DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE
Por: Fernweh • 26/5/2019 • Artigo • 5.209 Palavras (21 Páginas) • 374 Visualizações
MARIA ANGELICA REIS GUIMARÃES PAREDES
DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE
Campinas
2017
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DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: IMPORTÂNCIA E CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE
Maria Angélica Reis Guimarães Paredes 1
Resumo
Introdução: a didática para a educação dá significado ao processo de ensino-aprendizagem e está composto por práticas e teorias intrínsecas. Deve-se entender a dualidade que existe entre teoria e prática, com a finalidade de ressignifica-las, elas não podem ser dissociadas, pois integram as partes do todo educacional. Objetivo: analisar a importância da Didática na construção e reconstrução da identidade profissional do Docente se valorizando e valorizando o aluno enquanto ser social. Metodologia: bibliográfica, considera-se obras publicadas pelos principais teóricos da esfera educacional que explicam e justificam a importância da Didática na formação docente.
Palavras-chave: Didática. Ensino-aprendizagem. Docente.
1 INTRODUÇÃO
Antigamente o conhecimento que era sistematizado e consolidado nas Universidades estava ao alcance de todos através das bibliotecas e das aulas magnas dos docentes, onde eram adquiridas e reproduzidas as informações e práticas profissionais.
1 Aluna do Curso de Didática do Ensino Superior da UNIASSELVI. E-mail: angelicaparedes@live.com.pt
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Hoje, apesar das bibliotecas conterem todo este acervo nas universidades, as fontes de produção do conhecimento são múltiplas em diversos espaços e ambientes como institutos e organismos de pesquisas vinculados às universidades, empresas, ONG’s, órgãos públicos e privados, industrias, laboratórios direcionados para projetos que intervêm na realidade e realizam programas e políticas governamentais em todos os estames e tudo isso graças aos computadores.
Por meio de todo este desenvolvimento do conhecimento e sua produção, os campos científicos ficaram mais próximos para conseguirem explicar os fenômenos de forma mais adequada; assim, a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade começam a colaborar para o progresso da ciência. As ciências humanas e exatas se integram como um requisito para o desenvolvimento do homem em sua comunidade e do mundo e o acesso a todas estas informações hoje estão disponíveis a todas as pessoas imediatamente e em tempo real, conectando inclusive com os próprios pesquisadores e autores.
Nenhum professor consegue ter o domínio de todos os conhecimentos de sua área e transmiti-lo sistematizado resumidamente para os discentes; estes, por conseguinte, acessam estes conhecimentos por meio dos recursos eletrônicos disponíveis e recebem um bombardeio de informações especialmente as que se referem à sua profissão, sem contar com a mediação do docente, já que às vezes as informações são desconhecidas até pelo próprio professor, é natural que isto possa ocorrer.
O professor já não tem mais o status de expert em uma disciplina específica e compilando ao máximo as informações que devem ser transmitidas, e a centralidade está na aprendizagem, ou seja, antes o essencial era ensinar, transmitir informações, agora o foco é a aprendizagem.
Partindo de um olhar didático, no decurso da história da educação, é evidente perceber que o processo de ensino-aprendizagem está composto por práticas e teorias inseparáveis. Assim, é indiscutível a afirmação sobre romper o dualismo que existe entre ambas, com a finalidade de ressignifica-las, pois são indissociáveis, integrante das partes do todo educacional. Para isso, é necessário entender sobre o trajeto histórico da Didática e seu comprometimento na formação docente.
A motivação de pesquisar sobre este tema, surgiu da premência de compreender mais profundamente sobre o ensino da didática e a forma como ela colabora para a
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estruturação da identidade do profissional docente. Frente a isso, salta o questionamento a uma reflexão: qual a importância da Didática e qual a sua contribuição na formação docente?
Dessa forma, objetivo principal deste estudo é estudar sobre sua relevância na construção e reconstrução da identidade profissional do Docente se valorizando e valorizando o aluno como ser social.
Este artigo é de cunho bibliográfico de obras publicadas pelos principais teóricos da esfera educacional que explicam e justificam a importância da Didática na formação docente.
2 A DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR
Durante muito tempo o Ensino Superior sustentou a concepção de que, para ser bom professor universitário era suficiente a utilização de uma comunicação fluente e conhecimentos consolidados sobre a disciplina a lecionar. Esta justificativa estava associada ao fato de que o corpo discente do ensino básico, era composto por crianças e adolescentes que necessitariam do auxílio de pedagogos (grego: paidós = criança; gogein = conduzir).
Entretanto, no caso dos discentes universitários, com uma “personalidade formada” e possuírem a clareza do que pretendem, não requisitariam dos seus professores maior competência para transmitir os conhecimentos e responder aos possíveis questionamentos.
Antigamente o maior cuidado era com o preparo dos pesquisadores, pois achavam que quanto melhores fossem neste mister, mais competentes seriam como professores. Porém, recentemente as autoridades educacionais começaram a dar maior atenção com o preparo dos professores para o Ensino Superior, considerando que o Professor Universitário ou de qualquer outro nível de ensino necessita não somente de conhecimentos específicos na área que irá lecionar, mas também de habilidades pedagógicas proporcionando uma aprendizagem efetiva e eficaz.
O Professor Universitário necessita conter uma perspectiva de mundo, como ser humano que é, de ciência e de educação adequadas às especificidades inerentes à sua função. Os déficits nas formações dos professores universitários são cada vez mais evidentes em cada curso, identificando-se que a principal razão é a “falta de didática”.
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Na Didática existe um comprometimento com o ensino direcionado para os discentes, com a mudança nas relações de opressão e dominação e com a democratização do saber; com a concepção da sala de aula como espaço de evolução do
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