Diversidades Lingusitícas
Por: sheilajoia • 7/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.196 Palavras (5 Páginas) • 230 Visualizações
DIVERSIDADES LINGUÍSTICAS
A língua escrita e a falada não devem ser confundidas, pelo fato de as duas serem meios de comunicação bem distintos. A escrita é representada por estágio posterior de uma língua. Já a língua falada é espontânea, não precisa ser planejada e abrange na totalidade a comunicação linguística. A língua falada pode ser complementada por mímica e tem uma aliada que nos ajuda a compreender a questão dos fonemas, é a “voz”.
Por outro lado a língua escrita não é uma mera apresentação da língua falada, mas é um sistema mais rígido e detalhado, ele não conta com os artifícios da voz e da mímica e nem com as expressões sociais e corporais como a língua falada.
Em nosso país todos falam o português brasileiro, porém cada região tem a sua linguagem própria que se distinguem de região para região e isso ocorre por vários fatores dentre os quais podemos destacar:
Fatores Regionais: podemos observar a diferença do português falado por carioca e um paulista, as diferenças são notáveis, no Brasil existe uma grande diversidade de dialeto até mesmo dentro de um mesmo estado há uma diversidade linguística peculiar a cada sub-região. A exemplo no estado da Bahia na capital Salvador, os soteropolitanos pronunciam o “y” como ypcilone , já em Vitória da Conquista falam, úpicilon, em Feira de Santana também na Bahia é o ips então a linguística dialética é muito forte em nosso país.
Fatores Culturais: O nível de escolaridade e a formação cultural e a socioeconômica são fatores que determinam e colaboram para diversos tipos e uso da língua. Um cidadão não alfabetizado tem uma linguagem totalmente diferente daquele que foi bem alfabetizado.
Fatores Profissionais: Requer uma linguagem técnica, algumas profissões exigem do profissional que ele faça uso da língua falada e escrita corretamente é o caso dos professores, advogados, juízes, tabelião, escrivão, dentre tantas outras.
Fatores Naturais: Esse nada mais é do que influências de fenômenos naturais como idade e sexo. Os adultos usam a língua falada e escrita diferente das crianças que ainda estão se desenvolvendo.
Conceitos da Fala:
Uso da língua oral, particularidade de cada individuo que entende e conhece o que fala, mas entende também o que os outros falam, a diversidade linguística da língua falada tem vários níveis de fala.
Níveis da Fala:
É possível observar níveis da fala, a partir do caráter individual da fala.
Exemplos:
Nível Coloquial Popular: Trata-se da fala do cotidiano, usado pela maioria dos Brasileiros é espontânea.
Nível Formal Culto: É o uso da língua formal usado em situações de formalidade, tendo suas regras obedecidas e respeitadas, cuidado de um rico vocabulário incluído de regras gramaticais, morfológicas e sintáticas.
Exemplos de palavras usadas em alguns Estados:
Exemplo: Os soteropolitanos falam alguns dialetos, como “aí meu rei?”.
Rei= Rapaz
Nigrinha= Neguinha
Suíngueira= Diversão
Nego Véi – Negro Velho
Vitória da Conquista
Frumiga a Terra= Arar a terra para o plantio.
Pru mode= Porque
Dur= Duro
Prefume= Perfume
Primitiu= Permitiu
Acolá= Lá
Detha= Deitar
Botar= Colocar
Madornar= Repousar, dormir, descansar.
Fuguia= Queimar
Arrupio= Arrepio
Minas Gerais
Chup chup = Geladinho
Passo Pret= Pássaro preto
Pintin= Pintinho
Cuié= Colher
Cê= Você
Sá = Sabe
So= Senhor
Nhá= Sinhá ou Senhora
Baié= Porco
Chichilenta= Pestilenta
Quej= Queijo
Pexi no Caco= Peixe na Telha
AS MUITAS FACETAS DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
O letramento vem sendo cada vez mais usado no Brasil, ou seja, o termo “Letramento” é muito usado na educação atual, porém, se difere da alfabetização.
Segundo Magda Soares apesar de serem conceitos diferentes letramento e alfabetização precisam e devem ser trabalhados juntos, pois facilita a aprendizagem das crianças nos anos iniciais. A professora Magda explica como esses dois conceitos distintos, apresentam diferenças que são fundamentais, pois trazem relações e concepções diferentes da língua.
Letramento está ligado à compreensão de leitura e escrita como práticas sociais, que priorizam a visão da língua que usamos com frequência ao nos comunicarmos. Já a alfabetização está diretamente ligada à de concepção como sistema ordenado pelas regras gramaticais, ou de escrita, como o código, que se deve decifrar.
Em nosso país tem progredido o uso do conceito de letramento para denominar os processos do domínio adequado da leitura e escrita. Ela cita as matérias na mídia, que considera que ser alfabetizado é mais do que saber ler e escrever um bilhete ou coisa assim, pois, até pouco tempo esta condição era tida como suficiente para uma pessoa não estar no hall do analfabetismo.
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