Aquele que aprende, ou aquele que ensina? Uma via de mão unica?
Por: Bárbara Kintschner • 17/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 430 Visualizações
Aquele que aprende e aquele que ensina? Ou uma via de sentido único?
Acadêmica: Bárbara Kintschner
Professor Gabriel Grabowski
Ao decorrer de diversas leituras realizadas pode-se perceber que passamos por um momento onde segundo Freitas (2002), o educador confronta-se com dois grandes desafios o de reinventar a escola e o de reinventar a si mesmo como profissional da educação. Ou seja, cabe a nós educadores entendermos o ambiente escolar, como um lugar capaz de garantir aos educandos, acesso ao bens culturais, ao desenvolvimento das suas habilidades, possibilitar a apropriação do conhecimento cientifico entre outros, e formarmos cidadãos que exerçam sua cidadania, possibilitando assim trocas entre os pares.
Nessa visão, Piaget e Vygostky já diziam que para o conhecimento ocorrer, faz-se necessário a interação constante entre aluno e objeto a ser conhecido, sendo o educador apenas um mediador deste processo.
Sendo assim, o professor não é o único detentor do saber, e nesse processo de ensino aprendizagem, ambos ensinam, ambos aprendem.
A nós como educadores cabe capacitarmos e estarmos sempre em formação, levando em consideração, a cultura, o ambiente, a vida, os “problemas”, as curiosidades do educando, formulando aulas de acordo com a realidade do grupo e capaz de saciar esses quesitos de curiosidade.
Dentro deste processo o professor como diz Freire precisa perceber que “não há docência sem discência...”, pois “...quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
É através desta interação, entre o que educador-educando, educando-educador, que se constitui a aprendizagem, e que a prática pedagógica se torna um desafio, porém uma prática que estreita os laços e faz com que o ambiente de aprendizagem seja mais prazeroso.
Vemos na realidade, que esta prática de deixar aulas e conceitos tradicionais de lado, ainda são difíceis para muitos profissionais da área da educação, portanto cabe a cada um de nós, reavaliarmos, analisarmos, e repensarmos diariamente nossa prática, para que consigamos nos desenraizar de conceitos que não contribuem em nada para o melhor desenvolvimento das aprendizagens.
Há ainda um segundo conceito nas leituras estudadas, onde Freud cita a educação como sendo “uma intervenção do adulto sobre a criança, caracterizada pela transição do prazer à realidade, em outras palavras, do prazer bruto ao desejo socializado, integrado a um universo regrado”.
Na citação à cima, Freud referia-se ao que mais tarde vemos em Vygotsky
Nesse sentido, é por meio da educação que o homem se humaniza e a escola se coloca como promotora na conquista da emancipação humana, realizando com qualidade, o processo de ensino para a apropriação dos conhecimentos científicos e filosóficos que sejam capazes de educar integralmente o ser humano. Ou seja, educar para a cidadania a partir da “assimilação ativa dos conteúdos” (VIGOTSKY,apud LIBÂNEO, 2008, p.3).
Estamos inseridos em uma cultura do instantâneo, movidos por ações que causem efeitos imediatos, tudo pra ontem, uma sociedade capitalista, regada a tecnologias, o que faz com que nos educadores, tenhamos uma maior dificuldade para estabelecer relações com os alunos.
É comum ouvirmos: “ a escola é chata!”, “ não gosto de ir a escola!” ou até mesmo “ não tenho nada à aprender!”. Portanto, como já descrito anteriormente, faz-se necessário estarmos em constante formação, trazendo como educadores uma prática que possibilite inovação, envolvimento, laços de amizades e diversas aprendizagens, nesta via que deve ser de mão única, onde o que aprende-ensina e o que ensina-aprende.
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