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Artigo Povos Migrantes

Por:   •  8/12/2022  •  Artigo  •  2.103 Palavras (9 Páginas)  •  90 Visualizações

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Reflexões e Introdução de Atividade Prática de Acolhimento

 Povos Migrantes na Educação Infantil.

Resumo

Cada vez mais vem aumentando o número de crianças filhos de migrantes e ou migrantes nas escolas municipais de São Paulo, são diversos documentos orientadores sobre o acolhimento desses povos dentro das unidades educacionais.  

A diversidade de povos migrantes nacionais e internacionais traz a necessidades de formações conjunta para os educadores com propostas e ações, onde proporcione incluir todos, em específico na educação infantil, as vivências com brincadeiras e jogos, músicas e literatura faz parte da prática rotineira. Nessas vivências, a criança amplia seu repertorio cultural com a diversidade cultural das propostas, abrangendo sempre a todos (povos indígenas, africano e migrantes).

O objetivo do Plano de Ação é propor uma atividade diferenciada com outro idioma, no caso o espanhol, pois o maior número de povos migrantes atendidos é da Bolívia, e com a diversidade cultural envolvendo a culinária boliviana, trazendo as famílias para participar e assim fortalecendo a interação.

A proposta desse Plano de Ação é para que seja desenvolvido ao longo do ano seguinte também.

A EMEI está localizada no Bairro da Vila Maria, que é uma das regiões que mais recebe migrantes de diferentes partes do mundo, principalmente da Bolívia. Temos atualmente 24 crianças bolivianas ou nascidas no Brasil, mas de pais bolivianos com presença de língua e cultura bem fortes e 1 haitiana. Pensando nessa configuração e já realizados por nós, professores da EMEI, diversas ações de acolhimento e desenvolvimento de atividades com crianças e famílias migrantes.

Palavras-chave:  Migrantes. Acolhimento. Interação. Inclusão. Multiculturalismo.

Introdução

A partir de estudos e pesquisa com os educadores sobre o acolhimento de Povos Migrantes na UE de educação infantil da DRE Jaçanã, é inevitável não mergulharmos numa reflexão profunda sobre essas crianças que fazem parte do público da escola, não é possível olhar para elas como somente mais uma na turma da sala de aula.

 Essas crianças trazem em si dois mundos diferentes na sua história de vida, com diversidade cultural e social, e negar o direito de expressar esses dois mundos no ambiente escolar é querer apagar a história e foçar uma aculturação.

(ACULTURAÇÃO: Processo através do qual alguém passa a possuir a cultura da sociedade em que está inserido).

Na prática em algumas falas da sociedade é possível identificar o preconceito e dificuldade de um trabalho mais inclusivo com os migrantes, principalmente oriundos da Bolívia.  

A falta de um trabalho mais intensivo de estudos para conhecer melhor quem são o povo Boliviano, suas histórias, o País com suas riquezas e culturas, leva muitas vezes a atitudes de se querer homogeneizar os filhos de Boliviano como um todo na sala de aula.

MAGDA ALVES em seu trabalho de pesquisa de mestrado menciona que ...  “a timidez do imigrante boliviano aqui no Brasil também é um reflexo da cultura aimará. E que as culturas indígenas existentes (aimarás, quéchuas e guaranis) formam o povo boliviano”.

O IDIOMA (LÍNGUA) COMO BARREIRA NAS INTERAÇÕES

Uma das barreiras relatadas por parte das educadoras é o idioma (língua), dificultando a interação com as famílias e o educando em sala de aula, pois a criança ouve o português na escola e em casa seus pais falam pouco o português e quando falam apresenta muita deficiência linguística.  

É notável que a escola ainda tem muito a refletir sobre inclusão.

A distinção entre integração e inclusão é um bom começo para esclarecermos o processo de transformação das escolas, de modo que possam acolher, indistintamente, todos os alunos, nos diferentes níveis de ensino.   ( MARIA TERESA EGLÉR MOANTOAN - 2003).

Não é possível que se espere que o educador domine o idioma, já que o país da Bolívia conta com mais de 30 línguas oficiais, além do espanhol, todas as línguas indígenas são reconhecidas como oficiais. Mas se espera que pequenas ações como bilhetes e avisos em espanhol possam ser realizadas pela escola e ser um facilitador na comunicação e uma forma de acolhimento para a família, fazendo-a se sentir assistida.

... A língua para muitos é um lugar de pertencimento, o Currículo da Cidade da Educação infantil levanta a reflexão sobre a diferença entre o aprendizado de uma nova língua enquanto migrante e a iniciativa de aprender uma segunda língua por desejo de ampliar horizontes e saberes, uma vez que o primeiro traz consigo desafios acrescidos associados ao processo migratórios...Diante das desigualdades, devemos combatê-las e desnaturalizá-las. Na presença das diversidades e diferenças, é necessário reconhecê-las, compreendê-las e incorporá-las... Currículo Povos Migrantes, 2019

Vivências e práticas de acolhimento

        

EMEI que atuo, da DRE JAÇANÃ, sendo uma das que mais recebe filhos de migrantes Bolivianos, nos encontros semanais de formação com todos os educadores vem sendo realizado estudos e reflexões sobre as práticas e vivências para inserção e valorização da cultura dos povos bolivianos, por ser o maior público das UEs da Dre Jaçanã e da região onde está localizado a EMEI, no bairro de Vila Maria.

        Durante o ano na EMEI é realizada a autoavaliação proposto nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil.  Na dimensão 5 do Indicador, com questões presentes no documento, demonstra como a UE está em relação ao tema Migrantes na Educação Infantil e o tópico que mais revela o perfil e abordagens dessa EMEI é o 5.1.3  e 5.1.4, pois na ações diária,  as brincadeiras com jogos e músicas faz parte da dinâmica com as crianças, proporcionando vivências diversas com a cultura dos povos inseridos na UE.  A prática de leitura diária faz parte do Plano de Ação Anual da UE, onde é realizado com salas temáticas e Ciranda do Livro e o caderno viajante, onde as famílias fazem relatos do momento compartilhados de leitura em família. Projetos de   jogos e danças, com espaços montados no pátio externo com todas as turmas têm proporcionadopara as crianças conhecer um pouco das brincadeiras dos povos do continente africano.

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