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HISTORIA

Por:   •  9/12/2015  •  Exam  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  263 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE PEDAGOGIA

DEPARTAMENTO DE EDUCÇÃO II

AVALIAÇÃO DE HISTÒRIA DA EDUCAÇÃO

ALUNA: MARY JAIMY SOARES DA SILVA  

1º Período de Pedagogia

Prof. Dr. Acildo Leite da Silva

1 - Faça um breve comentário sobre as sociedades hidráulicas e suas contribuições para a educação e formação cultural do mediterrâneo.

As grandes sociedades hidráulicas nascem no extremo oriente com a China e a Índia, onde acolhem populações numerosas e diversas e organizam sua vida de modo unitário por meio da religião e do papel do Estado. São sociedades ligadas à cultura de vegetais. Por isso ligadas também ao problema da irrigação. Aspectos centrais também nas sociedades hidráulicas mais ocidentais: da Mesopotâmia e do Egito, que se modelam segundo a mesma estrutura das asiáticas e manifestam as mesmas características. Na cultura desas sociedades, a natureza aparece divinizada, pensada por meio de uma série de hierofanias e de cosmogonias. Textos depositados nas mãos de grupos sacerdotais que são seus guardiães e seus intérpretes, e que detêm, portanto, as chaves da tradição, governam a produção ideológica, constroem ou reproduzem a mentalidade coletiva no seu nível mais profundo, de concepção do mundo. A educação baseia-se pela transmissão da tradição e apredizagem por imitação, mas tende a torna-se cada vez mais idependente deste modelo e a redefinir-se como processo de aprendizagem e de transformação ao mesmo tempo. Liga-se cada vez mais à linguagem - primeiro oral, depois escrita, tornando-se cada vez mais transmissão de saberes discursivos e não somente de práticas, de processos que são apenas, ou sobretudo, operativos. Com uma escola dúplice(de cultura e de trabalho: liberal e profissional) que acentuará o profundo dualismo próprio das sociedades hidráulicas ou agrícolas, ligado ao enrijecimento dos pápeis sociais em classes sociais separadas, com alguns aspectos quase de castas.

2 - Das sociedades antigas do Extremo e Médio oriente - China , Índia, Egito e Mesopotâmia - faça um paralelo entre semelhanças de duas das sociedades elencadas no que tange aos aspectos religiosos, sociais políticos e educacionais.

São sociedades agrícolas e manifestam as mesmas características sociais e técnicas. Com natureza divinizada, pensada por meio de uma série de hierofanias e de cosmogonias, onde a educação é baseada na transmissão da tradição e aprendizagem por imitação.

Na China , a estrutura de base familiar da sociedade, ligada a uma família como gens e organizada em torno da religião dos ancestrais, é que provoca esse imobilismo que chegou quase intato até o nosso século. A religião confuciana, racionalista e prática, favoreceu ainda a separaçãoentre governantes e governados, dando aos funcionários do Estadouma identidade própria, enriquecida por religiões  mais sofisticadas que o taoísmo e o budismo, "funcionários literatos"chamados mandarins: uma casta educada em escolas especializadas e fortemente intelectualizadas. Ao lado dos mandarins, existem camponeses, artesãos e mercadores que jamais atingem o exercício efetivo do poder, nem conseguem elaborar uma cultura organicamente definida como fez o grupo literário. A estrutura da sociedade chinesa permanece profundamente tradicional: familiar, patriarcal, autoritária, sacro-burocrática, nutrida de cultura literária ou técnica. A educação também é tradicional: dividida em classes, opondo cultura e trabalho, organizada em escolas fechadas e separadas para a classe dirigente, nas oficinas para os artesãos ou nos campos para os camponeses. Na Mesopotâmia os povos que dão vida a história da civilização são os sumérios e os semitas. Os sumérios são um povo de origem incerta, talvez das montanhas; e os semitas vêm do deserto e se infiltram na terra entre os dois rios. São os sumérios que organizam a vida social, fundando cidades, canalizando as águas, cultivando grãos, cevada, palmáceas e vivendo em paz, sem 'política do poder" e adorando deuses nos templos. No II milênio a.C eentram na regiãooutros povos que fundam novos estados, dando início a uma nova fase histórica: de domínio, de expansão de desenvolvimento técnico e cultural.

3 - Quantos aos modelos teóricos Sócrates, Platão, Isocrates e Aristóteles, fale sobre dois modelos de Paidéia.

Sócrates, Platão, Isocrates e Aristóteles, sob uma nascente pedagógica intensa e dáfana, nos enumeram uma pedagogia sistematizada, autônoma e intelectual jamais conhecida ao tempo.

Paidéia de Sócrates: é problemática e aberta; mas fixa o itinerário e a estrutura do processo com as escolhas que o sujeito deve realizar; consigna um modelo de formação dinâmico  e dramático, mas ao mesmo tempo individual e universal. Estamos diante de um modelo de paidéia entre os mais lineraes e densos, já que Sócrates bem reconhece o caráter pessoal de formação, seu processo carregado de tensões, sua tendência ao autodomínio e autodireção e o fato de ser uma tarefa contínua. A pedagogia da consciência individual orientada pela filosofia qualifica-se como, talvez, o modelo mais móvel e original produzido pela época clássica; características que, por milênios, tornarão tal modelo paradigmático e capaz de incidir em profundidade sobre toda a tradição pedagógica ocidental.

Paidéia de Platão: fixa em seu pensamento dois tipos de paidéia, uma - mais socrática - ligada à formação da alma individual, outra - mais política - ligada aos papéis sociais dos indivíduos, distintos quanto às qualidades intrínsecas da sua natureza que destinam a uma ou outra classe social e política. A formação da alma é teorizada, sobretudo, no Fédon, no Fedro, e em O banquete(diálogos que estão na encruzilhada entre a juventude e a maturidade), e implica uma hierarquização entre as diversas almas sob o controle do auriga-razão, tendendo à pura contemplação das idéias. Neste itinerário, a alma se eleva através da beleza e assim se espiritualiza por meio de uma ascese ao mesmo tempo ética e cognitiva, atribuída à dialética. Já neste primeiro modelo de formação, ligado à condição do homem "aprisionado na caverna" do corpo e da opnião, sublinhado-se o forte acento inividual e dramático da paidéia, cujo objetivo é o reconhecimento da espiritualidade da alma e da sua identidade contemplativa.

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