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Desenvolvimento psicossocial humano da terceira infância

Por:   •  6/9/2015  •  Resenha  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  1.413 Visualizações

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Em se tratando do desenvolvimento psicossocial humano podemos identificar vários elementos que são estruturados ao longo da terceira infância, principalmente, e que estão presentes e relacionados aos elementos desenvolvidos e reforçados na fase da adolescência. Basicamente, há três principais aspectos em que notamos esta relação: o desenvolvimento do eu (da identidade), a relação com a família (principalmente pais e irmãos) e a relação com os colegas e amigos de mesma faixa etária.

O conceito de si e a tomada de consciência do eu, passa a ser mais realista na terceira infância, na qual há representações mais amplas e equilibradas de si mesmos, através da percepção de sua competência produtiva e do apoio social que têm. Fatores que proporcionam uma autoavaliação, constituindo a formação da autoestima nesta fase. Estes elementos servem de base para que na adolescência, haja uma formação de identidade relacionada principalmente à sociedade e aos grupos dos quais os adolescentes farão parte e ainda, um reforço de sua autoestima. Neste momento, eles não se baseiam em outras pessoas como modelos, como fazem as crianças na terceira infância, mas, modificam e sintetizam identificações anteriores. A autoavaliação e a busca de desafios são ainda mais desenvolvidas, já que surge a necessidade de descobrir modos de lidar com as capacidades adquiridas anteriormente. A necessidade de se firmar enquanto ser social, aparece associada ao comprometimento, fidelidade e confiança. Os adolescentes em geral, buscam se identificar perante si mesmos e aos outros, com ideias e valores que apontem para um papel social e para uma identidade inclusive sexual. Assim como na terceira infância, algumas diferenças entre gêneros foram observadas, apesar de alguns estudos apontarem mais para a diferenciação entre indivíduo e não entre sexo. Mas no geral, meninos tendem a ter mais autoestima que meninas e ela sobe até os 11 ou 12 anos, caindo no início da adolescência e melhorando com a idade. Outras pesquisas apontam para o enfoque competitivo do qual depende a autoestima para os meninos e o enfoque colaborativo do qual depende a autoestima para meninas.

No contexto da relação familiar, os aspectos mais notórios estão na relação com os pais e com os irmãos. Em relação aos pais, as crianças na terceira infância tendem a ficarem menos próximas deles e a se sentirem mais independentes, mas aqueles continuam sendo importantes para estes. É importante nesta fase a co-regulação, que é a lenta transferência de controle dos pais para a criança, na qual esta aprende a lidar com situações de conflito e aprende sobre regras e padrões de comportamento. Na adolescência, pode-se observar uma continuidade e intensificação desses processos de distanciamento e mais independência em relação aos pais, principalmente na resolução de conflitos. Ocorre uma desvinculação maior em relação à família e em alguns casos, o surgimento da rebeldia. Porém, há menos probabilidade de haver rebeldia quando a transição da infância para a idade adulta é gradual e serena. A puberdade e as mudanças hormonais pouco contribuem para a rebeldia. Mesmo assim, a adolescência traz consigo a vontade de autonomia, muitas vezes difícil para os pais lidarem, já que devem saber propiciar esta autonomia e ao mesmo tempo proteger seus filhos adolescentes e estarem presentes quando precisarem de apoio.

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