BULLYING, INCLUSÃO EQUIDADE
Por: Neusa Lopo • 1/10/2016 • Artigo • 7.685 Palavras (31 Páginas) • 260 Visualizações
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BULLYING, INCLUSÃO EQUIDADE
Brasília, DF
Agosto - 2016
Diretoria Geral
Diretoria Acadêmica
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa
Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso
BULLYING, INCLUSÃO EQUIDADE
Trabalho apresentado para Conclusão de Curso – TCC do Programa do Curso de Graduação em Pedagogia do Instituto Tecnológico De Águas Lindas de Goiás.
Orientador(a) Profª Tais .
Avaliador(a) _______________________________.
Avaliador(a) _______________________________.
BRASÍLIA, DF
AGOSTO - 2016
BULLYING, INCLUSÂO EQUIDADE
Neusa Lopo Rocha [1]
Resumo
Esta é uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, desenvolvida durante o 7º semestre de 2016 e visava, de forma geral, a analisar a ocorrência de bullying em uma turma de inclusão. Acreditava-se que este fenômeno também poderia ocorrer nestas turmas. Para a coleta de dados, utilizou-se o questionário aplicado à regente, à orientadora educacional e à diretora da escola, que faz parte da rede pública de ensino do Distrito Federal. A docente supracitada atua em uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental em que há cinco alunos incluídos. Os dados demonstram que o bullying ocorre, mesmo que não com frequência e constância, pois sempre que ocorre, a escola atua e tenta resolver o fato. Como conclusão, as autoras podem afirmar que mesmo com a boa intenção dos profissionais de ensino e das políticas públicas, a inclusão ainda requer muita atenção dos que mobilizam esforços para que ela ocorra de forma adequada. Percebeu-se, também, que o bullying pode interferir de forma decisiva na socialização e na permanência dos alunos inclusos na escola.
Palavras-chave: bullying; inclusão; equidade
Abstract
This is a qualitative research of an exploratory character that was developed during the 7st semester of 2016 and generally sought to analyze the occurrence of bullying in an inclusion school class. It was believed that this phenomenon could also occur in these classes. For collecting data it has been used the questionnaire applied to the regent, to the educational guiding and the Director of a school that belongs to the public school system of the D. C., and that works with a 5th year of a primary education class in which there are 5 students included. The data shows that bullying occurs, however without a frequency and constancy, because whenever it happens the school interferes and tries to resolve the fact. As a conclusion, the authors can say that even with good intentions of the teaching professionals and of the public policies, the inclusion still requires much attention from the ones that mobilize efforts so it can occur properly avoiding that bullying can interfere decisively in socialization and staying of the students who were included
Keywords: bullying; inclusion; equity
INTRODUÇÃO
Os temas aqui tratados não são temáticas novas, mas, nem por isso, deixam de ser de suma importância para a sociedade atual. Observa-se que, desde os tempos antigos, a violência se faz presente no cotidiano da humanidade, pois convivemos com ela diariamente, mas só nos damos conta desta quando aparece de forma evidente em nossas vidas, na vida de nossos alunos, filhos, ou quando bate a nossa porta.
Estamos nos referindo ao bullying que, segundo FANTE (2005, p 16), pode ser entendido como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dor, angústia e sofrimento”.
O termo bullying dá conta de uma realidade que atinge várias escolas nos últimos tempos. Assim, o consideramos como um fenômeno caracterizado primeiramente por atos, agressões e outras formas de violência. As principais vítimas deste são as pessoas consideradas diferentes e, em muitos casos, entre elas, encontram-se as portadoras de necessidades educacionais especiais, além das pessoas com características que as destaquem das demais, tais como etnia, religião, status socioeconômico, compleição física etc.
Segundo Fante, o
[...] Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do “comportamento bullying”. (FANTE, 2005, pp. 28- 29).
A diversidade humana é muito ampla, mas, mesmo assim, existem pessoas que ainda não compreendem muito bem as deficiências e as diferenças, gerando vítimas de preconceito, rotulações, humilhações e diversos outros estigmas.
A violência moral e física contra estudantes é uma realidade velada em várias escolas. Aparentemente, quando estes são portadores de necessidades educacionais especiais, esse cenário se amplia, pois há casos em que o modo de inclusão não é bem implantado e, consequentemente, torna-se mau sucedido pela falta de preparo dos profissionais que receberão a criança. Isso acontece pelo despreparo das demais crianças, ditas regulares, pela falta de incentivo do governo e até mesmo pela falta de interesse dos profissionais da escola em buscar uma formação continuada.
É possível perceber, também, que o bullying nem sempre se dá por meio de agressões, xingamentos e apelidos grosseiros. Dá-se, na maioria dos casos, pelo simples isolamento da criança, isto é, por meio de um processo de discriminação. A situação se torna muito mais grave quando o alvo desta discriminação são crianças ou jovens com algum tipo de deficiência, visto que nem todos têm preparo emocional ou físico para superar as agressões em sala.
Observa-se, ainda, que é comum que ocorra uma diferenciação de tratamento do aluno, tanto por parte da escola, como dos demais alunos. Não por que estes tenham necessidades diferentes, mas por acreditar-se que isso ocorra por falta de informação e conhecimento que permitirão o tratamento de todos de forma normal e que lhes seja oferecida a equidade, tão essencial a sua inclusão.
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