Estudo de caso
Por: João Santana • 18/11/2015 • Relatório de pesquisa • 2.193 Palavras (9 Páginas) • 257 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED
CAMPUS DO BENFICA
CURSO DE PEDAGOGIA
ESTUDO DE CASO:
AUTISMO
FORTALEZA-CE
JUNHO/2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED
CAMPUS DO BENFICA
CURSO DE PEDAGOGIA
Lidiana Vieira do Carmo
Andreia Maria Rodrigues Pinho
ESTUDO DE CASO:
AUTISMO
Estudo de caso apresentado à professora da disciplina Educação Especial, no Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará, Campus do Benfica.
Orientadora: Profa. Dra. Rita Vieira
Apresentação do Caso
Para o presente estudo optamos pela utilização de um nome fictício para a criança. Filho de uma família classe média Jeferson Filho com idade de 3 anos e 4 meses reside com os pais e uma irmã no Bairro Messejana.
Jeferson estuda na Escola Instituto Frei João Pedro de Sexto no período da manhã desde os 2 anos de idade sendo diagnosticado com autismo apenas no Infantil III.A sala que estuda é composta por 12 alunos,Jeferson então freqüenta a sala de recursos no contra turno duas vezes por semana por um período de aproximadamente 50 minutos.
Esclarecimento do problema
Segundo a professora da sala comum Jeferson é uma criança que gosta de freqüentar a escola sendo que a mesma chega muito feliz em sala de aula, porém Jeferson não costuma brincar e nem se relacionar com as outras crianças, não possuindo pouca proximidade com os demais e na maioria das vezes foge da sala de aula.
Ao Ser observado em sala, pode-se perceber que a criança não se relaciona diretamente com seus coleguinhas, na hora do lanche prefere ficar sozinho e lanchar sentado no chão e não na mesa. Nesta hora pode-se perceber o trabalho da professora de AEE que logo tenta o introduzir na socialização da sala.
Foi relatado que suas atividades favoritas é a de recreação na terça feira no qual o aluno logo se posiciona na fila para se direcionar a quadra.
Na sala de aula durante as nossas observações pudemos realmente constatar o que a professora relatou sobre Jeferson, pois ele não brinca com as outras crianças e nem permite nenhum tipo de aproximação, apesar de que algumas delas tentarem aproximação, pois de acordo com o que foi possível observar na escola e ouvir das professoras, diretora e demais funcionários, os colegas gostam de estar com ele, puxam brincadeiras e tentam ajudar com o lanche.
Observamos também que Jeferson não participa da brincadeira de faz de conta, ficando na maior parte do tempo andando de um lado pro outro.
Uma das posturas mais marcantes que podemos observar é a questão da “agitação” na maioria das vezes e quando contrariado por algo que não possa fazer em sala. O aluno passa a maioria do tempo saindo de sala de aula. Apenas nas atividades mais lúdicas de pintar que o mesmo permanece mais em sala.
Durante uma certa manhã de observação, pode-se perceber a sua preferência por filmes ficando bem atento a televisão.
Nas atividades propostas do dia Jeferson não as realiza sozinhas e assim as atividades quase sempre ficam em branco. A professora conta com a ajuda da psicóloga da escola e o aluno tem seu atendimento sempre às quintas feiras.
A professora apontou sua insatisfação em relação ao acompanhamento pedagógico e da psicóloga. Sendo que o caso do aluno mobilizou a todos do colégio. Daí pode-se perceber a vontade dos profissionais em ajudar ao Jefferson.
Em relação a sala de AEE da escola, notamos a ludicidade da sala e sua estrutura bem elaborada. A sala é climatizada, possui um tapete de EVA colorido e vários livrinhos de histórias e jogos educativos.
Durante as nossas conversas com a professora e também de nossa própria observação o aluno não interage em todos os espaços, pudemos ver isso na hora de um ensaio de são João em que todas as crianças foram menos Jeferson sendo que o mesmo ficou lanchando durante todo o ensaio e fugindo da professora.
Observamos também que o aluno é carinhoso com a professora, mas quando é contrariado costuma reagir de forma agressiva.
Identificação da natureza do problema
Ao conversar com a professora de sala e de AEE podemos concluir que o diagnostico do aluno com síndrome do espectro do autismo só foi diagnosticado no infantil III quando a professora “notou” através de suas observações que poderia ter algo a mais com Jefferson, além da falta de rotina em casa e limites.
O caso do aluno foi aceito demoradamente pela família sendo um ponto colocado pela professora. A mesma fala sobre suas dificuldades em construir vínculos entre o aluno, escola e família.
Durante nossas visitas e questionamentos feitos as professoras, pode-se observar que Jeferson reconhece algumas formas geométricas e também alguns números, possuindo insegurança ao pegar no lápis (traçado fraco). Além de ser acompanhado pela escola, Jeferson recebe também apoio de psicólogos e pediatras em alguns dias da semana. O aluno não reproduz a maioria das atividades em sala, exceto as atividades mais lúdicas. Um de suas potencialidades é nas atividades relacionadas à motricidade ampla.
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