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ESTAGIO CURRICULAR

Por:   •  17/11/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  325 Visualizações

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1- INTRODUÇÃO

O presente relatório foi desenvolvido como documento de apresentação dos resultados obtidos em investigação de pesquisa realizada através do Estágio Curricular Supervisionado, realizado com objetivo de possibilitar conhecer o espaço escolar do Centro Municipal de Educação Infantil “Romeu Cardoso”, de forma crítica e reflexiva, fazendo relação com os estudos realizados durante o curso de Pedagogia.  

Realizado durante a 5ª etapa do curso de Pedagogia a Distância da Universidade de Uberaba, teve como instrumento norteador o fascículo do Estágio Supervisionado da Educação Infantil, composto pelos seguintes temas - atividades: “O espaço da sala de aula”, “A vivência da sala de aula na perspectiva dos alunos e professores”, “Planejando o exercício da docência” e “Pensando e avaliando o exercício da docência”, atividades que permitiram conhecer o espaço da sala de aula, a influência desse espaço sobre os sujeitos que ali convivem, sobre as práticas pedagógicas aplicadas em sala de aula, e as muitas reflexões a cerca da avaliação dos processos de aprendizagem.

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2- O ESPAÇO DA SALA DE AULA

Pude observar que em todas as salas do CMEI “Romeu Cardoso” as carteiras dos alunos estão espalhadas pela sala e as crianças sentam-se em grupos de 4. As salas são decoradas com alfabetos e números confeccionados pelos professores, os trabalhos das crianças são expostos em varais, ainda pude perceber alguns brinquedos confeccionados com sucatas e outros industrializados em estantes onde os alunos têm livre acesso.

As crianças movimentam-se com liberdade pela sala, mas precisam de permissão para sair da mesma.

É um espaço que deve ser bem planejado, pois é ali que as crianças vão construir e desenvolver seus principais esquemas cognitivos e motores, na sua relação com o espaço da sala de aula.

A professora gosta de ler para os alunos, e está sempre fazendo novos cursos. Tem a mente aberta e procura sempre estar a par das atualizações na educação. É muito ativa e está sempre envolvendo seus alunos em atividades de psicomotricidade. É feliz com o que faz, demonstra carinho pelos alunos, mas não deixa de ser firme quando é preciso. Os alunos a chamam de “tia”, mas isso não tira sua autoridade dentro de sala. Os problemas com os alunos são resolvidos pela professora através de conversa e outros alunos muitas vezes em suas brincadeiras imitam esse comportamento “corrigindo” seus colegas.

O profissional da educação infantil deve ser mediador entre o aluno e o conhecimento, e para que isso de fato aconteça, é preciso que o professor oportunize situações em que as crianças possam vivenciar experiências que os aproximem dos  conhecimentos socialmente construídos pela humanidade.

A rotina é bem flexível, mas os acontecimentos têm horários pré-estabelecidos pela escola.

 As crianças quase nunca opinam na rotina. As atividades desenvolvidas em sala fazem parte da necessidade da turma e seguem o projeto pedagógico da escola e são sempre aplicadas de forma interdisciplinar.

Os brinquedos e brincadeiras são de cunho educativo e a professora intervém sempre que necessário. Enfim, as atividades apresentam equilíbrio entre as atividades de escrita, cópia e desenho, e as atividades de observação, experimentação e ludicidade, por acreditar que o equilíbrio entre essas atividades facilitam o processo de ensino-aprendizagem, deixando mais prazerosa, a aquisição do conhecimento.

Após o termino das atividades do dia, a professora compara com as do dias anteriores e faz observações constantes para preenchimento da ficha avaliativa que nessa escola é trimestral.

Toda avaliação é formativa, quando ajuda o aluno a aprender e a desenvolver suas capacidades e habilidades, ela deve viabilizar e articular os processos necessários para a ressignificação do que ainda não foi dominado com autonomia pelo aluno. Conhecer seu aluno, suas características e dificuldades fazem parte desse processo avaliativo.

Os casos de abuso e violação dos direitos das crianças são encaminhados aos órgãos competentes (Conselho Tutelar). E sempre que se percebe alguma carência, os pais são aconselhados a procurar pessoas adequadas à solução do problema (médico, dentista, psicólogo, etc.)

3- A VIVÊNCIA NA SALA DE AULA NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS E PROFESSORES.

As entrevistas com as professoras foram realizadas individualmente com duração de 30 minutos, de acordo com a disponibilidade dos mesmos.

A professora 1, tem12 anos de profissão e a professora 2 tem 20 anos, sendo que apenas a primeira sempre trabalhou com a Educação Infantil, e a segunda está nesse nível a apenas 2 anos. Segundo elas, a opção pela educação, foi por gostar de crianças e da profissão de educador, e pelo prazer de ver as crianças fazendo suas descobertas e ter o privilégio de ser o mediador entre elas e o conhecimento.

Ambas as professoras citaram como principal dificuldade sentida a falta de envolvimento da família na vida escolar de seus filhos e o espaço físico da escola que é muito limitado, dificultando o trabalho docente.

Entretanto, também têm facilidades no trabalho realizado por elas, que é a relação de carinho e amor que ambas têm com seus alunos, pois reconhecem a afetividade, como aliada nos processos de ensino-aprendizagem.

Ambas citaram a mesma rotina escolar, visto que trabalham na mesma escola: momento de oração e atividades planejadas envolvendo músicas, brincadeiras, histórias, hora do lanche, e recreação até o momento da saída. Mas deixam claro que esta não é rígida e imutável, pois sofrem variações de acordo com planejamentos, como um passeio, e até mesmo a vontade das crianças, como um filme que trazem para a escola ou uma brincadeira.

As professoras definem seus alunos como educados e amáveis, sendo que às vezes, são um pouco inquietos, mas isso é visto de maneira natural pelos professores, pois trabalham com crianças pequenas, 4 anos e 5 anos.  Elas consideram esse comportamento normal para idade deles, e resolvem as situações adversas, com conversa e algumas vezes com a perda do direito (privar a criança de algo que gosta, por alguns minutos). Porém em relação aos comportamentos considerados adequados, as professoras sempre enaltecem as vantagens de ser educados e prestativos, valorizando o diálogo e a boa convivência com as crianças.

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