Estagio educação infantil

ESTÁGIO-EDUCAÇÃO INFANTIL

1. Maria José Baltar de Azambuja
2. Profª. Tatiana Brocardo de Castro
3. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED-0486) – Estágio Educação Infantil

03/02/2014

1. RESUMO

O presente estudo tem por objetivo relatar minha prática de observação e a entrevista realizada com a gestora, a supervisora e a orientadora de uma escola da rede regular de ensino público estadual em Porto Alegre. Meu objetivo não foi avaliar as ações da gestora e da coordenação pedagógica da escola e sim observar o trabalho realizado das mesmas no que se refere à prática inclusiva, observar também como o supervisor pedagógico e o orientador educacional atuam na escola em relação aos alunos portadores de necessidades especiais e demais alunos bem como identificar as implicações políticas, administrativas e pedagógicas para que o gestor viabilize o processo de inclusão na escola O período de estágio junto a equipe gestora foi uma oportunidade para conhecer e refletir sobre o trabalho da equipe gestora e pedagógica da escola, participando  do trabalho exercido pelas mesmas quando solicitada. Através deste estágio percebi que direção, supervisão e orientação educacional na escola tem que caminhar juntas para que consigam atuar verdadeiramente junto ao corpo docente, as famílias e aos alunos de inclusão, promovendo o convívio com a diversidade que é marca da vida social brasileira.

Palavras-chave: Equipe Gestora; Coordenação Pedagógica; Inclusão.

2. 1 INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste em um relato de observação e entrevista realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Vera Cruz, no bairro Glória, cidade de Porto Alegre, no período de 22 de abril a 20 de maio de 2015 junto a Gestora, a Supervisora Pedagógica e a Orientadora Educacional  da escola.

A escola possui aproximadamente em torno de 540 alunos distribuídos entre os turnos manhã e tarde, com 9 turmas no turno da manhã e 9 turmas no turno da tarde.

           Uma vez que a área de concentração por mim escolhida é a educação inclusiva, a observação do trabalho exercido pela Diretora professora Maria Elizabete, a Supervisora Pedagógica professora Vanessa e a Orientadora Educacional professora Ana que compõem a equipe gestora da escola foi muito enriquecedora, pois me proporcionou conhecer o trabalho pedagógico da equipe em relação ao processo de ensino e aprendizagem com alunos de inclusão e como são estabelecidas e mediadas às relações entre estes, as docentes, a escola e os demais alunos.

            Diante do fato de que o mundo que habitamos é formado por uma imensa diversidade e da constatação de que cada ser é único, compreende-se que é preciso não apenas aceitação e tolerância com as diferenças é preciso antes de tudo tentar superar as desigualdades.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e o Estatuto do Menor e do Adolescente garantem a todos a escolaridade, mesmo para aqueles alunos considerados diferentes, pois, antes de tudo, todos são seres humanos.

Pretendo ainda abordar em meu trabalho os conhecimentos adquiridos durante este estágio, as experiências vividas com a e as entrevistas realizadas com as mesmas a fim de enriquecer meus conhecimentos a respeito do trabalho diário da equipe gestora da escola.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

     
       Não se pode negar que nossas escolas estão despreparadas para atuar de maneira inclusiva, uma vez que se exige uma inovação dos modelos atuais de gestão e administração das instituições escolares em direção às práticas pedagógicas que valorizem e respeitem a diversidade do aluno.

De acordo com Mantoan (2006, p. 23) “a inclusão escolar tem sido mal compreendida, principalmente no seu apelo a mudanças nas escolas comuns e especiais”.

Sabemos, contudo, que sem essas mudanças não garantiremos a condição de nossas escolas receberem a todos os alunos, oferecendo-lhes condições de prosseguir em seus estudos, segundo a capacidade de cada um, sem discriminações nem espaços segregados de educação.

A Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional – LDB – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, inova porque encaminha mudanças e incentiva transformações no que tange à Educação especial. Afirma que essa deve ser oferecida “(...) preferencialmente na rede regular de ensino (...)” e sempre que necessário, em função das condições específicas dos alunos “(...) em classes, escolas ou serviços especializados”.

Cada escola tem autonomia para organizar a educação básica em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com bases diversas para atender ao processo de aprendizagem do aluno conforme as orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de dezembro de 1996.

A escola precisa ser transformada e a equipe gestora precisa executar um trabalho ativo nesse constante processo de mudança para que o trabalho com a inclusão seja real.

         Através de um papel ativo da gestão é que será possível enxergar a inclusão em suas infinitas possibilidades, superações e limites, levando todo os alunos à uma aprendizagem efetiva e a mudanças de comportamento de todos os agentes da comunidade escolar.

           Nesse contexto de inclusão, estão envolvidos família, docentes, alunos e também o gestor escolar.

          Luck relata que:

O diretor é dirigente e o principal responsável pela escola, a ele pertence o papel de articular e integrar os diversos setores da instituição escolar. As ações do gestor devem estar pautadas em práticas democráticas com foco na participação e no envolvimento da comunidade escolar (LUCK, 2006, p. 28).

        No entanto, não será possível haver uma boa gestão na escola, se o diretor não estiver bem assessorado por um supervisor pedagógico e por um orientador educacional, pois estes farão a ligação entre a escola, os docentes os alunos e a comunidade.