Didática da Alfabetização e do Letramento História da Educação e da Pedagogia
Por: EALSF • 22/5/2017 • Trabalho acadêmico • 4.268 Palavras (18 Páginas) • 267 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
Didática da Alfabetização e do Letramento
História da Educação e da Pedagogia
ELAINE APARECIDA LAURINDO DOS SANTOS FREITAS: - RA: 9600435752
Tutora EAD – Priscila Lourenço
TAUBATÉ/ANHANGUERA 1
2015
Introdução
O Assunto acerca da educação infantil no Brasil é vasto e, apesar das dificuldades enfrentadas no passado, paira até os dias de hoje a essência de vivenciar o dia a dia do aluno; vendo-o e valorizando-o como um ser do futuro. Isolá-lo do mundo é retardar o preceito da educação, mesmo com as dificuldades sociocultural.
Não obstante, o resultado de todos os contrastes e valorizações, se limita àquele que ainda sim, educa por prazer!
Passo 1
Pesquisa sobre a história da profissionalização dos professores de educação infantil.
A ênfase na educação infantil nos últimos tempos, ganhou um campo indagativo demasiadamente contraditório.
Se por um lado temos profissionais preparados para o desafio de acolher crianças de classes sociais diferentes, por outro lado o profissional sofre em interagir com a educação infantil da atualidade.
O Educador da educação infantil, precisa entender que a necessidade da criança em crescer, aprender e interagir-se com o meio, a família e mundo depende de tê-los como um indivíduo unitário; visto como único, influenciado pelo meio em que vive.
Vale observar que o surgimento da “educação infantil” era há décadas visto como assistencialismo; educar era nos primórdios históricos papel incumbido à mãe ou de outras mulheres da família. As crianças eram deixadas em “rodas expostas” aguardando serem recolhidas por instituição religiosa. Estas instituições compostas pela igreja católica e protestantes tinham a incumbência de educá-las, mas como não havia fiscalização do Estado, as crianças eram educadas para a religião, e, na maioria das vezes passavam a servi-las.
Adiante, as crianças tinham tratamentos diferenciados. Dependeria da sua classe social: se burguesa, eram vistas como pequenos seres, bonecos que nada podiam fazer, não podiam entender o meio em que rodeavam; se miserável, eram tratados como um adulto pequeno, norteadas na falta de infância, cresciam com a “criancitude” interrompida. Seguiam aprendendo o que os adultos faziam, pois tinham que trabalhar; tiinham que se igualar ao adulto.
Neste mesmo sentido, a fase infantil no meio familiar passou por diversas transformações: a criança era no passado, vista como fruto do pecado, portanto rejeitadas.
Posteriormente, com o crescimento industrial e a grande demanda do mercado, as necessidades familiares foram substituídas com o trabalho feminino. Apesar da mão de obra barata e a discriminação a população feminina, eram escolhidas pelo trabalho bem realizado, e, pelo baixo gasto salarial.
Para suprir esta demanda, surgiram as creches usadas como refúgio para as crianças. Neste período, a estrutura educacional foi mudando, e, a educação que até então era para a minoria e para a burguesia, expandiu-se para atender as crianças das mães operárias. Com a evolução educacional, os conflitos também expandiam porque os locais onde haviam escolas não tinha estrutura adequada para abarcar grande número de crianças; faltavam profissionais.
Enfim, as dificuldades enfrentadas pelo profissional só aumentaram com o passar do tempo, e, atualmente apesar da valorização e enfoques em investir na Educação Infantil por meio da mídia impressa, eletrônica e na produção acadêmica faz com que o profissional da área se desdobre em manter-se atualizado, e, aplicar as tecnologias no dia a dia em sala de aula. Todavia, este profissional não pode deixar de enxergar sua atividade num conjunto cercado pela criança com perspectiva sócio interacionista. (Grifo nosso). Machado (2000, p. 166).
Passo 2
Entrevista sobre a carreira e docência de professores da educação infantil aposentados(as) ou em atividade.
Docente recentemente aposentada, formou-se no Magistério e deu aula até ano passado quando afastou-se de suas atribuições por força da aposentadoria. Luiza Maria Campos, de 55 anos de idade, nascida no estado de São Paulo, há 22 anos mora no Vale do Paraíba.
Observando o objetivo da entrevista Luiza respondeu às perguntas:
Qual foi a motivação que a levou lecionar no ensino infantil? “Na verdade, era a profissão para a mulher na época; em 1979 a vida da mulher não era nada fácil. Os pais não as deixavam trabalhar fora, era uma desonra, sinônimo de mulher “fácil”; dar aula era, de certa forma um status feminino. Na ocasião eu queria mais era ter meu próprio dinheiro, então parti para a educação.”
Qual foi a sensação de entrar numa sala de aula pela primeira vez? “Na época não tive problemas, tudo transcorreu com naturalidade, até mesmo porque a criança na sala de aula para com o professor era um filho, e, eles por sua vez nos tinham como uma mãe. Era muito fácil, tão fácil que se não ministrássemos aula, estaríamos certas. Ninguém nos questionava; tínhamos uma incumbência: ensiná-las ler e escrever.”
Houve alguma decepção no seio educacional? “Várias. Desde o descontentamento em dar aula, até a intolerância dos pais. O que havia vivido lá trás, nos meus últimos dias percebia que os valores haviam mudado. O professor passou a ser visto como o vilão na vida do aluno. O professor tinha que conviver com os problemas dos alunos, quer fosse social, emocional, psicológico e até infracional. Foi uma experiência muito dolorosa para mim. E o pior dia da minha vida foi quando uma criança de 6 anos me disse: “você não manda em mim, eu pago seu salário!”. Olha o absurdo! Não aguentei, me senti humilhada!”
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