FICHAMENTO RUI CANÁRIO
Por: Marinês Schmitt • 23/11/2019 • Resenha • 767 Palavras (4 Páginas) • 929 Visualizações
Nome da acadêmica: Marinês da Silva Schmitt
Data do fichamento: 27/10/2019
REFERÊNCIA
CANÁRIO, Rui. Escola: crise ou mutação. In: CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre : Artmed, 2006. (p. 11-50)
CITAÇÃO | COMENTÁRIO |
“A resposta a este tipo de desafio implica concepções e práticas educativas que valorizem uma função crítica e emancipatória que permita compreender o passado, problematizar o futuro e intervir de modo transformador e lúcido no presente. ” (2006, p. 12) | O momento histórico de nosso país nos faz refletir sobre este desafio a cada dia: o papel deste educador nunca foi tão necessário diante de um movimento que anula a trajetória de lutas e construções por uma sociedade mais justa e equidária. Intervenção transformadora e lúcida capaz de compreender a que servem cada simples “atividade” proposta ao aluno, qual será sua atitude (reflexiva ou apenas reprodutora/conteúdo – exemplo, citação sobre o estudo do zênite). |
“A reinvenção do ofício do professor apela, hoje, para o procedimento inverso, a transformação dos alunos em pessoas.” (2006, p.23). | Outorgar ao estudante autonomia para produção de saberes, propicia a mudança nas relações educativas e na autoimagem deste. Desta forma, também democratizar o espaço de ensinante, sem medo de perder o “poder”. Ao contrário, buscar recriar a imagem profissional positiva, do professor analista, reinventor de práticas e de construção de sentido para as situações educativas. |
“É fundamental recolocarmos a educação no centro do debate filosófico e político, ou seja, deslocá-la do terreno dos meios para o dos fins.” (2006, p. 23) | Creio ser fundamental que o professor reafirme seu compromisso com o saber, não apenas do seu aluno, mas com o próprio. Enfrentamos uma enxurrada de “profissionais da educação”, de áreas diversas que acreditam que educação se faz com qualquer ferramenta, pois basta apenas ensinar. Ensinar o quê? Para quê? Apenas estando nossos saberes e reflexões alicerçados na filosofia (verdadeira) e assumindo-se agente político e de transformação não seremos engolidos por essa onda de que qualquer profissional é capaz de suprir nossa ação pedagógica. Felizmente, alguns serão. Portanto, não basta conhecer as dificuldades que atravessamos na educação, precisamos de coragem para assumir compromissos com a educação que queremos. |
“A vontade e o desejo de aprender é algo intrínseco, cuja a origem e recompensa residem no seu próprio exercício...” (2006, p.35) | Compreender, aceitar e aplicar este conceito é a chave perfeita para a aprendizagem. Em grande uso atualmente, o conceito de desapegar-se aplica-se bem nesta reflexão. O professor precisa desapegar-se da ideia que ele “ensina” algo. Necessita entender que a aprendizagem reside no próprio aprendente, que seu papel é encaminhar este processo. Dar sentido às experimentações, nas tentativas de acerto e erro, nas interações sociais, na resolução de problemas: o eu, o outro, o mundo – assim aprendemos. |
“A educação do futuro será marcada pela centralidade da pessoa que aprende, o que implica repensar os modos de trabalho dos educadores.’ | A “inclusão” escolar (o que se pretende, não a realidade), coloca na lente de aumento o propósito da educação do futuro. Estamos “educando” para qual sociedade, se não somos capazes de aceitar a realidade em que nossos alunos estão inseridos, com suas conquistas, mas com seus grandes desafios. Não podemos fitar o passado, apenas aprender com ele. Nossas crianças estão diante de outros desafios sociais: suas famílias estão formatadas em outras bases ou ainda não podem contar com as mesmas, os responsáveis vivem grandes dificuldades em suas relações com o trabalho, sobrevivência. Como esperar que tenhamos as mesmas relações com estes estudantes? Se avaliarmos assim, não teremos mais alunos. Precisamos de um novo olhar, para este novo aluno. Aprender a nos colocar no papel de aprendentes, a democratizar o ensinar. |
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