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ESCOLA: ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA A INCLUSÃO

Por:   •  18/9/2018  •  Artigo  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  226 Visualizações

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ESCOLA: ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA A INCLUSÃO

RESUMO:

        O cenário mundial é de inúmeras transformações especialmente nas áreas sociais o que reflete no âmbito da educação. O presente estudo pretende provocar o  debate caloroso sobre a inclusão escolar e como pauta de discussões o aluno com necessidades educacionais especiais na rede de ensino, tema central do estudo. A inclusão deve de fato coabitar com a educação escolar, na investigação de que todo aluno independente de suas limitações possui condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Busca-se no presente estudo discutir sobre o processo de inclusão na escola regular, buscando inicialmente propor um breve histórico da inclusão em nosso país, em seguida focar no real papel da escola frente as mudanças sociais  e pedagógicas no processo de inclusão social, provocando reflexões  sobre o papel do professor no processo ensino-aprendizagem. Por fim, apresentaremos a prática escolar com as possíveis adequações curriculares que contemple trabalhar as potencialidades e as individualidades de alunos em processo de inclusão a escola.

Palavras Chave: Ensino Regular. Aluno. Necessidades Educacionais Especiais. Inclusão Escolar.

  1. INTRODUÇÃO

O trabalho proposto aqui é de cunho qualitativo, provido de uma vasta pesquisa bibliográfica, tendo como objetivo proporcionar aos professores e profissionais da rede de educação a oportunidade de reflexão sobre a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais.  Um grande desafio, mesmo na atualidade é fazer a inclusão escolar acontecer de fato, garantindo os efetivos direitos dos alunos com necessidades educacionais especializadas.

Neste contexto busca-se entender a práxis do professor em sala de aula para que assim torne possível ressignificar  as condições efetivas de desenvolvimento e socialização dos alunos com necessidades especial  com seus pares tornando possível a inclusão escolar e garantindo os plenos direitos de que todo aluno independentemente de suas limitações exerçam seus direitos de frequentar o ensino regular.

  1. O DESAFIO DA ESCOLA INCLUSIVA

Em consonância com a Declaração de Salamanca e As Diretrizes de Leis e Bases da Educação o presente desafio é a estruturação da escola inclusiva, tendo como princípio fundamental que as crianças se socializem e aprendem embora de forma diferenciadas, mas juntas, independentes de suas diferenças físicas, sociais e emocionais. Carneiro (2005, p.16):

[..] diante da inclusão, o desafio da escola comum/especial é o de tornar claro o papel de cada uma, pois a educação para todos, não nega nenhuma delas. Se os compromissos educacionais dessas não são sobrepostos nem substituíveis, cabe a escola especial.

Nas perspectivas da Declaração de Salamanca é preciso manter a escola comum atuando de forma inclusionista, possibilitando o saber particular e a construção do saber universal, tendo como objetivo, oferecer a todas as crianças, direitos iguais que se concentrem em uma pedagogia capaz de educar para a vida e as vivências em sociedade.

O movimento hoje é pela vida, pela inclusão escolar. Para construir uma escola de qualidade e inclusiva torna-se necessário abrir as portas das escolas para a diversidade, provocando mudanças no modo de pensar, agir e de ensinar, especialmente na formação continuada do professor, que se torne habilitado para trabalhar no contexto de inclusão.

Sobre a escola inclusiva, Santos (2002, p.114) revela que:

A escola inclusiva é o ambiente ideal para que sejam feitas reflexões sobre as desigualdades, pois ela é co-responsável na promoção de uma sociedade democrática e inclusiva, [...] há que se reformular (como sempre foi necessário) nossas posturas, nossas concepções, e algumas possíveis formas como nos organizamos para “receber” a todos. Na verdade, cabe mesmo questionar se temos, de fato, nos organizado. Referimo-nos à vá- rias formas de organização.

  1. ESCOLAE FAMÍLIA NA ARTICULAÇÃO PARA A ESCOLA INCLUSIVA

        Sobre o papel da família na escola inclusiva é de suma importância e relevante a sua participação na formação do aluno, o trabalho de inclusão é um processo coletivo onde todos assumam o seu papel. Uma das maiores dificuldades da escola e da família é acreditar que uma não depende da outra no processo de educação do aluno, é preciso que todos participem da educação integral da criança que possui diferentes potencialidades.

        Santos (2006, p.05) sobre a relação escola e família, diz:

No que cabe às relações entre família e escola, torna-se imperativo assumir um compromisso com a reciprocidade. De um lado, a família, com sua vivência e sabedoria prática a respeito de seus filhos. De outro, a escola com sua convivência e sabedoria não menos prática a respeito de seus alunos.

A família é a primeira base educadora de uma criança não importando as limitações dela, acreditar na capacidade e potencial de cada uma. Assim escola e família são parceiras na formação e educação de seus filhos.

A escola inclusiva em parceria com a família busca criar um ambiente de vivências sociais entre crianças, a escola busca valorizar o aluno em suas potencialidades, acreditando que todos são capazes de produzir conhecimento. A segregação é a falsa ilusão de educação, a inclusão ao contrário permite que todos vivenciem suas experiências na ralação com o outro.

Assis (2005), discorrendo sobre o convívio inclusivo, “Quanto mais à criança interage espontaneamente com situações diferenciadas, mais ela adquirirá o genuíno conhecimento, fica fácil entender que a segregação não é prejudicial apenas para o aluno com deficiência, a segregação prejudica a todos”.

        No processo de inclusão escolar existe uma barreira entre escola e família que deve ser superado pelas vivências em conjunto, de um lado os pais devem permitir que seus filhos com necessidades especiais sejam preparados para autonomia e independência, valorizando os aspectos sociais sobre os acadêmicos, do outro lado, a escola deve valorizar as múltiplas inteligências, permitindo que no processo de inclusão escolar os alunos se ajudem mutuamente.

        A escola inclusiva no processo escolar busca a participação de todos os envolvidos no processo escolar e a prática escolar deve ser revista e consolidada com as necessidades especiais dos alunos com necessidades especiais diferenciadas.

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