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Estágio anos iniciais

Por:   •  2/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.154 Palavras (9 Páginas)  •  536 Visualizações

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Título

Autor

Profº

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia –

25/06/2015

RESUMO

O presente trabalho apresentará um relato descritivo da minha prática docente nos diferentes segmentos da educação: educação Especial, Educação Infantil, Ensino Fundamental- Anos Iniciais e Anos Finais. É abordada  a dificuldade do professor sem formação inicial que atua em sala de aula, a importância do amparo do Projeto Político Pedagógico e do planejamento das aulas para dar a segurança e o suporte necessário para o profissional que inicia como docente.

Palavras Chaves: Prática docente,  formação inicial –  planejamento – segmentos da educação.

  1. INTRODUÇÃO

Ao iniciar nossa prática docente precisamos aprender a ser professor. Esta bagagem buscamos na universidade para amparar não somente o que exige as legislações atuais, mas principalmente para termos o conhecimento teórico que orientará nossa prática.  Não podemos correr o risco de reproduzir modelos baseados em nossos professores, ou naquele professor da escola considerado “experiente”. Precisamos construir nossa prática levando em consideração nossa crença na educação.  Por este motivo buscar a formação inicial é imprescindível.

É no início de carreira que acontece o que Veenman (1988) denominou de choque de realidade, ou seja, a ruptura entre os ideais elaborados durante os cursos de formação inicial e a realidade da profissão docente.

Os problemas mais frequentes enfrentados pelos professores iniciantes são: a indisciplina na sala de aula, a pouca motivação dos alunos, o tratamento das diferenças individuais, a avaliação dos trabalhos dos estudantes, a relação com os pais e até o abandono da profissão.

 A transição de estudante a professor é um período muito difícil e complexo, no qual, apesar de terem passado muitos anos de suas vidas na escola, os professores têm que assumir ali outra função, na qual estão incluídas novas responsabilidades.

Marcelo García (1999) argumenta que o professor principiante pode ser acometido por quatro erros. Primeiro, uma repetição acrítica de condutas observadas nos pares; segundo, o isolamento dos seus colegas; terceiro, a dificuldade em efetuar a transposição didática dos conhecimentos adquiridos durante a formação inicial; por m, assumir uma concepção técnica do ensino, pautando-se em uma educação exclusivamente bancária. 

A arte de ensinar é uma tarefa difícil demais para que alguém se envolva nela sem entusiasmo, paixão e muita perseverança. São inúmeros os desafios enfrentados por professores de todos os cantos do mundo diariamente.

Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação social.,  pois a docência vai mais além do que somente dar aulas, . A formação dos educadores não se baseia apenas na racionalidade técnica,  como apenas executores de decisões alheias, mas , cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar. 

O desejo de transmitir conhecimento e a possibilidade de transformar a realidade de jovens e crianças  por meio da educação são alguns dos fatores que incentivam a atuação de professores iniciantes e por este entusiasmo inicial por muitas vezes são taxados de românticos e sonhadores.

Neste trabalho relato a minha prática docente como professora sem formação inicial completa. A prática em diversos segmentos da educação, descrevendo as alegrias, dissabores enfrentadas por um professor da atualidade iniciando sua carreira.

  1. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O exercício da docência na minha carreira profissional iniciou no ano de 2013 e desde lá tenho trabalho em diferentes segmentos da educação: Educação Especial, Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais com a disciplina de Empreendedorismo.

Em apenas três anos de exercício da profissão de professora, tive a oportunidade de vivenciar experiências bastante distintas dentre da educação. A falta de professor obriga as secretarias de educação a contratarem professores temporários sem formação. O fato de estar cursando a graduação em Pedagogia já nos abre caminho. Mesmo que esse caminho seja tortuoso, pois as vagas oferecidas são sempre aquelas que sobraram, que ninguém mais quis. Este pode ser um motivo de apreensão a principio pela nossa falta de experiência, mas por outro lado nos possibilita conhecer nuances que em muito agregarão para nos tornar um profissional multifacetado.

Meu primeiro ímpeto quando entrei numa sala de aula como professora foi de reproduzir o que eu havia vivenciado nela como aluno, ou seja, reproduzir a forma de trabalho dos meus professores. Esta é uma postura bastante tentadora, pois nos deixa seguros, afinal de contas aprendemos com nossos professores. Passado o impacto inicial veio a reflexão: já estou em formação e por isso preciso conciliar o que tenho visto na graduação e colocar em prática de uma maneira arrojada e dinâmica, com uma postura, pois os tempos são outros. Já não cabe mais uma educação tradicional e num modelo de cópia e repetição.

A abordagem tradicional do ensino partia do pressuposto de que a inteligência torna o aluno capaz de armazenar informações, das mais simples as mais complexas. Nessa perspectiva é preciso decompor a realidade a ser estudada com o objetivo de simplificar o patrimônio de conhecimento a ser transmitido ao aluno que, por sua vez, deve armazenar tão somente os resultados do processo. Desse modo, na escola tradicional o conhecimento humano possui um caráter cumulativo, que deve ser adquirido pelo indivíduo pela transmissão dos conhecimentos a ser realizada na instituição escolar . O papel do indivíduo no processo de aprendizagem é  basicamente de passividade.

Segundo Mizukami ( 1996), atribui-se ao sujeito um papel irrelevante na elaboração e aquisição do conhecimento. Ao indivíduo que está adquirindo conhecimento compete memorizar definições, enunciados de leis, sínteses e resumos que lhe são oferecidos no processo de educação formal a partir de um esquema atomístico.

Era preciso a reinvenção, buscar a metodologia que possibilitasse aos alunos se tornarem pessoas críticas. Foi necessário voltar aos livros de teoria, trazer o conhecimento acumulado de tantos educadores para que minha prática se tornasse significativa e prazerosa.

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