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ETAPA 04 ATPS

Por:   •  31/3/2015  •  Resenha  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  222 Visualizações

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ETAPA 04

A educação é um ponto básico para estruturar a sociedade, e se formos analisar como ela está nos últimos anos, ficaremos chocados. De acordo com Pierre Bourdieu vivemos em um mundo que de constante mutação, e para ele a função dos sociólogos como de todo cientista e tentar encontrar os “por quês”, como, “Por que o filho do professor vai melhor do que o filho do operário? Por que fazem o que fazem”.

Na teoria de Bourdieu ele relata que existe no âmbito escolar certa desigualdade, para o sociólogo quando a criança chega na escola e levado em conta primeiramente a “bagagem” que ela tem, ou seja, sua herança, como postura corporal, e habilidade em público. Para o sociólogo a escola não era algo neutro, através de suas pesquisas ele concluiu que a escola era um jogo de dominação e reprodução de valores, para ele em vez da escola ter função transformadora ela reproduz e reforça as desigualdades sociais.

Pierre Bourdieu criou alguns conceitos para a elaboração da sua teoria como que complementa o que foi citado a cima; Habitus e Capital Cultural,  são os conceitos, todos na tentativa de superar o objetivismo e subjetivismo.

  • Habitus é primeiramente um trabalho realizado pela família, e depois pela escola, ou seja, um trabalho pedagógico realizado em parceria entre a escola e a família, de modo que as normas exigidas pela sociedade sejam aplicadas ao aluno, ou seja, tudo em volta de atingir a meta estabelecida pela sociedade. Isso nos faz refletir que crianças de classes privilegiadas tem a educação familiar bem próxima com a educação que receberá  na escola, pois são crianças que no seu ambiente familiar já possuem contato com livros por incentivo dos pais, são crianças que são levadas a museus e que possuem um bom domínio da linguagem. Já crianças de classes desfavorecidas expressam-se diferente, o modo de falar considerado “vulgar” é discriminado, até mesmo seu sotaque é corrigido, o que faz com o que o estudante sinta-se desambientado diante de tal situação, ou seja, habitus significa uma formação durável transportável, isto é um conjunto de esquema comum de pensamento, de percepção, de aprendizagem e de ação que são direcionados ao aluno.
  • Capital Cultural é a forma que o individuo se posiciona na sociedade, isto é, de acordo com seu capital acumulado, seja ele capital social, capital cultural, capital econômico ou capital simbólico. O capital social corresponde às relações interpessoais que cada um constrói de acordo com os benefícios ou malefícios gerados pela sociedade. Já o capital na educação, se acumula principalmente capital cultural, na forma de conhecimento aprendido (livros, diplomas etc.).

Para o sociólogo a escola dissimula uma verdadeira violência simbólica, exercida pelo poder de imposição das ideias, a violência simbólica leva as pessoas a agir e pensar por imposição sem se darem conta dessa influência, para ele a escola constitui um instrumento de violência simbólica, porque reproduz os privilégios existentes na sociedade, beneficiando os já socialmente favorecidos e deixando de lado quem realmente precisa de atenção.

        Para Pierre Bourdieu a escola e um espaço de reprodução de estruturas sociais, e de transferência de capitais de uma geração a outra. E segundo ele na escola tudo esta relacionado ao desempenho do aluno dentro de sala de aula, eles são julgados pela quantidade e qualidade dos conhecimentos tragos de casa, ou seja, suas “heranças”. Bourdieu previa que para essa situação mudar a escola devia parar de olhar para a bagagem que o aluno traz de casa e começar do zero.

        Ao analisarmos o atual ensino brasileiro, pudemos então identificar esta teoria, as desigualdades relatadas por Bourdieu são facilmente encontradas, principalmente na rede pública. Estudantes com família de baixa renda, que dependem da rede pública de ensino são os que têm o ensino mais defasado possível, as escolas não se preocupam se o aluno realmente aprende o conteúdo destinado para a série, mas se preocupam com a aprovação deles para a série seguinte, o que gera um certo “fracasso de aprendizado”. Alunos da escola pública, muitas vezes desanimados com o fracasso escolar, acabam investindo cada vez menos esforços no aprendizado formal, o que faz com que sejam vistos como menos qualificados pelo mercado de trabalho, já os estudantes  que a família possui condições financeiras suficiente para pagar uma escola boa,  recebem um ensino de qualidade, o que faz com que o mercado de trabalho veja-os com outros olhos.          

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