Estudo de caso
Por: iunahs • 31/3/2015 • Trabalho acadêmico • 2.045 Palavras (9 Páginas) • 235 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CRIXÁS
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA REGULAR
IÚNA HEIDRICH SILVA
ESTUDO DE CASO
Crixás- GO,
2010.
OBJETIVOS
- Investigar a causa das dificuldades do aluno;
- Coletar dados para posterior análise por profissional competente;
- Avaliar de maneira integral e individualizada;
- Analisar e categorizar dados para levantamento de problemas.
JUSTIFICATIVA
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998; Batista,1997; Travaglia,1996), o baixo desempenho dos alunos pode ser explicado pela ineficácia das metodologias de ensino da disciplina de Língua Portuguesa, em especial, no que se refere à língua falada e às regras gramaticais.
O surgimento do estudo de caso reflete o interesse do pedagogo em organizar o seu trabalho, baseando o estabelecimento de suas ações na análise da história do aluno.
No dia a dia do nosso trabalho, enquanto pedagogos, somos desafiados com problemas das mais diversas ordens – da indisciplina às dificuldades de aprendizagem. E não podemos ignorar o que acontece com os nossos alunos. Afinal, superar as situações que comprometem o desenvolvimento dos nossos alunos deve ser sempre o objetivo do educador, o compromisso do professor e do pedagogo.
Para isso, é construído um estudo de caso do aluno, para fazermos um diagnóstico do problema, conhecermos seu alcance e suas implicações e sugerirmos intervenções – de curto, médio e longo prazo – que possam resultar em benefício para os nossos alunos.
QUESTÕES NORTEADORAS
1- Quem é a pessoa envolvida no caso?
2- Quais as alternativas para solucionar ou amenizar os problemas identificados?
3- Que soluções ou alternativas são propostas?
4- Por que o aluno em questão apresenta tantas dificuldades na leitura e escrita?
IDENTIFICAÇÃO
O aluno em estudo possui 10 anos, mora com os pais e um irmão de 12 anos na cidade de Crixás – Goiás. O fator primordial, que me fez escolher este aluno para meu estudo de caso, foi o fato de mesmo sendo uma criança tranquila e disciplinada, não consegue aprender os conteúdos ensinados pela professora. O aluno tem grande dificuldade de leitura e sua produção escrita é limitada.
No preenchimento dos questionários e conversa informal durante o projeto de intevenção, foi relatado que o aluno possui pouca ou nenhuma ajuda em casa nas atividades escolares, e que não tem hora para fazê-la. A criança tem muita dificuldade na escrita, desenvolvendo somente aquilo que já lhe foi ensinado, e suas frases são escritas com todas as palavras emendadas.
O aluno é uma criança calma, tímida e dispersa, que não fixa sua atenção as explicações da professora e não a chama para esclarecimento de dúvidas. A criança ainda relatou que sua disciplina favorita é matemática, e que não gosta muito da Língua Portuguesa, pois ao desenvolver a atividade de leitura, fica com muito sono, e que nunca fez exame de vista.
Sabemos que o acesso à leitura e à escrita constitui um importante meio de alcance da democracia e do poder individual, o qual pode ser definido como uma capacidade de compreender por que as coisas são como são.
É constatado também que à leitura e à escrita, de modo usual, se dá por meio do ensino do código, ou melhor, de sua decifração. Poucas vezes, nos deparamos com práticas pedagógicas que permitam aos alunos construir seus próprios significados para o texto, elaborando seus próprios questionamentos e confirmando, ou não, suas respostas.
Por outro lado, ensinar Língua Portuguesa aos próprios falantes para alguns se constitui um paradoxo, pois se acredita que quem domina a forma oral de sua respectiva língua tende a dominar plenamente a língua escrita. Contudo, de acordo Cagliari (2001) e Morais (2002), não há correspondência entre as duas aprendizagens. Quem domina a linguagem oral da modalidade padrão não necessariamente domina a língua escrita.
A pesquisa foi realizada com um aluno do 3º ano do ensino fundamental, da Escola Municipal Sebastião Rodrigues de Brito, Crixás – Goiás, através de indicação da professora regente da turma, devido o aluno apresentar dificuldades tanto na escrita, quanto na leitura.
Para acompanhar o processo de aprendizagem do aluno com maior objetividade foram aplicadas atividades que demonstrassem suas competências e habilidades em Língua Portuguesa, bem como entrevistas com o aluno, família e professora.
Quando um aluno fracassa na aprendizagem, a escola lhe oferece uma segunda oportunidade: começar novamente o processo, retomar uma experiência em condições idênticas. Assim, o aluno que fracassa é obrigado a repetir os mesmos traços, as mesmas palavras, até provar as suas dificuldades e alcançar os objetivos postos no planejamento.
O aluno tem dificuldades de leitura e escrita e não consegue apropriar-se do processo de alfabetização, quase nunca faz as tarefas de casa, e quando as faz é sem ajuda (os pais possuem pouco estudo), é um aluno faltoso as aulas, apresenta-se disperso as explicações e correções da professora, mas percebe-se que é uma criança de bom convívio com os colegas.
Os pais são trabalhadores rurais, e até pouco tempo, todos moravam na zona rural, o que impedia o aluno de participar das atividades extras (reforço) oferecidas pela escola. A criança não tem hora para desenvolver suas atividades escolares em casa, e não recebe ajuda nas mesmas. É uma criança que conversa pouco e não expõe suas dúvidas a professora. Apresenta dificuldade em ler palavras complexas, em escrever qualquer palavra e em formular frases, quase sempre escrevendo todas as palavras juntas, mas demonstra grande interesse na aprendizagem.
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