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ESPECIALIZAÇÃOEM EDUCAÇÃO INFANTIL COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL POR UMA EDUCAÇÃO DO CAMPO DEMOCRÁTICA E DE QUALIDADE

Por:   •  9/7/2019  •  Artigo  •  6.172 Palavras (25 Páginas)  •  249 Visualizações

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ESPECIALIZAÇÃOEM EDUCAÇÃO INFANTIL COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL

POR UMA EDUCAÇÃO DO CAMPO DEMOCRÁTICA E DE QUALIDADE[1]

                          Leni Afonso de Oliveira Souza[2]

Teina Nascimento Lopes[3]

RESUMO

O presente artigo discutiu acerca da importância da Educação no Campo, bem como o processo que a evolução da Educação do Campo tem sido uma realidade constante ao longo da história do Brasil. Entretanto, ainda é necessário avançar no debate desta temática para que se alcance uma educação de qualidade direcionada a realidade do campo. A escola do campo possui um papel fundamental atuando como uma das principais formas de se manter os estudantes rurais no campo, promovendo a reprodução social desses sujeitos.Neste sentido, trazer um olhar sobre a formação e educação evidência que o objetivo é a emancipação, desenvolvimento de competências para o exercício da cidadania e a valorização da vida, tanto no campo quanto na cidade; apontando caminhos para a construção de uma sociedade em que a palavra “Desenvolvimento” tenha como significado vida, igualdade, liberdade, respeito, enfim, que seja compreendida como “dignidade”, são pressupostos imprescindíveis para que as ações educativo-formativas tenham como foco de suas intervenções os sujeitos, seus sentimentos, conflitos, sonhos e desejos referenciando-se deste projeto o tema: “Desmitificando a Educação do Campo”, o qual busca apresentar e esclarecer as dificuldades, bem como o avanço da educação no campo. Portanto, nesse estudo busco dialogar com (AZEVEDO, 2010; CALDART,2009 e MARTINS, 2000)

Palavras-Chave: Educação do Campo. Conscientização. História do Brasil. Evolução da Educação

ABSTRACT

This article discusses the importance of Education in the Field, as well as the process that the evolution of Field Education has been a constant reality throughout the history of Brazil. However, it is still necessary to move forward in the debate on this theme in order to achieve a quality education focused on the reality of the field. The rural school has a fundamental role acting as one of the main ways to keep the rural students in the field by promoting the social reproduction of these subjects. In this sense, bring a look at the training and education evidence that the goal is the emancipation, development of competences for the exercise of citizenship and the valorization of life, both in the countryside and in the city; pointing out ways to build a society in which the word "Development" means life, equality, freedom, respect, and finally understood as "dignity", are essential presuppositions for educational-formative actions to focus on their interventions, the subjects, their feelings, conflicts, dreams and desires referenced this project the theme: "Demystifying the Education of the Field", which seeks to present and clarify the difficulties, as well as the advancement of education in the field. Therefore, in this study I seek to dialogue with (Azévedo, 2010, Caldart, 2009 and Martins, 2000)

Key words: Field Education. Awareness. History of Brazil. Evolution of the Office

1 INTRODUÇÃO

Este artigo visou analisar as diversas formas da educação do campo, buscando tecer algumas considerações sobre as expectativas da vida social do homem do campo, assim desmistificando o conceito de “Jeca Tatu”, de uma pessoa de educação empobrecida, sem cultura sem identidade.

Como afirma Leite (1999, p. 28) em seu estudo sobre a educação rural;

A sociedade brasileira somente despertou para a educação rural por ocasião do forte movimento migratório interno dos anos 1910/20, quando um grande número de rurícolas deixou o campo em busca das áreas onde se iniciava um processo de industrialização mais amplo (LEITE, 1999 p. 28).

Dessa forma Caldart (2002 p. 45) relata que “historicamente a educação esteve presente em todas as Constituições brasileiras”, entretanto, mesmo o país sendo essencialmente agrária, desde a sua origem, a educação rural não foi mencionado nos textos constitucionais de 1824 e 1891.

 Assim, este estudo teve por objetivo refletir sobre a identidade que vem sendo construída pelos sujeitos que se juntam para lutar por uma educação do campo. Para tanto, elegi como problemática para esse estudo a dificuldade de aprender e ensinar no campo. Dentro dessa nova abordagem a democracia é um componente essencial da qualidade na educação: “qualidade para poucos não é qualidade, é privilégio” (Gentili, 1995:177).

A partir desta reflexão e analisando o contexto atual no que tange a Educação do Campo em nossas escolas alguns aspectos se fazem relevantes nesta modalidade como, por exemplo: por que não aceitamos mais falar em uma educação para omeio rural e afirmamos nossa identidade vinculada a uma Educação do Campo? O que une e identifica os diferentes sujeitos da Educação do Campo?

Caldart (2002 p. 152) discorre em seu livro:

A realidade que deu origem a este movimento por uma educação do campo é de violenta desumanização das condições de vida no campo.

Uma realidade de injustiça, desigualdade, opressão, que exige transformações sociais estruturais e urgentes. Os sujeitos da educação do campo são aquelas pessoas que sentem na própria pele os efeitos desta realidade perversa, mas que não se conformam com ela. São os sujeitos daresistência no e do campo: sujeitos que lutam para continuar sendo agricultores apesar de um modelo de agricultura cada vez mais excludente, sujeitos da luta pela terra e pela Reforma Agrária, sujeitos da luta por  melhores condições de trabalho e pela identidade própria desta herança,  sujeitos da luta pelo direito de continuar a ser indígena e brasileiro, em terras demarcadas e em identidades de direitos sociais respeitados, e  sujeitos de tantas outras resistências culturais, políticas, pedagógicas (Caldart, 2002, p.152)

Neste sentido, a Educação Rural pode ser entendida como aquela elaborada para atender às necessidades do capital, enquanto que a Educação do Campo representa os movimentos organizados do campo, a partir de uma proposta de educação construída por eles próprios.

Para compreendermos a trajetória do ensino rural ao longo do processo de colonização, do império e da república, faz-se necessário retroceder na história e refletir sobre a política educacional para o rural frente a uma política social.

No que tange a educação rural, as principais iniciativas se concentravam no segundo grau e no ensino superior. É possível perceber que além de não existir leis que amparem a educação rural, o modelo de desenvolvimento proposto durante esse período estava ligado à submissão, alicerçado no trabalho escravo e no latifúndio.

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