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História e Didática da EJA

Por:   •  15/10/2018  •  Artigo  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  273 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho tem a pretensão de mostrar o quão importante é a disciplina EJA para a formação do docente, assim mostrar a história da EJA no Brasil, apontar as contribuições de Paulo Freire e a ação da escola diante da educação de jovens e adultos.

Muitos adultos de hoje não tiveram a mesma oportunidade, uns tinham tudo, outros tinham que ir cedo para a roça trabalhar ou trabalhar fora para colocar comida dentro de casa e por esse motivo acabavam não tendo tempo nem disponibilidade de ir para a escola. Sendo assim hoje é difícil para um adulto admitir que ele é analfabeto, ou que ele é incapaz de ler uma simples mensagem, ele acaba indo procurar a EJA para acabar com essa vergonha que ele sente.

O professor de EJA não tem que só ensinar e sim aprender com o aluno também e ter uma ótima interação com o aluno, para que se obtenha ótimos resultados, assim diz Moura (2014) sobre Paulo Freire diante da proposta de educação:

O objetivo da educação para Freire é conscientizar o sujeito sobre sua realidade, a fim de transformá-la. Sua proposta de educação serve de instrumento para a emancipação do sujeito, uma vez que, tem como base o diálogo, a presença da relação educador/educando e a utilização dos saberes prévios para que novos conhecimentos sejam apreendidos.

O diálogo é primordial para a relação de professor-aluno, pois o aluno já traz uma bagagem consigo de muito saber, assim o professor deve reaproveitar esse conhecimento do aluno e lapidar como se fosse um diamante bruto. É claro que ser professor de jovem e adulto não é uma tarefa fácil, é um trabalho que deve ser desenvolvido com muito amor e dedicação, porque ser professor é contribuir com um país para todos.

Educar jovens e adultos para a vida é um desafio. Repensar quais são os objetivos, as metas, os enfoques, as epistemologias, as teorias que fundamentam a docência não é uma tarefa fácil, mas necessária. Precisa-se transformar a educação para transformar a realidade recursivamente, tornando a recíproca verdadeira. (TEIXEIRA, 2006, p. 192)

A EJA não é só alfabetização, e sim transformar o ser em um ser critico, pensante e capaz de interpretar e dar sua própria opinião. É necessário lutar por uma educação melhor para que se atinja o objetivo, o professor junto com o aluno conseguirá obter esse resultado.

EJA, ESCOLA E PAULO FREIRE

Lembrando-se da história do Brasil, vemos que a alfabetização começou com os Jesuítas lá no período colonial, que tentavam alfabetizar os indígenas, assim diz Strelhow (2010):

Com a saída dos jesuítas do Brasil em 1759, a educação de adultos entra em colapso e fica sob a responsabilidade do Império a organização e emprego da educação. A identidade da educação brasileira foi sendo marcada então, pelo o elitismo que restringia a educação às classes mais abastadas. As aulas régias (latim, grego, filosofia e retórica), ênfase da política pombalina, eram designadas especificamente aos filhos dos colonizadores portugueses (brancos e masculinos), excluindo-se assim as populações negras e indígenas.2 Dessa forma, a história da educação brasileira foi sendo demarcada por uma situação peculiar que era o conhecimento formal monopolizado pelas classes dominantes.

Vendo esse descaso com a população mais pobre no período colonial, pode-se concluir que o grande número de jovens e adultos sem escolarização vem lá de trás, de famílias que não tiveram condição de dar estudos para seus filhos.

A EJA desde então, sofreu muitas transformações, a partir de 1930 que a educação de jovens e adultos no Brasil começou a se destacar, e com isso veio sendo criadas vários projetos para melhorar a educação de jovens e adultos no país. Em 1945 a educação de adultos virou destaque na sociedade através de muita luta e garra. Em 1950 foi criada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), nos anos 60 foi criado o Movimento da Educação de Base (MEB). O Governo Militar em 1967 criou o MOBRAL. O ensino supletivo criado em 1971 destaca no Brasil criado pela LDB. Nos anos 80 foi implantada a Fundação Educar, em 2003 o Governo Federal volta com a ideia do Governo Militar, da erradicação de analfabetismo no Brasil, e surgem os programas PROJOVEM e PROEJA, e assim segundo Miranda, Souza e Pereira (2016):

No cenário atual, a sociedade vê a juventude e o adulto analfabeto como sinônimo de problema e motivo de preocupação. A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil é marcada pela descontinuidade e por tênues políticas públicas, insuficientes para dar conta da demanda potencial e do cumprimento do direito, nos termos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988.

Podemos dizer que a situação ainda não está perfeita, pois depende do sistema político do Brasil, é claro que na atualidade o ensino para jovens e adultos está sendo ofertado gratuitamente, mas ainda existem problemas como de falta de professores, falta de estrutura e materiais, pois quem procura a EJA procura um futuro melhor para si.

As escolas que atendem esse público de jovens e adultos tem que entender a situação de cada aluno e acolhe-lo com muito carinho e dedicação, buscando sempre manter esse público, assim mantendo o diálogo entre a gestão e o aluno. Assim diz Dutra e Alves (2017):

O papel da escola

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