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Educação: as grandes dificuldades

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Por:   •  10/7/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.629 Palavras (7 Páginas)  •  257 Visualizações

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Educação: as grandes dificuldades

Pablo Rodrigo da Silva Lima

De acordo com os textos estudados “Relações Professor-Aluno na Sala de Aula” de José C. Libâneo e “Sobre a atualidade dos Tabus com relação aos professores” de Antonio A. S. Zuin, tendo como complemento o filme O Anjo Azul (1933), constatamos que desde o início da história da educação o professor é considerado uma pessoa superior diante de todos os alunos e também diante da sociedade a qual ele pertence, mostrando ser uma figura reconhecida de tal maneira que era exemplo diante de todos, sua autoridade e prestigio eram possíveis serem equiparadas com o poder de um verdadeiro líder, para corresponder a tamanho valor, o professor necessitava assumir uma postura impecável, tendo que possuir tantas qualidades quando um deus.

No começo da história da educação o papel do professor de início era somente se preocupar em se graduar para ter uma carreira melhor, e não aceitava mudanças em seu cotidiano, tanto no ensinar como no agir pessoal; entre os anos de 1970 e 1990 os professores eram vistos como uma pessoa autoritária, uma “ameaça” de poder, onde impunha somente as suas vontades e desejos, professor era um ser criativo, porém reconhecido como um exemplo a ser seguido, conforme caminhava o Estado rígido e político assim o professor caminhava junto dentro das salas de aulas, não dando a oportunidade de o aluno a se expressar de forma critica.

Nos dias de hoje o professor se encontra em um estado de desvalorização, sendo recordado o seu valor nos períodos eleitorais (simplesmente para ganho de votos), ou em propagandas na televisão buscando conquistar mais adeptos para trabalhar na educação devido a grande evasão dos profissionais que foram silenciados por um sistema que não oportuniza as melhores condições de trabalho.

Podemos dizer que é crescente o número de professores que estão se tornando seres mais “humanos”, um profissional que não vive em um pedestal buscando ser o auto retrato da perfeição a ser seguido por outras pessoas, buscam cada vez mais a cooperatividade não só aluno entre aluno, mas aluno entre professor (em uma evolução conjunta), que gera mudanças futuras. E é nesses professores em que as crianças passam a ter uma autoconfiança, um exemplo de ser seguido, porém hoje todos possuem liberdade para se expressar com isso o professor não pode simplesmente impor algo, precisa conquistar o “respeito” a “admiração” do seu aluno por sua postura como profissional.

Como pontua Libâneo:

A autoridade profissional se manifesta no domínio da matéria que ensina e dos métodos e procedimentos de ensino, no tato em lidar com a classe e com as diferenças individuais, na capacidade de controlar e avaliar o trabalho dos alunos e o trabalho docente. (1994, p. 252)

Vemos no filme o quanto à postura do professor Rath era prejudicial na formação de seus alunos, que não tinham o direito de expor suas opiniões e pensamentos, ao não conseguir responder determinado exercício sofriam severas humilhações perante os seus colegas de turma, fica bem nítido que esta postura transforma a educação e a construção do individuo, em algo doloroso, partindo do medo e da opressão, formando assim sujeitos passivos a tudo o que os rodeiam.

O professor na atualidade tem com mais liberdade o poder de provocar a curiosidade das crianças, dando-lhes incentivos para que interajam e busquem também por conta própria o conhecimento, sem contar nos diferentes métodos de se atingir seus objetivos que o educador pode buscar e aplicar, tendo um olhar amplo e se aproveitando das muitas facetas que surgem no cotidiano escolar e social da criança.

Porém mesmo nos tempos atuais ainda existem aqueles professores que podemos dizer que pararam no tempo, professores que marcam o psicológico da criança com uma postura inadequada para se formar indivíduos, ou seja, extrapolam os limites da autoridade e se fortalecem no autoritarismo, por consequência usam de todas as armas para conter aqueles que parecerem ir contra o seu sistema de ensino, acabando por bater no aluno, usando do poder que tem em sala de aula para intimidar, ofender o mesmo, etc., e isso para uma criança é algo marcante para o restante da vida dela, vai levar consigo marcas de uma agressão tanto física como emocional ate o fim, e se essa criança resolve futuramente ser um profissional da área da educação, irá muito provavelmente fazer e cometer os mesmos erros que o professores dela cometeu no passado.

E se a atitude violenta causa inicialmente uma sensação de mal-estar, logo é identificada como algo inerente ao processo de ensino-aprendizagem. Tal violência torna-se valorizada tanto pelos professores quanto pelos alunos que se identificam com o professor na figura do agressor, sendo que tais alunos procuram encontrar oportunidades para poder se desforrar do ressentimento que foi engendrado nas relações cotidianas com seu mestre. (ZUIN, 2003, p. 417)

Isso fica muito evidente no filme das Borboletas Azuis, pois os alunos descontam todo seu ressentimento em cima do aluno inteligente e focado nos estudos, o elo mais próximo do professor; acabavam batendo nele durante as noites, o reprimido fisicamente e psicologicamente, assim como eram silenciados pelos métodos de ensino do professor Rath, silenciavam o colega de turma, para saírem da condição apenas de vitimas, e passarem também a ter o prazer de sentirem-se como os autores da opressão.

Vale ressaltar que o professor também era um sujeito silenciado, ele tinha um papel de alto prestigio social, porém também eram altas as cobranças da sociedade para quem ocupava este papel, os valores morais e a propagação dos bons costumes estavam acima de tudo, e uma pessoa responsável pela formação de outras não poderia ser corrompida, se não poluiria a todos os que ensinariam, sendo assim para se cumprir este papel de “modelo a ser seguido” o professor se tornou um ser frágil e facilmente atingível aos prazeres desconhecidos, o que fez com que se entregasse a loucura de abandonar tudo para seguir uma paixão.

O silenciamento dos alunos é constituído principalmente pelo olhar que tinham em relação ao professor, quando este quebrou os padrões e se envolveu com

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