Documentário Pro Dia Nascer Feliz
Por: crissusana • 17/11/2018 • Resenha • 907 Palavras (4 Páginas) • 380 Visualizações
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Discente: Cristina Susana
Curso: Psicologia
Resenha: Documentário Pro Dia Nascer Feliz
Analisando o documentário nota-se de forma nítida a desigualdade social existente na sociedade brasileira e, como esta desigualdade afeta o contexto escolar. Outro ponto relevante mostra a disparidade entre a classe de elite e a classe da periferia, onde as duas realidades traçam um abismo entre elas.
A educação escolar por sua vez reproduz esta desigualdade, este fenômeno é chamado por Bourdieu de “violência Simbólica”, esta imposição acontece de forma sutil, mas eficaz, pois a escola ao tratar todos como iguais em direitos e deveres alimenta o privilegio das classes dominantes, portanto, de fato é notável que a escola não é neutra e muito menos justa.
No documentário percebemos que a escola pública não promove a igualdade de oportunidades, muito menos transmite os conhecimentos necessários para o crescimento e evolução desta classe fadada a exclusão. Diante deste cenário percebemos um sistema de ensino que acaba filtrando e selecionando o aluno de acordo com a sua capacidade, a partir desta condição o aluno acaba aceitando que suas dificuldades escolares são consequências de o mesmo não ter nascido com este dom, conduzindo-o a aceitar seu fracasso e sua inferioridade.
Em paralelo analisando a fala de uma das adolescentes que estuda no colégio Santa Cruz que pertence à classe elitizada comprova que tanto a família quanto o ensino buscam perpetuar a sua posição dominadora na sociedade.
“Não escolhemos ser elite. Nascemos elite. Essa é a nossa condição”. (Documentário: Pro Dia Nascer Feliz).
Eu acho que cobra, mas não é o colégio, é a vida. A pressa de saber o que você é. O que você é, o que você vai ser. Qual é a tua, qual não é a tua. Isso é que é uma coisa legal sobre o colégio, sabe. Eles exigem de você e de todo mundo. Eu acho que sempre deviam exigir da gente, porque a vida vai exigir, sempre vai exigir que a gente vá bem, ou que a gente faça o melhor de si. Eu acho que todo mundo tenta (Documentário: Pro Dia Nascer Feliz).
Estes jovens que nasceram privilegiados, são conduzidos pelo seu meio social a darem continuidade a sua posição de elite, ou seja, perpetuando a desigualdade, onde a classe burguesa necessita garantir sua função social assegurando seu posto de comando e de superioridade.
No documentário percebemos os conflitos e angustias que as duas classes sociais são acometidas por estes padrões estabelecidos e estigmatizados pela sociedade. De um lado a pressão psicológica imposta por parte da família e da escola aos jovens de classe alta, pois esta cobrança de que esses jovens sejam sempre o modelo de “bons alunos”, geram crises de identidade, de culpabilização, conformismo e a falta de sentido da vida. Em contrapartida a classe pobre sofre de forma mais drástica as expressões da questão social, que os alienam diante da realidade, onde este sistema injusto rouba o protagonismo e a emancipação desses sujeitos.
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