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Análise do filme a Origem

Por:   •  28/11/2017  •  Resenha  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  1.505 Visualizações

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O filme “A Origem”, parte da ideia de que através da tecnologia é possível invadir sonhos, mudando totalmente a realidade de uma pessoa. O trabalho do protagonista é implantar uma ideia na mente de uma pessoa capaz de leva-la a fazer algo que não quer ou nem imaginava, para assim conseguir as informações necessárias, ou melhor, segredos. Aprofundando-se mais, é perceptível que o filme se passa todo em torno de uma psicanálise profunda, também baseada na filosofia. A tecnologia é o principal artifício usado para essa invasão no mundo dos sonhos e este filme é desafiador, além de levar pessoas a pensarem mais a fundo sobre o que, afinal, seria realidade. Desde o início, o filme retrata uma posição influente junto com a semiótica e em várias cenas é possível enxergar uma influência de Saussure, Peirce e Foucault.

O conceito de signo e suas divisões, fundamentadas por Peirce, apare em várias cenas, e começando com um tríade que se desdobra em categorias:

Primeiridade, Secundidade, Terceiridade.

A primeiridade aparece na cena em que há um boneco em cima da cama, que representa a dúvida se ele quer realmente acordar para realidade ou viver no mundo dos sonhos, e isso já se encaixa no ícone. Logo após, a composição com o boneco sentado com balões em sua cabeça, liga-se a rema, sendo um questionamento de que ele pode está vivendo no mundo dos sonhos ou apenas tentando se lembrar de algo que acabou de sonhar. Há cores predominantes no filme, representando esse qualisigno, como por exemplo, o preto, cinza e o branco. Já na secundidade, o sinsigno aparece como uma lembrança que é construída no sonho, como por exemplo, implantar prédios, ruas, corredores e passagens das quais a pessoa se lembra, criando assim sua própria realidade baseada nas lembranças. Existe também uma conexão em outra cena, na qual indica outra coisa, sendo assim um índice, onde representa o poder de criar o sonho e um mundo de forma com que acredite nessa realidade criada. Para implantar uma ideia em alguém, é necessário passar por várias camadas dentro de um só sonho, e isto trás a ideia de dicente, onde sua ideia pode ser comprovada, ou seja, através dessas camadas do sonho é onde irão implantar ideias tornando-as reais fazendo a vítima acreditar que ela própria pensou nisto, e não que foi implantada. Na terceiridade, ocorre uma cena em que o símbolo do Totem que esta ao lado da cama em posição de queda, representa que o mesmo está no mundo real e que não está mais sonhando, isso está dentro do legisgno, já que tem como base a convenção do signo. No filme, o totem do pião serve para ajudar a mostrar o que é realidade e o que é sonho, e representa todas as dúvidas do personagem principal, no final do filme ficou uma grande dúvida se ele realmente conseguiu voltar para casa ou se apenas estava sonhando, pois o pião, na última cena, continuava rodando, porém dando indícios de que cairia. E o totem seria como um símbolo, não representando seu objeto em virtude de seu caráter qualitativo. O argumento é: tanto os balões, quanto os bonecos, quanto às cores, os níveis dos sonhos, as alterações de tempo, estão ligadas a esse embate do que é sonho e realidade no filme, representando assim de forma lógica para não deixar o espectador tão confuso ao assistir o filme, tendo o fundamento necessário para embasar estes conceitos de semiótica dentro de uma narração de cinema incrível. Há também toda uma análise das cores, como foi citado no início em qualisigno, por exemplo: o branco no totem representa a claridade para que a pessoa possa enxergar de que não está mais sonhando, o preto, demonstra um lado sombrio de perda no filme e o cinza mostra essa passagem de camadas e níveis, pois pode fazer com que a pessoa se perca dentro dessas camadas, cada vez mais se aprofundando e escurecendo neste mundo de sonhos, confundindo com a realidade e perdido, podendo não voltar.

Para Peirce, a realidade é reconhecida através dos signos, ou seja, para o ser humano se situar e identificar o mundo à volta, é necessário haver uma interpretação mental, se organizando em linguagem. Baseado no “sob certo aspecto ou modo representa algo para alguém.” o filme foi claramente mostrado que: as pessoas precisaram de objetos significantes para representar o que era a realidade, pois

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