Corporeidade, mídia, cultura e infância, temas abordados no documentário: Criança: a alma do negócio

Corporeidade, mídia, cultura e infância, temas abordados no documentário: Criança: a alma do negócio.

A infância e a criança são temas amplamente discutidos em estudos sociológicos, psicológicos e pedagógicos. Antigamente, estudos direcionados a estas áreas eram praticamente extintos, tal realidade só mudou na atualidade, quando o tema tornou-se alvo de estudos, dispondo de inúmeros materiais como artigos acessíveis a toda a comunidade acadêmica, envolvendo pesquisas nacionais e internacionais.

O documentário, criança: a alma do negócio promove uma reflexão acerca dos temas infância, criança, cultura e mídia, e principalmente sua influência nas diferentes fases do desenvolvimento das crianças e adolescentes. Isso se deve à grande presença da tecnologia no dia a dia da sociedade.

Atualmente, grande parte das crianças utiliza de aparelhos eletrônicos em ambiente de aprendizagem, bem como em situações rotineiras de suas vidas. Esse aumento na presença de recursos tecnológicos tem sido alvo de estudos de diferentes autores por meio da análise de prós e contras do uso exuberados desses recursos, e o que há por trás deles.

Outro fator pautado no documentário é a influência da mídia nos desejos das crianças e em seu convívio social. Os seus hábitos tem sido ditados pelas propagandas, as crianças que são aceitas em seus grupos e ditas populares, são aquelas que possuem os brinquedos, roupas, etc. mais divulgados na TV, internet, entre outros meios de comunicação.

Esse fanatismo pela mídia aliena as crianças para o mundo exterior. Foi mostrado que muitas delas não conhecem frutas e brincadeiras, entretanto são capazes de distinguir com maestria os logos de marcas famosas. Outro ponto citado foi à substituição gradual de brincadeiras e convívio por horas de TV e compras em shoppings. Muitas das crianças entrevistadas alegam preferir realizar compras do que o livre brincar. Assim a mídia passa a impor novas formas de ver e interpretar o mundo por meio dessas crianças, nas quais são submetidas a uma antecipação da expectativa de um corpo ideal, passando por um processo de adultificação, interferindo na sua aparência física, no seu modo de comunicar e nas suas manifestações corporais, modificando o conceito de infância.