FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEORICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Por: inezita • 13/5/2016 • Projeto de pesquisa • 1.661 Palavras (7 Páginas) • 733 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
POLO DE SÃO PEDRO DO SUL
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEORICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III, ÉTICA PROFISSIONAL E DIREITOS HUMANOS.
CLAUDIA BEATRIZ DIESEL RA 9499532465
DESAFIO PROFISSIONAL:
TUTORA EaD LUCIANA F.NAKAMURA ZACARIN
SÃO PEDRO DO SUL / RS
2015
- MAPEAMENTO DAS PALAVRAS OUVIDAS NA VISITA DOMICILIAR COM DONA FLORINDA
“Sabe Dona Cristina, a vida ta muito difícil, meu marido ta desempregado já a três meses, e não tem jeito de conseguir outro emprego, e eu que não tenho estudo, imagina só a senhora, fica mais difícil ainda. Porque só o que eu sei fazer é faxina, mas com quatro crianças pequenas quem vai querer me dar uma faxina para eu fazer? Onde vou deixar as crianças? E, também, eu sou doente não posso forcejar. Além do que meu filho mais velho é terrível, só quer andar correndo rua, tenho que ir todo dia no colégio e nem assim ele me obedece. Não sei mais o que faço com ele, às vezes tenho vontade de entregar ele para o Conselho Tutelar, até já avisei que se ele não melhorar vou fazer isso. Por isso que eu fui lá no CRAS, pra ver se vocês podiam me ajudar, conseguindo um pouco de comida, e um dinheiro pra eu pagar a luz e a água que tão vencidas e o Bolsa Família não deu pra pagar tudo e ainda comprar comida.” |
- ENCONTROS E TEMÁTICAS A SEREM ABORDADAS:
Encontro 1 | Código de Ética |
Encontro 2 | Programa Bolsa Família |
Encontro 3 | Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos |
Encontro 4 | PAIF- direitos do cidadão |
Encontro 5 | Função pedagógica do Assistente Social |
Encontro 6 | Autoestima |
- MAPEAMENTO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS DISCUTIDAS EM CADA ENCONTRO
Acreditamos que o mais importante a ser levado em consideração durante as intervenções de um profissional, assistente social, é o fato de que temos de respeitar as individualidades de cada um, sem realizar pré-julgamentos ou tomar como base nossa própria convicção a cerca o assunto a ser abordado, como nos propõe os artigos 4º e 5º do Código de ética Profissional:
Art. 4° ‐ O assistente social no desempenho das tarefas inerentes a sua profissão deve respeitar a dignidade da pessoa humana que, por sua natureza é um ser inteligente e livre.
Art. 5° ‐ No exercício de sua profissão, o assistente social tem o dever de respeitar as posições filosóficas, políticas e religiosas daqueles a quem se destina sua atividade, prestando‐lhes os serviços que lhe são devidos, tendo‐se em vista o princípio de autodeterminação.
Quando pensou-se em desenvolver os temas apontados acima, imaginou-se que desta maneira estaríamos empodeirando os indivíduos envolvidos na ação da real situação que se apresenta, tanto para o usuário, que passaria a tomar conhecimento dos seus direitos como cidadão e dos seus deveres como família. Este passaria a ter conhecimento que é dever do Estado ofertar condições mínimas para que sua família possa buscar acesso à educação desde a Educação Infantil, nas creches, até o apoio psicossocial para os adolescentes desmotivados que necessitam tomar posse do seu destino desde tenra idade.
Para tanto acessando as políticas tanto de saúde, quanto de educação ou de assistência, onde todo individuo deve fortificar-se para passar a ser dono da sua própria vida e não mais conformar-se em receber donativos que irão acalmar necessidades momentâneas.
Temos as três abordagens para os perfis pedagógicos, sendo: Pedagogia da ajuda, pedagogia da participação e pedagogia emancipatória.
Acreditamos que a grande maioria das famílias em vulnerabilidade, ainda se encontram com a visão de que o Estado, deve ajudar somente; uma vez que viemos a muitos anos num percurso histórico, onde são vistos os indivíduos com necessidades e o assistencialismo reforçava a visão de que deveríamos ajudar a sanar as necessidades momentâneas de cada grupo familiar, sem empodeirar o sujeito. Porém podemos levar esta pedagogia da ajuda como o alicerce de ajuda para o conhecimento, conhecimento relacionado aos direitos e a própria aprendizagem profissional; onde entraremos então numa perspectiva da pedagogia da Construção, levando o indivíduo a construir o seu saber, autoestima, lugar no grupo familiar, na sociedade e no mundo, tornando-se no futuro realmente parte deste processo.
E, explicando de uma maneira mais singela, vejo como Pedagogia Emancipatória o próprio processo de crescimento, que leva em consideração os conhecimentos prévios, correlaciona com o meio e produz sujeitos capazes e donos do seu saber e destino.
- PEDAGOGIA DA AJUDA E O TRABALHO NO CRAS
Para a assistente social e coordenadora do CRAS, este equipamento deveria ofertar ações que viessem de encontro ao que ela havia estudado, onde deve ser despertado no sujeito o desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades para que ele seja um ser proativo dentro de seu grupo familiar, bem como dentro da sociedade na qual ele está inserido, porém, o que ela encontrou foi aquilo que ela acreditava não mais fosse o perfil do usuário de um CRAS, que busca o serviço, ainda embasado na Pedagogia da Ajuda, a tanto tempo discutida e com pretensões de ser superada na atualidade.
Com isso ela verificou que era necessário mudar a concepção deste trabalho, tanto para os usuários quanto para a equipe, e isto se dá através do conhecimento dos direitos e deveres de cada um, e propondo-se uma construção metodológica que venha a atender os anseios tanto dos usuários, quanto dos técnicos que precisam colocar em prática este processo de crescimento pessoal e social de todos os envolvidos.
- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Acreditamos que a pior parte para desempenharmos nosso papel de técnico de um CRAS, ou qualquer outro equipamento da assistência social, é despir-se dos tabus que nós profissionais trazemos, para que possamos fazer uma análise totalmente impessoal para nossos usuários, como nos coloca o Código de Ética do Assistente Social: “Art. 4º O assistente social no desempenho das tarefas inerentes a sua profissão deve respeitar a dignidade da pessoa humana que, por sua natureza é um ser inteligente e livre.”
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