogo então

Esse ar deixou minha vista cansada

Nada demais

A partir da análise da música:

1. Aponte os conceitos, elaborados por Marx, presentes na composição.

A letra da música condiz com o momento atual e vigente (em todos os tempos) de luta de classes na qual a classe dominada (proletariado) consciente de sua situação deseja uma relação mais justa enquanto à valoração de seu trabalho por parte da classe dominante (burguesia) que extrai a mais-valia do trabalho honrado, desvalorizando-o e tornando-o em escravo pois não existe liberdade de escolha no sistema capitalista. (1º e 2º parágrafo)

Em algum lugar após a luta de classes deverá existir um sistema diferente do capitalista no qual a diferença de classes seja revertida. (3º parágrafo)

A indolência (indiferença) que faz parecer a situação como algo normal já era percebida por Marx que explicava que as ideias dominantes e alienantes de uma época são as ideias da classe dominante, que afetam a consciência das pessoas, levando-as à aceitação e até justificação da situação como se fosse normal. Pensar que o capitalismo é a única e melhor opção possível (falsa consciência), pois afinal quem guarda os portões das fábricas são os próprios proletários e cabe a eles criar consciência e reverter sua situação. (4º parágrafo)

O crescimento das fábricas e da produção industrial trouxe para além de contaminação, um futuro gris (escuro e triste) para a classe dominada com divisão do trabalho e apropriação dos meios de produção injustos (realidade vivida por Marx no seu tempo que persiste até nossos dias). (5º parágrafo)

Uma revolução por parte do proletariado traz consequências drásticas: repressão ou reversão das diferenças sociais com obtenção do bem-estar coletivo caso atinjam o poder (emancipação do sistema capitalista). (6º parágrafo)

Ironicamente depois da percepção da injusta realidade em volta e de chamar à revolução, o cansaço ao final da jornada leva à aceitação da situação com a expressão “Nada demais” (falsa consciência). (7º

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