HOMOFOBIA NAS ESCOLAS : E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Por: Jussara Paiva Paula • 12/12/2022 • Artigo • 1.750 Palavras (7 Páginas) • 105 Visualizações
Colégio Estadual do campo Rui Barbosa
Emilly da Silva Paula
HOMOFOBIA NAS ESCOLAS : E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Agudos do Sul
2022
Emilly da Silva Paula
HOMOFOBIA NAS ESCOLAS : E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Trabalho apresentado “ Se liga é tempo de aprender mais”- 9° ano.
Orientadora: Profª. Dhuly E. L. Ribeiro Alves
Agudos do Sul
2022
INTRODUÇÃO
Este trabalho busca compreender a homofobia no ambiente escolar e seus impactos do preconceito e da discriminação no acesso e da escola. A violência vivenciada pelos educandos, por causa das suas orientações sexuais e identidades de gênero diferentes, resultamdo , para muitos destes educandos , em experiências traumáticas sendo tão perversa que os levam ao abandono da escola aumentando os índices da evasão escolar. Este processo representa um prejuízo educacional para o estudante comprometendo sua formação escolar e pessoal. Por fim, discorre sobre a importância do movimento social na luta por marcos legais e políticas públicas que garantam direitos e o exercício da cidadania da população LGBT.
Palavras Chaves: Homofobia; Movimento LGBT; Educação; Direitos Humanos; Evasão Escolar.
Sumário
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------1
1.Homofobia na escola --------------------------------------------------------------------------------2
1.2 Desafios para acesso e permanência de estudantes LGBT na escola---------------2
Conclusão -------------------------------------------------------------------------------------------------3
Referências------------------------------------------------------------------------------------------------4
1.HOMOFOBIA NA ESCOLA
A homofobia é forma discriminatória para inferiorizar, menosprezar e constranger o sujeito, formas cruéis de agressões físicas ou verbais. Em especial, a comunidade estudantil LGBT tem sido alvo do preconceito desde muito cedo, experimentado a hostilidade da “pedagogia do insulto” qual seja: nas brincadeiras, apelidos, piadas e xingamentos agressivos. No ambiente escolar é comum identificar o “veadinho da escola”, a “mulher macho”, as “aberrações” quando se dirigem aos transexuais e travestis. Mesmo antes de conhecer a identidade de gênero o estudante LGBT é hostilizado por parte dos colegas e alguns professores, experimentando o sofrimento e violência na escola.
É através destas e outra ações discriminatórias que os estudantes LGBT são silenciados e dominados pelos ditos “normais”. Assim, a escola define normas, hierarquizando seus espaços de atuação, delimitando o que o “normal” e “anormal” através dos discursos, representações simbólicas e práticas pedagógicas.
Dentro deste cenário a masculinidade se revela por meio da violência como forma de afirmação da virilidade. A escola produz as identidades heterossexuais atingindo todos os educandos, perpetuando a dominação de quem manda sobre os dominados, criando um ambiente de tensão e violência, alimentando a homofobia o sexissímo e a misoginia. Este sofrimento também é vivenciado na família, nos conventos, seminários, no esporte, nas forças armadas, no trabalho e outros espaços, causando prejuízo e constante risco de violência numa sociedade machista, sexista, misógina e homofóbica.
A exclusão para além da escola se dá pela privação coletiva de interação nos espaços públicos propícios para trocas de vivencias. A escola em particular é um ambiente que pode oferecer condições de incluir e não excluir os sujeitos. O comportamento homofóbico que pode ser entendido também como forma de “bullying”, afeta o estudante na escola e tem como consequência o fracasso e evasão escolar. É comum os estudantes LGBT mascarar sua identidade de gênero para serem aceitos pelos diversos grupos sociais, desta forma, fugindo dos rótulos e estereótipos tão comuns no ambiente escolar. Nesse espaço, considerados por vários estudiosos como lugar privilegiado para construção da cidadania, a escola assume dentre os vários espaços públicos, local de possibilidades de mudanças e ruptura da hierarquia de gênero.
A escola, a família e a sociedade de modo geral tratam a questão da sexualidade como um problema, especificamente na escola a manifestação da sexualidade torna-se conflituosa, pois esbarra na falta de preparo do corpo docente em lidar com a sexualidade e assuntos relacionados. O impacto para inclusão de modo geral na escola pública brasileira é complexo, não só para a diversidade sexual, mas, para as diferenças sociais, econômicas, físicas, raciais, religiosas, orientação sexual, constituição familiar, entre outros. A política educacional e o modelo pedagógico da escola, ao longo dos anos, foram construídos numa perspectiva de formar educandos com comportamentos “iguais”, não suportando a diferença. Assim, é comum os professores encontrarem dificuldades na para lidar com situações que saiam do padrão, principalmente na atualidade que tem como proposta uma escola inclusiva. A política de inclusão que possibilita acesso na escola a todos e todas não é suficiente. Além do acesso, torna-se necessário um ambiente escolar com todos os recursos físicos e de pessoal para garantir a permanência. Dentre esses recursos, incluímos a capacitação dos professores e professoras no acolhimento das diferenças que encontrarão neste processo de inclusão.
É comum a distâncias entre gerações (educando/educador) e sendo assim, é perceptível a diferenças na forma de pensar e agir de uma geração para outra. Para o profissional da educação a renovação de geração de educandos será desafio presente. É preciso compreender que faz parte da profissão buscar uma forma de interagir com essas novas gerações e demandas no ambiente escola. Outro ponto necessário a destacar é que, a escola que inclui é a mesma, em muitos casos, a que exclui em função da raça, etnia, religião, orientação sexual e outros. Muitas vezes excluem quem mais necessita da escola para ter uma condição melhor para enfrentar as adversidades da vida que para muitos é uma realidade cotidiana como as drogas, doenças sexualmente transmissíveis, homofobia, racismo e outras formas cruéis de preconceitos. Por fim, entender de vez que a escola tem que ser para todos e todas.
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