FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
Por: André Phillipe Pereira • 27/10/2019 • Dissertação • 642 Palavras (3 Páginas) • 784 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
ATIVIDADE NO PORTFÓLIO
Faça a leitura do artigo “Psicogênese da Língua Escrita”, de Onaide Mendonça e, depois, escreva um texto crítico e reflexivo a respeito das contribuições, dos equívocos e as consequências geradas pela má interpretação da psicogênese da língua escrita para o trabalho pedagógico de alfabetização.
ALFABETIZAÇÃO: UM CAMINHO EM QUE O ESTUDANTE É O PROTAGONISTA
Conhecido por todos os estudantes e pesquisadores da área de educação, Emília Ferreiro e Ana Teberosky, tornaram-se grandes colaboradores nos aspectos linguísticos significativos da alfabetização fundamentadas na psicolinguística iniciaram sua pesquisa de doutorado a partir de 1974 investigando a gênese do processo de apropriação do sistema de escrita alfabético pela criança. Com sua pesquisa comprovaram que as crianças apresentam “níveis conceituais linguísticos, ou seja, elas constroem hipóteses a respeito da escrita, que se configuram nos seguintes níveis: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.” (SILVA e FARAGO, 2016)
Segundo Mendonça e Mendonça (211) a psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema alfabético, ou seja, o aluno, na fase pré-silábica do caminho que percorre até alfabetizar-se, ignota que a palavra escrita representa a palavra falada, e desconhece como essa representação se processa. Precisa então responder o que a escrita representa e o modo de construção dessa representação.
Essa pesquisa tem seus méritos quando apresenta os níveis e as hipóteses que são elaboradas pelos alfabetizandos, no entanto, acredito assim como a teoria construtivista que o estudante é o protagonista do seu conhecimento mas discordo ao relatar que o professor não pode intervir.
Temos como positivo que a “didática do nível pré-silábico se caracteriza pela criação de um ambiente rico de materiais e atos de leitura e escrita; não há seleção e ordenação de letras ou palavras para vivenciar”, assim as crianças tomam contato com todas as letras e com qualquer palavra.
Acredito que de alguma maneira o professor pode intervir apresentado ao estudante um caminho para que ele consiga chegar ao conhecimento com seu esforço. Esse método de mutua ajuda entre professor e estudante chama-se método de educação colaborativa onde todos os que estão ali estão de alguma maneira aprendendo e descobrindo novos caminhos.
O equívoco que se configurado na exclusão da experiência silábica do professor parece ser fruto de algumas orientações pedagógicas, surgidas no afã de combater as atividades mecanicistas herdadas de tempos anteriores, em especial, das cartilhas.
Talvez este equívoco seja o maior responsável pelo atual fracasso na aprendizagem da leitura e da escrita. É como se houvesse uma cortina de fumaça que impedisse a visão, ou como se alguém tivesse realizado uma lavagem cerebral nos responsáveis pelas divulgações de tais concepções, já que é inconcebível ao alfabetizador aplicar frequentemente avaliações diagnósticas para verificação dos níveis dos alunos e permanecer de mãos atadas sem poder ajudá-los. (MENDONÇA e mendonça (2011). Parece ser muito difícil abandonar as antigas práticas em sala de aula, para avançarmos na criatividade e entendermos que o estudante sim é o grande protagonista de seu conhecimento.
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