Ardua tarefa docente
Por: FlaviaMoraes • 15/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.713 Palavras (7 Páginas) • 405 Visualizações
Trabalho apresentado a Professor Ricardo Leite de Albuquerque, disciplina de Responsabilidade Social e Meio Ambiente, como requisito.
RIO GRANDE
2010
RESUMO
Partindo de pressupostos que articulam estudos sobre o trabalho do ser e do fazer docente, segundo Pimenta (2009), Tardif (1999), e Nunes (2001). Acredita-se que o educador, em sua trajetória, constrói e reconstrói seus conhecimentos conforme a necessidade de sua formação pedagógica. O objetivo deste estudo é identificar os sentidos e significados construídos elo sujeito social sobre o saber e o fazer docente na contemporaneidade. Para esse objeto foram realizadas entrevistas e pesquisas com crianças, adolescentes, adultos e professores para compreender como esses sujeitos entendem o papel social do professor na atual conjuntura. Espera-se com este trabalho, que os educadores comecem também a realizar pesquisas e refletirem criticamente sobre suas próprias práticas de ensino e sobre os docentes.
Palavras-chave: saberes docentes, conhecimento, respeito, dedicação e humanização.
1. INTRODUÇÃO
Este relato foi observado através de entrevistas feitas com crianças, as quais alegavam que suas professoras mantinham uma postura diferente da qual as crianças almejavam, pois as mesmas, como a sociedade, querem educadores que façam o possível para que elas aprendam e que os professores devem ser amigos e companheiros das crianças e da escola. Em uma das entrevistas, pode-se observar que existem profissionais que fazem com que aas crianças se orgulhem e queiram aprender, como é o caso da professora Genessi, que a criança entrevistada, com apenas oito anos de idade, falava com carinho de sua educadora, dizendo, que a mesma era amiga, ensinava com paciência, não gritava como os alunos e a menina sentia-se a vontade para questionar e tirar suas dúvidas durante a aula, pois o Genessi era paciente e esclarecia suas dúvidas de forma satisfatória. Observa-se que as ciranças querem uma educadora diferente, que as façam pensar e gostar da escola, segundo nossa entrevistada, ela afirma que gosta de ir a escola para aprender e não ficar “burra”. Constata-se que as crianças desejam ir a escola em busca de conhecimentos e saberes, e os professores tem que tentarem fazer o melhor de si por uma educação transformadora, para que crianças e adolescentes acreditem que o estudo é importante prazeroso em suas vidas e não fiquem alienados e sem vontade de irem à escola.
Com pesquisa realizada com educadores na área de educação constatamos que a opção feita pela carreira do magistério é um trabalho árduo do ensinar e do aprender, do contato com crianças e adolescentes.
Mas a caminhada continua, sentindo necessidade de aprofundar os estudos, a professora das séries iniciais fez Pedagogia e Pós-Graduação na UFPEL e teve sua trajetória marcada como estudante com a professora de História que fazia teatro para ilustrar suas aulas, na época era inovador e maravilhosa, já a professora das séries iniciais, teve sua trajetória marcada pelo professor da 1ª série, ao ser alfabetizada se sentia em processo de libertação humana que constitui a vida do homem através da educação. Fez sua graduação em Letras Português Espanhol na FURG e Especialização em Psicopedagogia Institucional na UNIVEST.
As professoras afirmam que acreditam na formação dos cursos da universidade, pois realmente unem a teoria com a prática e dão suporte para o trabalho, mas as ferramentas do dia a dia é que faz aprender como educador. As professoras das séries iniciais atuam a 12 anos e das finais a 20 anos, com educando nos estudos e o contato diário ensina muito, pois o trabalho com crianças e jovens é muito diferenciado e gratificante.
Afirmamos que entre tantas qualidades o educador tem que ter paciência, saber e autoridade, pois todo o ser humano em qualquer fase da vida tem potencialidades para aprender e que a aprendizagem ocorre através do diálogo e troca de experiências entre o educador e o educando de forma crítica e construtiva. Segundo (Becker, 1992), o professor pode no máximo a aprendizagem do aluno, despertando o conhecimento que já existe nele. Além disso, acreditamos que os educadores têm que ter afeto e carinho para transpor muitas barreiras entre o indivíduo e o professor, hoje, encontra-se um pouco despreparado para enfrentar alguns problemas da sala de aula e é desmotivado pelo baixo salário, mas acreditamos que o ser professor hoje deve estar em aperfeiçoamento, disposto a inovar e reconstituir a sua ação pedagógica diariamente.
Os conhecimentos que mobilizam as ações pedagógicas são os formais (conteúdos), mas o educador tem que buscar principalmente os saberes dos educadores e suas vivências para a construção de novos “saberes” mais significativo e principalmente proporcionar experiências que permitam ao aluno educar-se com atitudes e conhecimentos específicos, úteis e necessários do sistema social, global e formar indivíduos competentes para o mercado de trabalho.
Segundo Libânio, a Pedagogia é um campo de conhecimento que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade, e criando um conjunto de condições metodológicas e organizativas que permite aos futuros professores uma compreensão global do fenômeno educativo.
Durante a entrevista as professoras relatam que para se um bom professor, ele deve amar o que faz, saber ouvir antes de falar, ser amigo, ter domínio na sala de aula sem autoritarismo, dominar o conteúdo, ter organização e atuação, buscar a formação continuada, companheirismo, seriedade e, além disso, o bom professor deve ter clareza da importância da sua ação pedagógica.
Os adolescentes entrevistados com idades de 15 a 17 anos, cursando o ensino médio, relatam que o professor tem que transmitir o conteúdo de forma que o aluno compreenda e possa aplicar não só na escola, mas no dia-a-dia, e esse, deve lutar para melhorar o aprendizado do aluno.
De acordo com os adolescentes, um professor para poder trabalhar, deve estar consciente dos assuntos que serão abordados em sala de aula e ao mesmo tempo, integrados com a realidade e, também que interagir com os alunos.
Segundo Pimenta (209, pág. 22), não basta produzir conhecimentos, mas é preciso produzir as condições do
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