Educação
Trabalho acadêmico: Educação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jalbertomatos • 20/11/2014 • Trabalho acadêmico • 2.290 Palavras (10 Páginas) • 207 Visualizações
EDUCAÇÃO
1- Introdução
A Educação é tema das mais acaloradas discussões na contemporaneidade, seja ligada a temas políticos, filosóficos, sociais e universitários. Tentar compreende-la requer um pouco de entendimento sobre seus "modelos" concebidos, bem como as idealizações que se tem a partir destes.
Tema que permeia toda sociedade, na modernidade nunca esteve livre da alcunha de libertadora da opressão que aflige os povos menos afortunados. Difícil é perceber um discurso político em que a Educação não seja colocada como um dos principais redentores do atraso crônico de várias nações, inclusive o Brasil.
Mas a que se deve esta compreensão redentora da educação?
Mais importante do que a compreensão deste cientificismo de nossa sociedade que lega ao progresso tecnológico a saída do atraso e conduz a educação por este viés, é a percepção de como este discurso é o manto no qual a educação esta envolvida. Muito mais do que o desenvolvimento do indivíduo é preciso coloca-lo dentro deste mundo e incumbi-lo de uma função que tem por premissa, sua colaboração ao desenvolvimento de seu país; é preciso educa-lo.
A educação é redentora da situação social do indivíduo (quanto mais baixa esta for, pois como diz o ditado popular "o país que constrói escolas, destrói presídios") e, ao mesmo tempo, fornece subsídio ao desenvolvimento das nações, embrenhadas no desenvolvimento tecnológico e na concorrência de mercado.
Este discurso esta lançado no meio social, sem a intenção de coloca-lo como certo ou errado, mas de como este pode ditar as diretrizes de todo o sistema educacional de uma nação, que no caso do Brasil, ignora suas diferenças culturais em nome de um desenvolvimento, equacionando as diferenças para tentativa da compreensão de um uno educacional, que enxerga as desigualdades dentro de uma disciplina escolar, mas que não se reflete nesta.
2- Desenvolvimento
Muito se têm discutido em palestras, cursos, simpósios, congressos, reuniões de professores, entre outros..., sobre qual seria a técnica correta, ou a melhor técnica para se aplicar em nossas salas de aulas. Muitas vezes superlotada, com alunos vazando pelas janelas; e os professores se perguntam, como trabalhar devidamente nossos alunos? numa turma heterogênea, com portadores de necessidades especiais e até crianças hiperativas. Trazendo de casa “bolsas” com gritantes diferenças que variam desde costumes à educação. Impulsionando os educadores, cheios de interrogações para que façam uma escolha vaga, no “escuro”, que se poderá se tornar falha; pois muitas vezes as técnicas educacionais são adotadas por estarem na moda, e na verdade tornam-se deficientes quando o educador não sabe aplicá-las adequadamente, não consegue transpor para sua prática diária, para as reais necessidades dos seus alunos.
E agora! Já fizeram a escolha, que “dedocraticamente” era a melhor, então, como transmiti-las para os alunos? Se os professores mal sabem como é essa nova técnica que escolheram, e conseqüentemente, desconhecem como trabalhar adequadamente em sala. Não estabeleceram objetivos na hora da escolha da técnica que utilizariam, e nem ao menos os sabem estabelecer, enfim, não pensem que será utilizando-se de uma técnica “miraculosa”, que deu certo em vários países, e já foi supercomentada até recomendada por renomados educadores, eles conseguirão resolver seus problemas de “ensinagem”. E não é porque que muitos outros profissionais que eles conhecem já aplicaram essa mesma técnica e conseguiram bons resultados, evidentemente funcionará para eles.
Para muitos não faz diferença entre qual método utilizar, o importante é estar empacotada, é vir com o “kit completo” (com o manual de instruções); desde que já esteja pronta para usar, e deixe os alunos estátuas em suas carteiras do tradicionalismo, está sendo adotada.
E a busca dos professores continua, em um “método solução” para todos os problemas educacionais. Preocupados com o “como ensinar”; acabaram soterrando com os novos métodos todas as expectativas com o “que ensinar” e o “por que ensinar”.
“Que técnica...? Que meio...? Que recurso...? Que estratégia...? Que procedimento...? De que jeito...? A técnica-panacéia (...) Se ‘na moda’, então deve ser implementada. Não importa o contexto de origem – Se ‘nova’, então deve ser adotada. Para que saber dos resultados? Se ‘motivadora’, então deve ser praticada. Funcionou lá, também vai funcionar aqui – Se ‘falada’, então deve ser generalizada. Abaixo as reflexões críticas do professor – Se ‘empacotada’, então deve ser imediatamente adquirida.” (SILVA, 1982)
O professor é um verdadeiro ator, mesmo enfrentando diversos problemas particulares, chegando em sala, tem que manter a tranqüilidade, a simpatia; relevando risos e palhaçadas, brincadeiras e falta de atenção, mantendo sempre o bom humor. Esquecendo até das suas questões pessoais, e como diz o ditado “deixem a vida de vocês lá fora...”. Vamos ainda mencionar a carga horária, um problema que está presente em todas as disciplinas e, “Conforme transcorre o dia, os alunos vão recebendo aula, três quartos de aula, metade de aula e nenhuma aula, embora o aluno também sai prejudicado, sem ser culpa do professor, mas pelo desgaste diário que ele sofre.” (SILVA, 1982) E os professores devem ser de fato verdadeiros atores! Ou será que deveriam ser artistas de circo?
Os índices de evasão escolar são grandes, mas neles não estão só os alunos, pois os professores estudavam em instituições universitárias, não estudam mais. Chega ser um fato assustador. Mas as péssimas condições que o professor tem de enfrentar o obrigam a deixar os estudos e muitas vezes até o magistério. Segundo SILVA, (1982) “ ‘se ficar no magistério é porque é ruim ou é louco’, ‘status do professor já era’, ‘ensinar é dom e sacrifício’, ‘o trabalho dos professores não traz divisas para o país’.”
“Lembrando Euclides da Cunha: o professor brasileiro é um forte. Forte em dois sentidos: figurado e não figurado. No primeiro, porque luta contra diversas situações aversivas, que o impedem de cumprir adequadamente as suas funções sociais. No segundo, porque levanta por necessidade, uma série de muralhas ao seu redor. E é impedido de atualizar-se, é impedido de trocar idéias com outras pessoas, é impedido de renovar é impedido de pensar e, o pior de tudo, é impedido de viver como
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