Globalização e as diversas infâncias
Por: sthefany karoline félix • 23/4/2019 • Abstract • 1.761 Palavras (8 Páginas) • 190 Visualizações
Universidade Federal de Goiás - UFG
Faculdade de Educação - FE
Sthefany Karoline Felix
Síntese Analítica do texto: “Globalização e infâncias”
Goiânia, Go
2019
O capítulo “Globalização e infâncias” do livro Infância, Stearns, 2006, discorre sobre como a globalização influência e transforma o período da infância.Sendo possível, notar que ao se discutir sobre a nova era desse processo, não se diz a respeito apenas de algo recente e sim de um evento histórico, que foi se transformando, ampliando-se e ganhando novos agentes.
O autor apresenta, ao longo da narrativa, vários fatores que mostram como essa interferência acontece. Com as modificações que foram ocorrendo e a grande amplitude que a globalização foi tomando, houve então ainda mais uma interligação no mundo, gerando assim várias consequências, sejam elas positivas ou negativas. A imigração pode ser citada como aquele que inicia o processo, porque agora vai haver uma maior facilidade de acesso a outros países e automaticamente a novas culturas. A criança entra nessa experiência como um intermediário, devido ao fator de facilidade de aprendizado da nova língua. Todavia, ao analisar esse fator é possível citar que nem sempre a funcionalidade da criança na imigração foi positiva.
Um segundo fator é o trabalho infantil, que não é algo novo, mas que desde existência humana a criança é inserida nesse meio. Ao fazer uma análise histórica ligada ao Brasil e ao inicio da colonização, percebe-se que as crianças já estavam envolvidas nisso, comprovando por meio da fala de Custódio, (2007) em “Trabalho infantil: a negação do ser criança e adolescente no Brasil” que cita: “As embarcações portuguesas trouxeram as crianças na condição de trabalhadoras.”. Ou seja, fala-se de trabalho no século XVI, mas que se sabe que existi desde pré- história e automaticamente mostra-se, que como falado acima, em um tempo a função infantil imigração era de servir como mão de obra. Assim, esse é um fator que puxa o gancho para conseqüências que o trabalho gera. Como a marginalização da infância, porém tendo a compreensão que em diversos casos o trabalho exercido pela criança vem de necessidade familiar. Entretanto, não deixando de perceber que mesmo com uma necessidade sendo colocada em pauta, há um direito sendo retirado dos que vivenciam esta situação. Uma privação da educação, porque em muitos locais ela era e é colocada como algo desnecessário, algo que pode vir em segundo plano, porém acaba por se esquecer que além de um direito, é uma necessidade e é algo construtor na infância. Também retirando delas o direito de brincar e de serem supridas em necessidades básicas, como saúde, alimentação e moradia.
Stearns, 2006, discorre também sobre como nessa nova era da globalização, compreendida entre o final do século XX e o século XXI, os direitos da criança começaram a ser apresentados, discutidos e defendidos para que haja a sua prática. Desse modo, encontra-se um avanço positivo nesse processo, pois assim como ligação entre os países fez com que isso passasse para ser analisado em nível mundial, quando se tornasse algo necessário de prática não seria isolado, mas sim proposto para todos.
A globalização cria também padrões e os dissemina. Eles em vários casos são aceitos por povos diferentes, porque é criada uma idéia do que é o melhor para se viver, para se ter e para se ser. Nesse sentido é utilizado de artistas, de lugares e objetos que se tornam referências as quais alcançam o mundo inteiro. Com isso, é possível citar que o Oriente começa a ganhar espaço com tudo àquilo que vai sendo criado e compreendido como algo bom e algo que possui influência, resultando em culturas baseadas também no Oriente. No entanto, há também aqueles que não se reconhecem, não aceitam bem essas influências disseminadas e cria-se aquele sentimento de identidade em seu país, muitas vezes considerado através da tradição.
Todavia, esse entusiasmo criado pela globalização faz se expandir um fator crucial nesse processo, o consumismo, que se liga a pontos já mencionados acima. O consumo nasce sem uma data pontuada, mas é uma conseqüência da produção, que por muito tempo era restrito a classe alta, mas que com revoluções industriais, a partir do século XVIII em diante, expandem-se as outras. O ato de consumir em um era recente se estende a todos, porque pelo simples fato de possuir dinheiro significa o poder de ter as coisas. Então, o consumismo ligado à criança se vincula como um fator negativo para várias áreas da vida dela. Mas, ao pontuar que já existia um distanciamento para com educação, causado pela falta de incentivo, acesso ou trabalho infantil, é possível afirmar que essa prática difundida na infância cria-se um ser humano apegado ao dinheiro e aquilo se torna enraizado no mesmo. Nessa perspectiva, a necessidade que é gerada de possuir coloca a formação educativa como algo secundário, porque se torna difícil conseguir o desligamento da necessidade gerada de se manter nessa esfera de consumismo para se vincular a uma esfera educacional. Ou seja, é possível se considerar que a forma de vivência na infância e as variáveis atreladas, tornam distintas as maneiras de se lidar e de viver essa etapa. Sendo percebido que, colocar os primeiros anos da vida como algo imutável, que deve permanecer igual para todos seria como buscar acabar com tradições, culturas e formas de construir. Portanto, a análise que se deve fazer é “Como o mundo transforma a vida de uma criança?”, “Como as ligações que existem entre os países podem influenciar toda uma população?” e isso a começar pelos mais novos e então ser capaz de perceber a positividade ou a negatividade disso.
Diante de todo exposto, daquilo que o autor quis passar mediante ao capítulo “Globalização e infâncias”, Stearns, 2006, pode- se afirmar que a tese defendida é bastante realística com o que foi vivenciado e vivenciado no século XXI. A Globalização se trata de um processo histórico, político, cultural e econômico, ou seja, ela perpassa por todas as esferas do nicho mundial. Dessa maneira, quando citada a interferência que ela exerce sobre infância é preciso primeiro pontuar que, quando se fala sobre infância se diz a respeito de uma fase que contém várias formas de análise, devido às mudanças sofridas durante a existência humana e as diferentes maneiras de lidar com essa fase. E é importante compreender que se trata de um período da vida do homem, mais em específico, o primeiro. Entretanto, é uma fase completa, ou seja, vai apenas sendo aflorada através do contato com o lugar e com tudo aquilo que o compõe. Começando então a criação de impressões e algumas raízes. Sendo assim, poderia se afirmar que a infância é vivenciada de uma maneira diferente em cada lugar, porque os componentes variam de acordo com o que é construído em cada cultura.
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