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EDUCAÇÃO INFANTIL E O PAPEL DO PEDAGOGO

Por:   •  9/5/2016  •  Artigo  •  3.291 Palavras (14 Páginas)  •  645 Visualizações

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SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O PAPEL DO PEDAGOGO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Regina Celia Pedrozo Goulart de Oliveira[1]

Suzimar Pains da Silva[2]

RESUMO

O artigo aborda sobre a sexualidade na educação infantil, bem como o comportamento e socialização das crianças de 0 a 5 anos, e o papel do pedagogo em sala de aula. Sexualidade é uma construção social, ainda hoje polêmica na escola pela multiplicidade de visões, crenças e valores dos que nela estão inseridos. Dentro da sexualidade, discutiremos como será o desenvolvimento de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos, abordando os aspectos cognitivo, físico e motor a fim de compreender como a aprendizagem pode ser estimulada, objetivando esclarecer aos docentes os desígnios de suas atividades na educação infantil. Nas escolas as crianças precisam adquirir conhecimentos, a fim de tornar mínimos os riscos de saúde e diminuir o grau de vulnerabilidade a que estão expostas. O papel do pedagogo nesse processo, visto à necessidade de refletir sobre a ação pedagógica praticada em suas diversas concepções se torna algo importante. O artigo foi desenvolvido nas concepções de autores renomados, e com base em estudo bibliográfico. Espera-se que ao obter conhecimento acerca do assunto aqui discutido, o profissional entenda sua importância na docência, quebre paradigmas, e mude sua postura pedagógica.

Palavras-chave: Sexualidade; Infância; Escola; Professor.

Introdução

A sexualidade está presente em todo o desenvolvimento dos indivíduos, manifestando-se desde o seu nascimento até sua morte, sendo assim, ela encontra-se marcada pela história, cultura e ciência. É um tema pouco debatido, principalmente no que diz respeito às práticas educativas voltadas à sexualidade de crianças no ambiente escolar, tendo em vista sua importância na vida dos indivíduos.

Um grande número de professores acredita que a sexualidade é algo que se desenvolve somente a partir da adolescência, pois associam sexualidade a sexo. Por isso, não admitem qualquer tipo de manifestação de sexualidade antes desta fase, principalmente na faixa etária de 0 a 03 anos.

O acesso aos mais diversos meios de informação ocorridos recentemente, as novas constituições familiares, através de relações homossexuais, entre outros, têm ampliado conflitos neste campo, trazendo para o ambiente escolar assuntos que antes se restringiam ao seio familiar, e que mesmo assim costumavam ser assuntos de adultos, forçando professores a lidarem com temas que muitas vezes se conflitam com suas próprias concepções particulares.

Espera-se que a educação sexual transmita a sexualidade a partir de um enfoque sociocultural, ampliando a percepção de mundo do aluno, contribuindo para que o mesmo possa refletir sobre como a sexualidade se apresente em sua cultura, para que possa tomar decisões a fim de se obter comportamento mais adequado sobre as questões ligadas à sexualidade.

Não restam dúvidas que nos cinco primeiros anos de vida, experiências de desenvolvimento se constituem em desafios para as crianças. Nessa fase, a criança passa por inúmeras mudanças sócio-comportamentais e cognitivas. O surgimento de habilidade verbal cada vez mais sofisticado, da autoconsciência e de comportamentos dirigidos a um objetivo contribui para um forte impulso da criança em direção à independência. Por parte natural do processo de socialização, e em função da recém-adquirida independência, começa a surgir imposição de limites e regras por parte dos familiares.

Nesse contexto, o pedagogo surge com papel fundamental do ensino-aprendizagem desses indivíduos. O mesmo deve refletir sua mudança no agir pedagógico, deixando de ser um simples detentor de conhecimento e assumir o papel de mediador e facilitador.

Conteúdo

A sexualidade é uma construção social definida por marcas culturais impressas antes mesmo da concepção de um bebê. A sexualidade relacionada à infância é pouco falada. No entanto, traz ganhos vinculados às bases fundamentais da felicidade.

Nos últimos tempos, a repressão sexual foi diminuindo, dando lugar ao debate sobre o sexo e análise da sexualidade em diferentes áreas do conhecimento. Nesse contexto, a sexualidade infantil é alvo de discursos, principalmente no campo da pedagogia.

A sexualidade infantil apresenta-se na escola como um grande desafio pela mudança que promove na prática educativa. Comumente nas escolas perduram a incompreensão, improvisação e quase sempre o descaso no tocante às experiências sexuais das crianças e aos estudos sobre sexualidade infantil.

Pesquisas atuais mostram que as crianças não entendem plenamente vários aspectos ligados à sexualidade. Por isso, fornecer informações claras a respeito de sexualidade para as crianças torna-as mais aptas para tomar decisões responsáveis sobre sua própria conduta sexual. Nesse sentido, é preciso levar em consideração como o tema é tratado em casa e no convívio escolar, tendo na família uma discussão mais profunda, e na escola, um debate mais superficial, abordando temas de maneira linear e tratando de assunto de cunho social e convívio entre ambos os sexos.

As curiosidades das crianças sobre sexualidade são assuntos extremamente significativos, onde podem obter um conhecimento básico sobre as origens de cada um, criando um desejo de saber mais, aparecendo assim suas dúvidas. Respostas para tais curiosidades colaboram para o esclarecimento, incentivando de forma positiva o desenvolvimento da criança ao longo da vida. Porém se essas respostas não forem apropriadas para as suas curiosidades, pode sentir ansiedade e tensão. Uma educação sexual de qualidade é aquela que pode originar constantes reflexões sobre temas coletivos ou individuais.

A sexualidade da criança costuma ter pouca importância do educador, pelo fato de o mesmo desconhecer que a sexualidade envolve as histórias de vida e seus segredos, as emoções e sentimentos, expressos e experimentados por pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, atividades práticas e relacionamentos.

Percebemos educadores vulneráveis, sem orientação e preparo para enfrentar os choques e os desafios relativos à sexualidade das crianças no cotidiano da escola. Muitas vezes os educadores carregam marcas de angústia e constrangimentos a respeito do tema, sentindo-se impossibilitados de transgredir sobre uma consciência que desafia a ordem estabelecida na escola, de reprimir energias inúteis dos hábitos individuais.

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