Desigualdade no âmbito escolar

Desigualdade no âmbito escolar.

Nos primórdios da revolução francesa, a educação era para uma formação religiosa, catequética, a escola e a família era repressora, a maioria eram analfabetas e a família não participava das decisões da escola.

A principal finalidade da escola que era para poucos era formar cidadãos cultos. O nascimento em famílias ricas  até a década de 1960 eram critérios para uma colocação estudantil e veridito para o sucesso escolar, portanto a orientação escolar estava dividida em varias escolas; escola do povo, da burguesia, das classes medias, escola rural, profissionais, da igreja e do Estado, coisa que ainda ocorre em muitos países em desenvolvimento.

A escola é onde o direito constitucional se perpetua de forma mais abrangente para crianças, adolescentes, jovens e adultos. Porém não se trata mais somente garantia de acesso, mais sim de permanência, o que vem deixando a desejar por conta de políticas publicas currículos mal formulados e desigualdades sociais entre outras dificuldades. Pode-se levantar com base no artigo 1º da resolução nº04 de julho de 2010 que afirma:

No direito de toda a pessoa ao seu pleno desenvolvimento, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho, na vivencia e convivência em ambiente educativo, e tendo como fundamento a responsabilidade que o Estado Brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir a democratização do acesso, a inclusão, à permanência e a conclusão com sucesso das crianças, dos jovens e adultos na instituição educacional. (BRASIL, 2010).

Alunos em situação de vulnerabilidade social, que vivem a margem da aprendizagem, cuja eliminação da escola já foi adiada por programa de recuperação e não reprovação aguarda sua reprovação definitiva para assim caírem nos índices maquiados do governo, como o Índice de Desenvolvimento da educação Básica. (IDEB), criado pelo MEC.

Mecanismos economicistas que enfatizam números, produtos, desconsiderando o contexto que está por trás de números, a qualidade real da educação de qualidade que é impossível medir por meio somente de cálculos.

 

O (IDEB) é um dos índices previsto no artigo terceiro do Decreto nº 6.094/2007 que explica:

A qualidade da educação básica será aferida, objetivamente, com base no IDEB, calculando e divulgando periodicamente pelo INEP, a partir dos dados sobre rendimento escolar, combinados com o desempenho dos alunos, constantes do censo escolar e do sistema de avaliação da educação básica (SAEB), composto pela avaliação nacional do rendimento escolar ( Prova Brasil). (BRASIL, 2007c).

Bourdieu em uma de suas obras “Le heritiers, lês Etudiants ET La Culture [Os herdeiros, os estudantes e a cultura] insere a questão, da ausência de filhos de operários  no ensino superior, em 1964.

O autor afirma que a escola é tida como uma instituição conservadora e a pedagogia como um conjunto de procedimentos que agrava as desigualdades sociais confundindo-as com capacidades de aprendizado e dons e que apenas uma pedagogia racional seria capaz de amenizar aliadas a políticas que dessem oportunidades iguais por meio do ensino.

Para Paulo Freire (2003) “educar é construir, libertar homens e mulheres do determinismo , passando a reconhecer o seu papel na historia, considerando sua identidade cultura, na sua dimensão intelectual e coletiva”.