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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) ENTRE O REAL E O IDEAL NA E.M.E.F. PADRE JOÃO BOONECKAMP.

Por:   •  19/11/2020  •  Artigo  •  2.635 Palavras (11 Páginas)  •  174 Visualizações

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

ENTRE O REAL E O IDEAL NA E.M.E.F. PADRE JOÃO BOONECKAMP.

Acadêmicos¹

Tutor Externo²

RESUMO

O presente trabalho vem fazer uma análise e reflexão sobre o ensino da Educação de Jovens e Adultos, buscando mostrar as dificuldades que esses alunos e professores dessa modalidade enfrentam em seu dia a dia escolar, mostrar também a sua importância na vida desses alunos. A EJA já se encontra extinta em várias escolas, assim irei me aprofundar no motivo que levaram a essas escolas a retirada da EJA. A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino que nos mostra também a exclusão social, a EJA dispõe de ensino diferenciado onde se constrói o conhecimento básico, o que não significa que não se possa aprofundar esse conhecimento, relacionando essa condição com o dia a dia do jovem/adulto. Os educadores da educação de jovens e adultos tem compromisso de ajudar o educando a compreender a complexidade das questões sociais que as cercas. Propiciando na escola um ambiente acolhedor e seguro. Levando em conta toda sua história de vida. Irei abordar no trabalho como ocorre esse processo de aprendizagem desses alunos e também mostrar as dificuldades enfrentadas tanto pelos alunos quanto pelos professores do EJA.


Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Praticas Pedagógica. Professores.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo aprimorar nosso conhecimento sobre o ensino da EJA, as dificuldades de seus alunos e professores no seu dia a dia escolar. A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino totalmente amparada pela lei, seu alvo são pessoas que por algum motivo não tiveram acesso à escola na sua idade própria, tendo assim a oportunidade de estar novamente dentro do ambiente escolar, para que assim, possa retomar seus estudos.

Para aprofundar o conhecimento sobre a EJA, escolhi a E.M.E.F Padre João Booneckamp, localizada na Vila de Carapajó, município de Cametá/PA. No decorrer do trabalho serão expostas as dificuldades enfrentadas por esses alunos fora e dentro da escola.

A EJA, também nos mostra uma relação com a exclusão social. Trazendo através de si uma garantia pela busca de igualdade ou ao menos diminuir essa diferença, dando assim a oportunidade do indivíduo a uma educação de qualidade.

Quero mostrar a importância de mantermos o EJA vivo nas escolas, buscando assim um nível de educação maior para todos cidadãos, em meados dos anos 40 a educação de jovens e adultos passou a ser tratada como um sistema diferenciado e significativo para a educação brasileira buscando assim melhora na educação.

Essa fala pode ler e reler em vários artigos e livros, porém a realidade hoje dentro do ambiente escolar é totalmente diferente de todos os artigos e livros que lemos, a realidade é outra. Assim, busca-se através desse trabalho conhecer mais profundamente quais são os maiores desafios encontrados por professores e alunos participantes dessa modalidade de ensino. Mostrar também como essa educação ocorre dentro da sala de aula, qual a metodologia de ensino usada pelos professores que atendem essa modalidade de ensino.

Demostrar as dificuldades que os alunos enfrentam em seu dia a dia dentro e fora da escola, pois a EJA, diferencia-se da educação regular devido as suas especificidades, requer um quadro de professores preparados para atuar de forma que não venha apenas suprir ou compensar a escolaridade perdida do aluno, mas como forma de garantir sua permanência na escola e a continuação de seus estudos. Sendo assim, faz-se necessário que a ação docente seja voltada para atender esse diferencial e que a realidade e a subjetividade desses alunos sejam o ponto de referência para a prática docente.

1- COMO OCORRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.

A educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que possui como principal objetivo resgatar o direito a educação, oferecendo a igualdade de oportunidade para a entrada e permanência no mercado de trabalho e qualificação para uma educação permanente.

Deixa-se sempre claro que os alunos da EJA não estão ali por falta de saber e sim por falta de oportunidade de terem cursado por algum motivo seja social ou pessoal suas series na idade ideal.

A educação de jovens e adultos busca uma aproximação entre educandos e professor em suas experiências diárias de aula, coletando sempre informações para explorar os conhecimentos valorizando os, para buscar com isso construir novos. Ao nos aprofundar mais sobre a EJA podemos observar que existe uma grande luta em busca do reconhecimento e respeito, dentro de uma educação formal. “A educação de jovens e adultos é toda educação destinada àqueles que não tiveram oportunidades educacionais em idade própria ou que tiveram de forma insuficiente, não conseguindo alfabetizar-se e obter os conhecimentos básicos necessários”. (PAIVA, 1993, p. 16).

Visa atender prioritariamente, a classe trabalhadora, portanto a EJA não pode ser pensada de forma desarticula do mundo do trabalho, pois está totalmente ligada para vencer o analfabetismo político para concomitante ler seu mundo a partir da sua experiência, de sua cultura, de sua história. “Uma das virtudes que o ser humano deve adotar é aceitar e respeitar as diferenças d próximo não descriminando o obre, o rico, o negro o branco, o índio, o camponês ou operário” (FREIRE, 1996, p. 05).

Em meados dos anos 40, a educação de jovens e adultos passou a ser tratada como sistemas diferenciados e significativos para a educação brasileira, buscando assim se tornar melhor a cada dia, essa fala podemos ler e reler em vários livros e artigos, porém a realidade hoje é outra e mostra total diferença do que se fala.

A falta de apoio psicológico para professores e gestores da escola é essencial para que saibam lidar com problemas que possam surgir, uma vez que, estão lhe dando com jovens. Ambos necessitam entrar em acordo, os gestores e professores precisam junto adotar estratégia para que esses alunos se sintam bem vindos dentro do ambiente escolar. Para que os mesmos não se sintam excluídos e muitas vezes julgados por estarem em séries não conivente com sua idade. “Não há saberes mais ou menos, há saberes diferentes” (FREIRE, 2013, p, 49).

Lembrando que esses alunos não estão ali por falta de saber mais sim pelo fato de terem interrompido seus estudos por algum motivo.

Logo a gente observar que para ter a atenção desses alunos devem-se planejar as aulas em cima de assuntos de sua rotina, buscando assim desperta neles mais e mais vontade de estar ali, sendo como se fosse uma injeção de ânimo. Ao contrário dos conteúdos prontos, jogados na lousa. “Uma das principais dependera da maneira como esses recursos serão passados, orientados e aproveitados ao máximo, principalmente pelo professor, que é neste como outros processos de aprendizagem, o facilitador” (MOTA, 2007, p.7).

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