Ciências Humanas

          Segundo Chimamanda Adichie, “Histórias tem sido usadas para expropriar e tornar maligno, mas histórias podem também ser usadas para capacitar e humanizar”, “Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa dignidade perdida.”.

           Acredito que o tema de nosso fórum foi um dos melhores até o presente momento, falar de histórias e de como elas são ou não contadas despertaram dentro de mim a vontade de fazer diferente, vontade de buscar e aprender, e vontade de ensinar a pensar e não só transmitir um determinado conhecimento.

          De maneira geral todos que participaram desse fórum são de alguma forma unanimes ao levar a responsabilidade do professor para que  como futuros professores tenham a obrigação de mostrar as história de todas as formas possíveis e existentes, e assim despertar a curiosidade e a vontade de buscar, de saber, de entender, precisamos formas cidadãos críticos que não se convencem facilmente sobre qualquer assunto sem questionamento, busca e pesquisa, para que só assim  se forme uma opinião sobre o fato.

          Concordo e compartilho da colocação em fórum da colega Danila, quando diz:

“Isso me fez refletir o quanto eu só vi um lado da história durante minha vida escolar, só o que os livros traziam e ilustravam”. E como os professores reproduziam essa "única História".

          Como a colega Iane mencionou, não cabe somente os currículos determinarem o acesso a história, uma vez que o currículo tem o papel de orientar o assunto, mais a responsabilidade é do professor em buscar e achar a melhor maneira possível de transmitir conhecimento e criar caminhos para que seus alunos produzam conhecimentos.

              A respeito das questões levantadas no fórum, faço menção a de alguns colegas que vão diretamente ao encontro do que penso a respeito:

a) Como se constituem história e pensamento únicos

          Compartilho da mesma opinião de minhas colegas Marielen, Eliane e  Ana Paula ao afirmar que as histórias únicas se constituem a partir do momento em que elas são contadas apenas por um ponto de vista e nessas histórias são apenas destacados o seu lado bom ou ruim de determinado povo, pessoa, cultura ou fato.

          Somos ensinados desde pequenos a apenas ver um lado da história, na verdade as histórias são apresentadas apenas com uma versão, dificilmente nos ensinam a buscar mais informações, não aprendemos a questionar e nem mesmo a duvidar do que nos é apresentado como sendo uma verdade absoluta.

b) Quais conteúdos para as séries iniciais poderiam ser pensados tendo como referência o vídeo:

          Uma boa maneira para trabalhar o olhar crítico dos alunos é contando versões diferentes de uma mesma história, como a colega Marielen nos deu como exemplo trabalhar a história dos Três Porquinhos e a do Lobo Mal, outro exemplo muito bom dado pela colega Amanda é trabalhar as “Tradições Familiares”, com a participação da família e com o recolhimento de documentos, fotos etc, mostrar a partir das visualizações de histórias diferentes de um mesmo grupo que existem diferenças e que isso é natural.

          Outro exemplo extremamente importante apontado pela colega Eliane, é que as crianças devem aprender a própria história e só depois conhecer histórias de outros grupos, povos, e outras culturas, vale ressaltar que a literatura deve ser diversificada, eu particularmente acredito que as histórias de determinados povos deva ser contadas do ponto de vista dos próprios.

c) Como podemos desnaturalizar “as verdades” acerca da sala de aula e o ensino público tendo como referência o vídeo:

          Como a colega Danielle, também acredito que é preciso uma mudança de pensamento a respeito da escola publica, é necessário desmitificar que o ensino na escola particular é melhor e que o da escola publica não presta, assim como cita a colega Marielen é preciso mostrar o outro lado para os alunos, mostrar bons exemplos de professores, alunos e comunidades de juntos conseguem superar as diversidades e alcançar bons resultados, e deixar claro que nossa história é construída a cada dia, a cada ato e atitude, e nesse contexto o professor tem o papel de olhar para seus alunos e além de acreditar que é possível, mostrar que é possível.