O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Fatima Costa • 10/9/2021 • Resenha • 1.677 Palavras (7 Páginas) • 236 Visualizações
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CONGREGAÇÃO DE SANTA DOROTÉIA DO BRASIL
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE
FACULDADE FRASSINETI DO RECIFE
Autorizada pelo Decreto nº. 6.488, de 05 de novembro de 1940.
Reconhecida pelo Decreto de nº 13.583, de 05 outubro de 1943.
Maria de Fatima Gonzaga Costa
Mirna Alves Rocha
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
EDUCAÇÃO INFANTIL
Recife/PE
2021.1
SUMÁRIO
- Texto 1: O estágio e as contribuições da formação …...
- Texto 2: A prática do professor de educação infantil na Pandemia do COVID 19 .....
2. A prática do professor de educação infantil na Pandemia do COVID 19
Ao longo dos anos a educação precisou passar por inúmeras mudanças e acontecimentos, pra entender melhor sobre a Educação infantil atual, faz-se necessário trazer alguns pontos importantes sobre a visão da infância, a partir de alguns teóricos
Ariès (1978) vai apontar em seus estudos que o conceito de infância foi sendo construído historicamente e que por muito tempo esta fase foi considerada como um período a ser superado. Tanto é que a criança era vista como um pequeno adulto e assim, vestida como adulto, frequentando as festas dos adultos, conversando as mesmas coisas que os adultos e, por consequência, tendo que pensar e agir como adulto.
A criança não passava pelos estágios da infância estabelecidos pela sociedade atual. Outro fator importante era que a socialização da mesma durante a Idade Média não era controlada pela família, e a educação era garantida pela aprendizagem através de tarefas realizadas juntamente com os adultos.
O sentimento de infância, de preocupação com a educação moral e pedagógica, o comportamento no meio social, são idéias que surgiram já na modernidade o que nos leva a crer na existência de todo um processo histórico até a sociedade vir a valorizar a infância. Ariès é bem claro em suas colocações quando diz que a particularidade da infância não será reconhecida e nem praticada por todas as crianças, pois nem todas vivem a infância propriamente dita, devido às suas condições econômicas, sociais e culturais.
Assim, os sinais de preocupação com a infância tornaram-se mais numerosos e mais significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII, pois os costumes começaram a mudar, tais como os modos de se vestir, a educação, bem como separação das crianças de classes sociais diferentes.
Como a preocupação com a infância passava a ser considerada um problema econômico e político, os esforços para definir políticas públicas que tinham por objetivo recuperar a infância, foram se intensificando em todas as partes do mundo. No Brasil, essa iniciativa se deu por volta 1942 quando foi criado o Serviço de Assistência ao Menor - SAM, que abrigavam menores considerados em conflitos com a lei, em regime disciplinar. Esse modelo de institucionalização, no entanto, foi criticado por conter ações consideradas repressivas, tanto que com o golpe militar de 1964, o SAM foi extinto, e partir daí até a década de 1970, a discussão em torno da infância passa a ser considerada como prioridade no campo político e social.
Na década de 1980, essas discussões passam a ter influência de caráter normativo internacional, onde os Marcos Legais perpassam pela Constituição Federal de 1988, que torna dever do Estado o atendimento em creche e pré escola das crianças até seis anos. Diante de toda essa articulação, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990), que estabelece as diretrizes no campo das políticas públicas de atendimento à criança e adolescentes, buscando assim, descriminar a infância e juventude pobre, para que todos sejam reconhecidos como sujeitos de direitos.
E em 2006, a LDB determina a Educação infantil de zero a cinco anos e a Emenda Constitucional nº59 de 2009, que torna obrigatório o acesso das crianças de 4 anos à pré escola, que compõe junto com a creche, a Educação infantil.
Com a Base Nacional comum Curricular (2017), propõe-se um novo arranjo para a etapa da infância. O brincar na BNCC é tratado como direito e como principal recurso de desenvolvimento da criança. Nos diferentes campos de experiência, aparece como objetivo a ser trabalhado, já que a brincadeira é mediadora de aprendizagens significativas em todos eles.
Dialogando com De Bries (2004), as melhores maneiras de promover a construção do conhecimento pelas crianças são: Despertar o interesses delas, inspirar a experimentação ativa com todos os erros e tropeços necessários, estimular a cooperação entre os adultos e as crianças e entre as próprias crianças.
Com o surgimento da Pandemia do Corona vírus, o Covid19, um vírus mutável e que se propaga ocasionando diversos problemas no sistema respiratórios, levando inclusive à morte, fez com que autoridades governamentais, mediante recomendação da Organização Mundial de Saúde – OMS, decretasse estado de emergência e calamidade pública, através de Portaria N° 188 de 3 de fevereiro de 2020 do Ministério da Saúde – MS, devido aos crescentes casos de pessoas infectadas pelo Coronavírus em todo território nacional.
Diante do exposto, uma das medidas de enfrentamento da Pandemia ocasionada pela COVID -19 foi a suspensão das aulas nas redes de ensino pública e privada. Com a suspensão das aulas, sem previsão de retorno, as instituições de ensino precisaram adequar e, portanto, aderir ao sistema de ensino remoto e a distância. Essa rápida transformação que gerou muitas dúvidas entre os docentes e gestores de ensino. Haja vista que o ensino infantil é complexo e requer uma forma especifica de ensino.
Além de milhares de vidas perdidas, de uma crise financeira, de famílias com rendas diminuídas ou até sem renda alguma, as escolas foram fechadas, assim como outros locais onde acontecem aglomerações. Atualmente, temos crianças em tempo integral em casa, o ensino que até então era realizado nas escolas, passa a ser realizado em casa, de forma remota, contando com a luta constante dos professores que com poucos recursos, falta de manejo de tecnologias tentam manter a qualidade do ensino para as diferentes crianças do ensino infantil.
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