Estágio Curricular Supervisionado em Educação Infantil e Gestão Educacional

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

AGATHA DE OLIVEIRA MESQUITA

RGM 22061169

Projeto de Intervenção – Estágio Curricular Supervisionado em Educação Infantil e Gestão Educacional

SÃO PAULO

2021

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

AGATHA DE OLIVEIRA MESQUITA

COMO TRABALHAR O ACOLHIMENTO E A AFETIVIDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Projeto de Intervenção apresentado à disciplina de Estágio Curricular na Educação Infantil e Gestão Educacional como pré-requisito para validação do Estágio de Regência, sob orientação da Prof.ª Ms. Evelyn Camponucci Cassillo Rosa

SÃO PAULO

2021

INTRODUÇÃO

Como trabalhar o acolhimento e o afeto em tempos de pandemia.

Em março de 2020 começou uma grande epidemia, um vírus chamado (COVID19) conhecido também como corona vírus. É uma doença infecciosa e tem como principais sintomas febre, cansaço e tosse seca. Os médicos falam que tem alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato. Com o fechamento das escolas brasileiras em meados de março devido à pandemia de Covid-19 obrigou secretarias estaduais e municipais de Educação a elaborar e implementar soluções de ensino remoto de maneira emergencial.

Devido ao nosso momento atual as escolas já estão se preparando para receber seus alunos, o novo cenário das escolas está sendo com somente 35% dos alunos em aulas presencias 70% estão em aulas online, mantendo uma escala de rotatividade de alunos em aulas presencias e online.

Os professores estão tendo dificuldades em trabalhar a afetividade de seus alunos por conta do distanciamento social, o primeiro ponto a ser pensado é que neste momento os sentimentos deveram ser acolhidos, seja por parte dos professores como por parte dos país^[a].

Neste trabalho, entre diversos problemas vistos, será abordado o problema chamado “desenvolvimento de transtornos mentais em crianças em tempos pandêmicos”, explicando como a pandemia tem contribuído para o desenvolvimento desses transtornos (aprofundamento estará na problematização) e, logo, será apresentada uma proposta de intervenção, onde serão apontados meios que ajudem os pais a aprenderem a lidar com isso, como ajudar a criança para que não haja o desenvolvimento (ou complicação, caso já tenha) de transtornos mentais (como: ansiedade, depressão, pânico etc.)

PROBLEMATIZAÇÃO

O maior desafio está na adaptação das crianças com este novo mundo, pois, ter o contato com outros de sua idade, estarem na escola, terem um conteúdo/didática escolar, é uma das coisas mais importantes, pois os ajuda a desenvolverem-se enquanto pessoas/cidadãos, os ensina a lidar com a sociedade, com as diferenças, e eles têm todo suporte necessário, contando com a atenção profissional.

Quando foi preciso manter as crianças em casa, muitas não tiveram o apoio ou ajuda necessária, vinda de pais e/ou responsáveis. Muitas sentiram-se desalocadas, e isso, foi um fator contribuinte para o desenvolvimento de transtornos mentais.

Por meio da relação segura com a escola, os educandos na pedagogia afetiva, além de aprimorarem o conhecimento puramente cognitivo, desenvolvem a autoconfiança e a autoestima. A escola, enquanto instituto de ensino, não deve focalizar unicamente no trabalho com os conteúdos das matérias, mas sim no desenvolvimento humano. Por fim, o estudante que frequenta um ambiente afetivo transforma-se em um ser humano afetivo.

Pesquisas recentes evidenciam que o equilíbrio emocional auxilia para o processo de aprendizagem, por conseguinte, a afetividade fortalece não unicamente as relações consigo mesmo e com o outro, como da mesma forma a estruturação de um futuro profissional auspicioso. As competências socioemocionais que guiam a pedagogia afetiva são as mesmas demandadas atualmente pelo mercado de trabalho, que exige profissionais emocionalmente equilibrados e preparados para os desafios do dia a dia.

Wallon concebe o desenvolvimento psíquico da criança de maneira dinâmica, por estágios que formam uma unidade e que seguem uma ordem necessária ao seu surgimento. Cada um deles apresenta características próprias e prepara o surgimento do seguinte, porém este surgimento não é linear, pois comporta retrocessos e crises. Além disso, as dimensões afetiva, motora e cognitiva estão em constante comunicação nesses momentos. Fatores orgânicos e sociais interagem de forma recíproca ao longo deste processo, ou seja: “na criança, opõem-se e implicam-se mutuamente fatores de origem biológica e social” (WALLON, 1981, p. 49).

 Wallon concebe o desenvolvimento psíquico da criança de maneira dinâmica, por estágios que formam uma unidade e que seguem uma ordem necessária ao seu surgimento. Cada um deles apresenta características próprias e prepara o surgimento do seguinte, porém este surgimento não é linear, pois comporta retrocessos e crises. Além disso, as dimensões afetiva, motora e cognitiva estão em constante comunicação nesses momentos. Fatores orgânicos e sociais interagem de forma recíproca ao longo deste processo, ou seja: “na criança, opõem-se e implicam-se mutuamente fatores de origem biológica e social” (WALLON, 1981, p. 49). Sendo assim, o desenvolvimento psíquico das crianças durante o isolamento, foi, sim, atrapalhado de certo modo, pois em casa, não há a dinâmica que de certo modo, há nas escolas.^[b]

Se porventura não tratados, os distúrbios mentais e emocionais que surgem na infância e na adolescência podem evidenciar sérios prejuízos à idade adulta. O temor da Saúde Pública é ainda maior devido aos problemas de controlar os casos de ansiedade, apontados com mais frequência na pandemia de coronavírus.

Em que momento comparados às condições habituais, o perigo de sequelas consequentes dos desajustes mentais na infância e juventude é muito mais importante durante esse período de quarentena. Por isso, os pais e responsáveis por esses cidadãos necessitam estar alertas aos sinais que apresentam algum tipo de instabilidade de ordem emocional.