DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E INCLUSÃO: DIREITO À DIVERSIDADE
Por: Anna Farina Garcez • 12/4/2015 • Projeto de pesquisa • 4.602 Palavras (19 Páginas) • 473 Visualizações
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E INCLUSÃO: DIREITO À DIVERSIDADE
RESUMO: Este artigo tem como objetivo pesquisar, analisar e entender um pouco sobre como se dá a deficiência intelectual, bem como suas classificações quanto aos níveis de desenvolvimento da inteligência. A inclusão escolar de crianças com deficiência intelectual tem sido um dos temas destaques nos últimos tempos. Muitas propostas são reformuladas para que haja uma verdadeira inclusão para que esses educandos possam estar se desenvolvendo da melhor forma possível e de acordo com seus direitos. Também se faz necessário saber e ter um conceito formulado sobre o que é deficiência intelectual e quais sãos os níveis que ela se acomete, bem como qual é o melhor significado para inteligência.
Palavras- chaves: Deficiência Intelectual; Inclusão; Desenvolvimento; Inteligencias.
- INTRODUÇÃO
Muito tem se falado de Deficiência Intelectual. Porém se faz necessário refletir um pouco sobre o assunto a inteligência que segundo a Enciclopédia Britânica, é a habilidade de se adaptar efetivamente ao ambiente, seja fazendo uma mudança em nós mesmos ou mudando o ambiente. A inteligência humana que envolve a linguagem, o pensamento, a memória e a consciência é um atributo mental que combina muitos processos mentais, dirigidos à adaptação da realidade. A base da inteligência é o Pensamento que acontece a representação de conceitos que aparecem da capacidade de selecionar, generalizar, desenvolver e elaborar juízos num processo que leva o sujeito a estabelecer relações que formará o raciocínio.
Muitas habilidades inteligentes aparecem em animais como os primatas e golfinhos que conseguem identificar cores, reconhecer e usar símbolos complexos. Por isso, atualmente a inteligência é estudada no plural. São as múltiplas inteligências como a social, a aritmética, a musical, a emocional, etc.
- CONCEITOS DE INTELIGÊNCIA
O conceito de Inteligência Social e Inteligência Pragmática são habilidades importantes para compreender e interagir com nosso estudo de Deficiência Intelectual, já que essas inteligências contribuem para o bom relacionamento com os outros e consigo mesmo, mas não é a única.
Como podemos perceber pelos atuais critérios de definição de Deficiência Intelectual, a incapacidade de adaptação satisfatória ao ambiente social, está relacionada às inteligências Social e Pragmática, já que as pessoas com Deficiência Intelectual não demonstram habilidades para a generalização das aprendizagens e sofrem prejuízo para elaborarem conceitos, pois apresentam um sub-funcionamento da memória, embora possuam assimilação equivalente às pessoas normais mais jovens.
Na Deficiência Intelectual como nas demais questões da psiquiatria, a capacidade de adaptação do sujeito ao objeto, ou da pessoa ao mundo, é o elemento mais fortemente relacionados à noção de normal. Deficiência Intelectual é um estado onde uma limitação funciona em qualquer área do funcionamento humano, considerado abaixo da média geral das pessoas pelo sistema social onde se insere a pessoa. Isso quer dizer que uma pessoa pode ser considerada deficiente em uma determinada cultura e não deficiente em outra. O funcionamento adaptativo da pessoa pode ser influenciado por vários fatores, incluindo educação, treinamento, motivação, características de personalidade oportunidades sociais e vocacionais. Em termos de cuidados e condutas, os problemas na adaptação habitualmente melhoram com esforços terapêuticos. Este tende a permanecer mais estável, independente das atitudes terapêuticas, até o momento. A classificação atual da Deficiência Intelectual não aconselha mais que se considere o retardado leve, moderado, severo ou profundo, mas sim, que seja especificado o grau de comprometimento funcional adaptativo. O que mais importa saber é se a pessoa com Deficiência Intelectual necessita de apoio em habilidades sociais mais do que em outras áreas.
A Deficiência Intelectual reflete o fato de que muitos deficientes não apresentam limitações em todas as áreas das habilidades adaptativas, portanto nem todos precisam de apoio nas áreas que não estão afetadas. Não devemos supor que as pessoas mentalmente deficientes não possam aprender a ocupar-se de si mesmas. Pois a maioria das crianças deficientes mentais pode aprender muitas coisas, chegando a uma vida adulta parcialmente independente, desfrutando da vida como um todo. Vale a pena destacar que crianças com deficiência mental aprendem com mais dificuldades os conteúdos, de acordo com seus limites de seu raciocínio abstrato. Os alunos sem deficiência mental aprendem mais rapidamente esses conteúdos, pois têm menos limites em seu raciocínio abstrato, mas também têm algumas possibilidades intelectuais limitadas e, sem as situações e exemplos concretos, acabam esquecendo rapidamente o que aprenderam.
Toda pessoa com necessidades educativas especiais precisa de métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para aprender. O direito à igualdade de oportunidades educacionais é o resultado de uma luta histórica dos militantes dos direitos humanos, luta que implica na obrigatoriedade do Estado em garantir gratuitamente unidades de ensino para todas as crianças, quer sejam ou não deficientes.
O deficiente intelectual tem os mesmos direitos e sentimentos que qualquer outro individuo possui. E, como qualquer um de nós, ele percebe tudo o que se passa ao seu redor. A aparência ou os aspectos diferentes que a Deficiência Intelectual pode apresentar, não significa que necessitamos tratá-lo de modo diferente. É importante que nos aproximemos dele com naturalidade. Tratá-lo de igual para igual é importantíssimo para a sua interação social e para sua autoestima.
- OS MEANDROS DA DEFICIÊNCIA
No Brasil não existem pesquisas para sabermos quantos deficientes existem ao certo e quais são suas deficiências. No mundo, a Organização Mundial de Saúde afirma que uma entre dez pessoas é portadora de deficiência física, sensorial ou mental, congênita ou adquirida. Isto equivale a dizer que por volta de 10% dos habitantes da Terra são pessoas deficientes. No entanto, acredita-se que aqui a porcentagem é maior. Primeiro, porque a OMS diz que nos países do Terceiro Mundo esta porcentagem pode chegar a 15% ou até 20%. Depois, porque aqui as regiões pobres são imensas (principalmente Norte e Nordeste), locais de maior incidência de deficiência, cujos meios de vida e prevenção são insatisfatórias.
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