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Historia da Educação Infantil

Por:   •  28/4/2016  •  Tese  •  3.420 Palavras (14 Páginas)  •  359 Visualizações

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Historia da Educação Infantil

Conteúdo Teórico:

Ao iniciarmos nossas reflexões sobre o currículo na Educação Infantil , é importante que você primeiramente reflita sobre esta educação , focando na construção política , econômica e social do processo educacional deste nível de ensino , assim como na influência desta construção no trabalho realizado hoje nas escolas .

- Falamos , portanto naquilo que você precisa conhecer sobre a Educação Infantil e sobre a maneira de desenvolver seu trabalho junto às crianças que fazem parte desta etapa da educação .

- Antes de tudo , é preciso que você entenda a que estamos nos referindo quando falamos em Educação Infantil , qual idade está incluída desta educação .

Segundo o dicionário Michaelis 1 , infância é o “Período da vida, no ser humano, que vai desde o nascimento até a adolescência; meninice”.

Com base nesta definição podemos delimitar o período da infância , entre o nascimento ( zero anos ) até aproximadamente 10 ou 12 anos .

- Fazendo referência à educação , percebemos que trabalhamos com a infância na Educação Infantil ( 0 a 5 anos ) e nas séries iniciais da Educação Básica ( 6 a 13 anos ) .

Encontramos também referência à palavra infância, como originária do termo “infans”, com sentido de não fala. Esta referência leva-nos a refletir sobre o sentido dado à expressão “não-fala”:

• Não-fala no sentido dos primeiros meses de vida, quando o bebê não adquiriu a língua de sua cultura? Se assim for, então tão logo a criança fale sairá da infância?

• Ou seria não-fala no sentido da crença cultural de que a fala da criança não conta? “Criança aqui não tem voz, nem vez”., ou “Isso é coisa de criança, não deve ser levada a sério”.

- Seja qual for o sentido atribuído a este termo , “não-fala” , é preciso muito cuidado ao utiliza- lo .

- Hoje , a Educação Infantil constitui-se na primeira etapa da educação básica e destina-se ao atendimento de crianças de zero a cinco anos .

- A Lei nº 9394/96 , Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDBN ) , garantiu às crianças de zero a seis anos o atendimento em creches e pré-escolas , como um direito , inserindo definitivamente a educação infantil no sistema educacional , como primeira etapa da educação básica , seguida do ensino fundamental e médio .

Leia o que diz a LDB, na seção II, sobre a inclusão da Educação Infantil na Educação Básica::

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Cabe ressaltar que , embora o artigo 29 destaque o atendimento da criança até seis anos , a partir de 06 de fevereiro de 2006 , a Lei 11 .

- 274 regulamentou o Ensino Fundamental de 9 anos , com o ingresso das crianças com seis anos no 1º ano do Ensino Fundamental , o que nos deixa na educação infantil com crianças até cinco anos .

- Podemos estabelecer uma linha do tempo desde as primeiras experiências de atendimento às crianças até a criação das escolas municipais de educação infantil .

Criação/Objetivos

A História da Educação Infantil em nosso país apresenta muitos traços comuns com a da Europa Ocidental , embora apresente características próprias , decorrentes de nossas condições sociais , culturais , econômicas e políticas .

- No meio rural , onde residia a maior parte da população do país na época , as mães de alguma forma conciliavam trabalho e cuidado dos filhos .

- Já na zona urbana , bebês abandonados por suas mães , em geral filhos ilegítimos , por vezes de moças de famílias de algum prestígio social , eram recolhidos nas “rodas de expostos” existentes em algumas cidades .

No período que antecedeu a Proclamação da República , algumas iniciativas isoladas de proteção à infância promoveram a criação de entidades de amparo , voltadas ao combate da alta mortalidade infantil da época , o que na verdade , representava apenas uma solução paliativa e não efetivamente uma preocupação com o atendimento das crianças .

- Nessa época não se diferenciavam os objetivos de atendimento de creches , asilos e internatos , porque o objetivo destas instituições era cuidar somente das crianças pobres .

- O debate legislativo questionava que , se os jardins de infância tinham objetivos de caridade e destinavam-se aos mais pobres , não deveriam ser mantidos pelo poder público , mas ficar sob a caridade das famílias afortunadas .

Nesse contexto , foram criados em 1875 , no Rio de Janeiro , e em 1877 , em São Paulo , os primeiros jardins de infância , sem participação do governo , pois estavam sob os cuidados de entidades privadas .

- O que se percebia , porém era uma mudança de foco no atendimento , pois tanto os jardins de infância criados pela iniciativa privada como os criados pela iniciativa do governo dirigiam seu atendimento para as crianças das camadas sociais mais afortunadas e não mais os desfavorecidos .

- Este atendimento seguia o desenvolvimento de uma programação pedagógica inspirada em Froebel , pedagogo alemão que teve grande influência no desenvolvimento da educação infantil .

Enquanto isso, prevaleciam na educação pré-escolar posições que se arrastam até hoje: a de realizar assistencialismo e a de promover uma educação compensatória aos mais desafortunados socialmente. Pensar um ambiente promotor da Educação das crianças dos diferentes grupos sociais era meta colocada com dificuldade.

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