Escola e Família: uma aproximação necessária

MICHAEL CRISTIAN FERNANDES DA COSTA CABRAL (8067530)

MICHELE DE MELO PEREIRA (8070593)

Biologia - Licenciatura

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA

Tutor: Prof. Dra. Tania Mara de Lima Fontellas Brandalha

Claretiano - Centro Universitário

BELO HORIZONTE / SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ

2021

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA

Resumo: 

Este artigo pretende apresentar a importância do vínculo família-escola, com base em pensamentos de Piaget e pesquisas realizadas em todo território nacional, como dados do movimento Todos Pela Educação e da Unesco. Será indicado em linha temporal o início da escola e como era transmitido esse ensino, tal como a desigualdade do mesmo. Seguindo o mesmo contexto explanaremos como o desenvolvimento cognitivo pode ser aprimorado com a presença dos pais e familiares, assim dizendo, é possível melhor desenvolver nos alunos as habilidades sociais e acadêmicas como o aumento do esforço e rendimento, conquista de melhores resultados na vida e na escola, redução da indisciplina e estímulo ao desenvolvimento cognitivo e social com o apoio dos familiares. E para teorizar, traremos dados sobre o efeito da pandemia no ensino, como os alunos foram impactados e a ação da família nesse contexto, ficando implícito que o impacto foi menor e adaptação ao novo modo de ensino foi mais tênue tanto para a escola quanto para os alunos e familiares que já possuíam vínculo e acompanhamento acadêmico mútuo.

Palavras-chave: Família, Escola, Vínculo, Pandemia.

1. INTRODUÇÃO

Neste artigo abordaremos a relação da escola e família, com o objetivo de analisar o papel da educação dos filhos e os aspectos para a educação que podem auxiliar na construções de valores e desenvolvimento do educando. Sabemos que a relação da escola e família na aprendizagem é muito desafiadora, temos em mente também que a educação inicia-se pela família no leito do lar e sendo continuada na escola, fica desde já implícito a importância dessa aproximação que só agrega benefícios. Apoiar os filhos quanto aos estudos é como plantar uma semente de confiança e dedicação, ao longo do tempo os próprios filho cultivarão o sentimento e serão cada vez mais ativos em desenvolvimento e com curiosidade intrínseca.

Devido a pandemia de COVID-19 ficou claro a necessidade de quebrar as barreiras de aproximação família-escola, pois o ambiente escolar em muitos aspectos se difundiu com o ambiente familiar, isso fez com que a escola e a família unirem forças para amenizar os efeitos da pandemia e fazer o com que a aprendizagem não se perdesse e o ensino não fosse descontinuado, reforçando assim a importância de se entender essa relação para que seja cada vez mais proveitosa para que seja derrubado até mesmo questões sociais e estruturais das diversas regiões do Brasil.

Foram colhidos diversos dados de pesquisas em todo território para que pudéssemos trazer o estudo de forma relevante e assertiva, como a pesquisa realizada pelo movimento Todos Pela Educação (Agência Brasil, 2021) que nos mostra que apenas cerca de 12% dos pais se consideram realmente próximo aos estudos dos filhos onde podemos entender a importância do estreitamento dos laços aluno - escola - família.

O presente estudo pretende trazer entendimentos como porquê é necessária a aproximação da família na escola. Qual é a grande importância do apoio dos familiares em um ambiente da educação? Essa relação estreitou-se com a pandemia? As famílias que sempre fora, próximas a escola tiveram a mesma dificuldade de adaptação mediante a situação de pandemia? Ainda intenciona-se a clareza do entendimento de que não se trata de uma relação de pura obrigação ou causa/culpa, mas uma relação mútua de ganhos, pois na prática é visto um melhores resultados e menores impactos com essa aproximação de ambas as partes. Tendo conhecimento disso, trazemos os resultados dos estudos e pesquisas realizadas sobre os benefícios de quebrar barreiras de aproximação.

2. DESENVOLVIMENTO (ou RESULTADOS E DISCUSSÃO)

A evolução das Escolas

No período imperial (1822-1889) o estado era responsável pelas atribuições da educação, porém o significado da educação pública não tinha nenhum sentido de educação para todos os governados, visto que nesse conceito não se dava a real importância como a educação para a disseminação dos conhecimentos básicos para a formação do cidadão e constituição da nacionalidade (MIGUEL, 1998 apud NEVES, 2021). Bom exemplo disso é considerar que a educação não era opção nem direito aos filhos dos negros e dos pobres, pois tinham como função única se tornar trabalhadores braçais, somente assim eram considerados cidadãos úteis, ao passo que as proles da elite deviam ser ensinados por mestres particulares (Viveiros, 2006, p. 4). Em algumas sociedades primitivas a educação era transmitida pelo processo de boca a boca, do mais velho para o mais novo. Tendo como conceito de ensino experiências próprias ou comuns e até mesmo lecionavam aquilo que sabiam de forma cultural apenas muitas vezes fugindo do real sentido científico ou acadêmico (Capanema, 2021). Nesse novo modelo as funções sociais passaram a ser determinadas de acordo com a sua produção, que resultou no aumento de produtividade e na valorização do trabalho. Organizações responsáveis por transmitir cargas culturais foram criadas à medida que grupos sociais tomavam forma e se evidenciavam perante a sociedade. A Educação, no entanto, não foi considerada como transmissão de valores sociais, mas uma ruptura de mudanças de concepções e a abertura para novos horizontes (Ribeiro, 2018). As sociedades primitivas eram resistentes quanto as mudanças, devido ao caráter divino de suas crenças, por outro lado a sociedade moderna é aberta para as mobilidades de educação científica para uma melhoria social e pessoal. A educação nos mantém vivos junto à memória de um povo, por isso a importância dos familiares tomarem sua parte nesse processo tornando um ambiente rico de culturas diferentes.

A autora Mônica Ribeiro afirma que (2018. P. 3)

A escola de hoje, é o fruto dessas mudanças de concepções que foram sendo acumuladas ao longo dos séculos. No novo modelo a instituição absorveu algumas características das famílias educadoras da Idade Média, os resultados são muitas crianças abandonadas à própria sorte, pois seus genitores assumiram seus papéis sociais no mundo globalizado e a escola sozinha não consegue abranger todo o processo educacional. [...]

No início do processo educativo o educando tem uma experiência social fragmentada e confusa que precisa ser desenvolvida e levada a um estágio de organização. Na escola tratamos de uma educação formal, planejada, com objetivos claros e com profissionais instruídos para exercer determinadas funções de ações efetivas.