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Criança negra na escola

Por:   •  5/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  7.018 Palavras (29 Páginas)  •  242 Visualizações

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INTRODUÇÃO

        O presente trabalho apresenta discussões sobre a importância dos contos de fadas no desenvolvimento infantil estabelecendo uma afetividade nos momentos da hora da história para crianças. Esses são os momentos nos quais elas se envolvem prazerosamente nas histórias onde, os personagens causam na vida escolar delas um sentimento especial e mágico.

        Por tudo isso, escolhemos o tema contos de fadas, para desenvolver o nosso trabalho de pesquisadora, pois é muito importante para as crianças este mundo de imaginação com o mundo real e é um assunto  que sempre nos interessou e agora estamos tendo a oportunidade de pesquisar e aprofundar mais sobre ele.

        Apoiando, portanto em alguns clássicos da literatura infantil como Esopo, que criou algumas fábulas relacionadas ao cotidiano; La Fontaine, que criou os contos de fadas sobre o amor, os medos e dificuldades, os irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm, que escreveram contos de fadas voltados para a mágica e o maravilhoso; Hans Christian Andersen, que foi um dos maiores escritores da literatura infantil para criança. Todos eles com suas fábulas e os contos clássicos estão presentes nas escolas, como temas no contexto da literatura infantil.

        Percebendo atualmente que um grande número de crianças gostam de ouvir histórias, principalmente ao se indentificarem com os personagens, tal fato pode ser constatado por Lajolo (2000) o qual destaca que a Literatura infantil dos últimos dez anos, tem trabalhado com quatro questões centrais: a identidade da criança por meio de textos que narram sobre o cotidiano e suas emoções; por meio do exercício do imaginário a partir dos contos de fadas, contos contemporâneos e poesia; por meio do exercício da lógicas e da emoção a partir de narrativas policiais, de suspense, e terror; por meio do exercício do sentimento de alteridade, de conhecimento do outro, através de narrativas de aventura, lendas e mitos de outras culturas, viagem no tempo ou no espaço através de narrativa de ficção ciêntifica.

        Além disso, Bettelheim (1996), relata que, a criança que, desde muito cedo entra em contato com a obra literária escrita para ela terá uma compreensão maior de si e do outro. Portanto, ela terá a oportunidade de desenvolver seu potencial criativo e ampliar os horizontes da cultura e do conhecimento, percebendo o mundo e a realidade que a cerca.

        Para Abramovich (1995) Ler é também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras idéias para solucionar questões (como as personagens fizeram). Dessa forma, segundo Jolibert (1994), o trabalho com a literatura infantil proporciona uma “vida cooperativa” no ambiente de sala de aula. A criança passa a viver com mais responsabilidades e autonomia, fazendo parte de um grupo que incentiva e provoca conflitos. Aguiar & Bordini (1993), destacam que, é nesse sentido que a Literatura Infantil e, principalmente, os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta.

        A obra literária pode ser entendida como uma tomada de consciência do mundo concreto que se caracteriza pelo sentido humano dado a esse mundo pelo autor. Como afirma Coelho (2000) a faz o uso da criatividade que permeia o mundo indo (estava faltando esta palavra, que deixei de rosa) fundo nos sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização.

        O meu objetivo é compreendermos como os contos de fadas, na literatura infantil podem influenciar no desenvolvimento infantil, demonstrando como as histórias são importantes entre o imaginário infantil e a realidade, favorecendo a criança no seu desenvolvimento cognitivo e maturidade.      

        Espero que com esse trabalho nos possamos conseguir melhorar ainda mais a minha prática, contribuindo cada vez mais para uma educação de qualidade tendo como foco primeiro o aluno, para que ele tenha o prazer de manusear as páginas de um bom livro, em que sua aprendizagem forme leitores imaginativos e criativos.

                                       CAPÍTULO I

                      OS CLÁSSICOS DA LITERATURA INFANTIL

        A literatura infantil surgiu no século XVII com Fenélon (1651-1715), justamente com a função de educar moralmente as crianças. As histórias tinham uma estrutura maniqueísta, a fim de demarcar claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, fábulas e mesmo muitos textos contemporâneos incluem-se nessa tradição. Tais textos não precisam ser rejeitados por aqueles que pretendem formar eticamente a criança, ao invés de apenas educa-la moralmente, basta que o bem e os mal apresentados sejam problematizados e não, simplesmente, aceitos como respostas aos problemas tratados nas histórias.

        Os textos mais ricos, no entanto, são aqueles que apresentam personagens complexos, não notadamente bons ou maus, em situações que demandam escolha e reflexão sobre as consequências da mesma. São também aqueles que condensam múltiplas interpretações (e aqui se revelam suas qualidades estéticas), pois evidenciam para a criança que são muitas as possibilidades de ser se aproximam, portanto, da própria complexidade da vida. São, enfim, aqueles que tratam dos problemas da criança: dirigindo-se às suas fantadias, ‘falando’ as suas emoções, respondendo à sua necessidade de não se contentar com sua própria vida.

        São frequentes as referências ao século XIX como uma espécie de idade de ouro da literatura infantil, tendo Andersen, Dickens, Condessa de Ségur, Mark Twain, Irmãos Grimm, Prerrault como seus representantes.

        C. Andersen (1805-1875) e a Condessa de Ségur (1799-1874) representam na mesma epoca duas tendências da literatura infantil que se mantiveram até aos nossos dias e que poderiamos classificar chamando a uma, sobretudo literária e a outra, sobretudo para crianças.

        Fábula é uma narrativa alegórica em prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral. Sua peculiaridade reside fundamentalmente na apresentação direta das virtudes e defeitos do caráter humano, ilustrados pelo comportamento antropomórfico dos animais. O espírito é realista e irônico e a temática é variada: a vitória da bondade sobre a astúcia e da inteligência sobre a força, a derrota dos presunçosos, sabichões e orgulhosos etc. A fábula comporta duas partes: a narrativa e a moralidade. A primeira trabalha as imagens, que constituem a forma sensível, o corpo dinâmico e figurativo da ação. A outra opera com conceitos ou noções gerais, que pretendem ser a verdade “falando” aos homens.

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