As Mulheres de Jorge Amado
Por: JanainaEdivaldi • 16/8/2018 • Seminário • 1.581 Palavras (7 Páginas) • 369 Visualizações
As Mulheres de Jorge Amado
Sarau do IFBA 2018
Narrador- Iremos apresentar um pouco de algumas obras de Jorge Amado, morreu em 2008, levou a literatura nacional e algumas das mais admiradas das personagens femininas, Gabriela, Tieta, Dona Flor e Teresa Batista.
Mulheres de Jorge
Jorge Amado, foi quem desenhou
nossas mulheres brasileiras:
Gabriela, Teresa,
Tieta e Dona Flor.
Todas elas, posso dizer,
são mulheres de coragem,
com histórias dignas de se conhecer.
D'entre as nossas mulheres,
Gabriela foi aquela
quem Jorge primeiro
pois-se a escrever.
Gabriela é inocente?
É, é diferente.
Gabriela tem a aparência
que os rapazes anseiam por conhecer
e essa mesma aparência,
nas bocas das mulheres vira motivo para maldizer.
Gabriela é tão bela!
Tem o corpo da mulher brasileira
e também é conhecida por não cortar a cabeleira.
Gabriela
além de um pensamento
além do seu tempo,
tem o perfume do cravo
e a pele cor de canela.
Essa é Gabriela.
Já n'outro tempo
nosso Jorge criou mais um de seus livros,
esse intitulado "Dona Flor e seus dois maridos"
com casos benditos que falam da nossa nação sem pudores,
mostrando misticismo e um defunto peladão
que volta do além, movido por uma paixão.
Essa paixão é Florípedes,
a bela Dona Flor, que carrega consigo
um coração cheio de amor.
Outra mulher batalhadora
quem Jorge bem retratou
é Teresa Batista, que muito lutou.
Teresa por muito tempo
sofreu e chorou
na fazenda aonde criança
comeu o pão que diabo amassou.
A morena também se apaixonou
e para poder o seu primeiro amor viver,
o homem a quem foi vendida
precisou as asas bater.
Tieta é cedo expulsa de casa
pelo seu pai que a rejeita
por ter sido pega
com um rapaz enamorada.
Mas tempos depois retorna a pequena cidade
d'onde foi embora, ainda com pouca idade.
Agora a bela mulher, que volta elegante, independente e rica
é por Sant Ana do Agreste muito bem recebida.
"Amado, Jorge"
hoje se lê nos livros
e a esse nome associa-se um homem,
da literatura, grande amigo.
Por ter ousado
em uma nova roupagem
para os seus textos escrever,
recheando-os de verdades
para o povo brasileiro,
poder o nosso próprio país conhecer.
Sarah Magalhães
Poema recitado por Ednaldo e Luiz Carlos
Apresentação As Mulheres de Jorge Amado
Narrador - Allan
Gabriela - Maria Lidiana
Dona Flor e seus dois maridos - Fabiana Santana
Tiêta - Janaina Silva
Teresa - Janaina de Cassia
Narrador – Elas marcaram a figura e a mais popular fase de autorreproduçao, conheça agora as quatro musas de Jorge Amado.
Narrador – Gabriela, Cravo e canela, tem lugar em Ilhéus, em 1925, Expulsa do sertão nordestino pela seca, a retirante Gabriela tem a ânsia de liberdade e o desejo de agir segundo a própria vontade. Bonita e trabalhadeira é a excelente cozinheira de Nacid, dono do bar Vesúvio. Alegre e espontânea gosta de cantar e dançar. Prendada ganha o patrão com o tempero dos seus vatapás e acarajés, e também pelo seu aroma do seu espírito livre e meio bicho diferente das mulheres da sociedade local. Sensual seduz não só o patrão de quem se torna amante, mas outros homens da cidade, que lhe propõe culmina-lá de luxos. Mas onde esta Gabriela?!
Gabriela (Lidiana) – Sou Gabriela popularmente conhecida como Gabriela cravo e canela, vim do agreste para Ilhéus à procura de trabalho e fugindo da seca. Tenho várias qualidades, sei cozinhar, lavar, passar e também sei namorar.
Narrador (Allan) – Dona Flor e seus dois maridos, agora vem ela. A bela e ajuizada Florípedes Guimarães, enfrenta a oposição da mãe, ao unir-se a um malandro, boêmio, farrista, jogador e infiel Vadinho, mas após sete anos de união, o malandro cai morto em pleno carnaval. Após um ano de viuvez e com o desejo a flor da pele, Flor conhece e se casa com o farmacêutico Teodoro Madureira. Mesmo com a vida estabilizada, ela passa a ser assombrada pelo seu falecido marido. Começa ai, as contradições de Flor, dividida entre o amor metódico e fiel de Teodoro e o erotismo febril e avassalador de Vadinho.
Dona Flor (Fabiana) – Sou Dona Flor, professora de arte e culinária, tenho é dois maridos, Teodoro e Vadinho, o que me falta em um eu tenho é no outro. Sempre morei no bairro 2 de julho com mainha e meu segundo marido Teodoro.
Narrador (Allan) - Tereza Batista cansada de guerra, ela é uma heroína que enfrenta “peste, fome e guerra, morte e amor”, e cuja vida é uma história de cordel. Com 13 anos incompletos, a órfã é vendida por sua tia ao capitão Justo, fazendeiro pedófilo e cruel. A partir daí, acontece à transformação da menina precocemente amadurecida em mulher valente e determinada. Teimosa que nem um jegue essa tal Teresa Batista é uma das mais famosas heroínas de Jorge Amado, vem com tudo Tereza.
Teresa (Janaina C.) – Sou Teresa Batista desde pequena passei por provações e conheci a maldade dos homens, porque fui órfã e vendida por um parente ao um capitão Justo. Oxente, mas vocês acham que isso conseguiu me abater, difícil mesmo foi aprender a chorar, pois eu nasci pra rir, alegre e viver.
Narrador (Allan) – Tieta do Agreste, fogosa e namoradeira é surrada pelo pai Zé Esteves e expulsa de casa e da cidade, quando sua irmã mais velha revela ao seu pai suas aventuras eróticas. Anos depois retorna a cidade apresentando-se como viúva. Com dinheiro e influência política, ajuda a família e traz benefícios a comunidade, entre eles a luz elétrica. Tieta conquista toda a admiração da cidade, que ignora sua verdadeira condição de dona de bordel em São Paulo. Vem Tieta arretada, essa mulher não é mole não.
Tieta (Janaina S) – Assim como Gabriela, eu Tieta vim do agreste, morava com meu pai Zé Esteves, minha madastra feia e minhas duas irmãs, a Carola Perpetua e a pequena Elisa e tive dois namorados.
Gabriela (Lidiana) – Tive envolvimento com meu patrão Nacid, dono do bar mais conhecido da cidade e logo me casei.
Dona Flor (Fabiana) – E o meu namoro com Vadinho, no inicio era o sonhadinho de mainha mais depois que descobriu onde ele morava, condenou o nosso namoro e disse que ele só veio para família pra viver as minhas custas, isso num se faz não.
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