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Homofobia e educação escolar

Por:   •  6/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  219 Visualizações

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Segundo o mini Aurélio – 7ª edição, didática é: “a técnica de dirigir e orientar a aprendizagem”. Porém, considerar a didática como uma técnica, soa como uma ideia fixa, imutável, apesar de este ter sido o conceito considerado há tempos, quando a única visão que se tinha, diante de um professor, era a que chamamos hoje de tradicional, ou seja, o professor como detentor do conhecimento, só ele sabe, só ele conhece, o aluno deve apenas absorver as informações lhe passadas.

Tardif, em “O trabalho docente”, analisa a escola como um espaço sócio-físico: uma sala de aula, onde alunos e professor se interagem. Esta interação se dá com a reciprocidade, pois apesar da escola ser obrigatória, não há como o professor obrigar o aluno aprender, se este não quer. Assim como o professor deve impor ordens e regras, ele também deve respeitar o aluno, diagnosticando suas dificuldades, podendo trabalhar para que estas sejam sanadas. O aluno é o objeto de trabalho do professor, porém o docente não deve trabalhar sobre o aluno, mas sim com e para o discente.

O profissional docente vive uma dualidade: ele e seus alunos ficam dentro de um mesmo espaço físico, que Tardif chama de ‘célula’, neste espaço o professor possui a autonomia de ensinar o aluno como achar conveniente, porém, fora deste espaço o professor sofre com o controle, vindo do governo (que impõe métodos a serem trabalhados em sala de aula), da coordenação (que obedece aos métodos impostos pelo governo, para poder ganhar bônus, caso metas sejam atingidas) e dos pais de alunos (que acusam os professores pelo fracasso do filho, na escola), podendo surgir conflito entre as partes.

A sala de aula pode ser considerada como um espaço de vida, pois é onde passamos a maior parte de nossas vidas. É na escola que aprendemos nos socializar, conviver com regras e obediência. Grande parte do que se aprende, na escola, levamos em nossa bagagem cultural. Apesar de toda tecnologia existente para que possamos nos manter informados, se não houver alguém para orientar um tema, muitas vezes não teríamos a curiosidade de ir atrás de informações.

No livro “Ensinar a ensinar” Elsa Garrido afirma que a sala de aula é um espaço formador, não só para o aluno, mas também para o professor que, em sua graduação, não imagina as situações que poderá encontrar. Apesar de trabalhar casos de ensino, o ser humano não é previsível, ele pode agir de diferentes formas ao enfrentar determinada situação. O modelo processo – produto, aqui trabalhados significa: a melhor forma de ensinar (processo) gera uma boa aprendizagem (produto).

Elsa garrido analisa algumas pesquisas, uma delas feita com diferentes professores mostra que, apesar de o docente elogiar, estimular e encorajar participação do aluno, estes apenas agem de forma passiva, respondendo o que lhes é questionado, então, o professor acaba falando a maior parte da aula, salvo alguns que dão oportunidade de o aluno falar e considerar.

O ensino construtivista emprega o professor como mediador e tira o aluno de sua passividade, considerando seus conhecimentos prévios, os compartilhando e questionando. Cria-se um diálogo entre aluno – professor, havendo trocas e construção de conhecimento. Porém, quando aplicada a pesquisa, foi dificultoso, para os alunos, trabalharem o intelecto de forma crítica, devido a ‘criação’ sob um método pedagógico tradicional.

No livro “As teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na educação”, de José Carlos Libâneo, o autor cita cinco correntes pedagógicas contemporâneas. São elas:

• Racional-tecnológica (tradicionalista/comportamentalista): O professor como detentor do conhecimento. O aluno é formado para a mão-de-obra, para o mercado de trabalho.

• Neocognitivista (cognitivista): O professor atua como mediador, criando as situações e o aluno constrói seu pensamento em cima de suas experiências. Este pensamento é construído através de sua interação social.

• Sociocrítica (sócio-cultural): Professor e aluno possuem uma relação horizontal. Ambos procuram questionar. Enfatiza-se o diálogo crítico.

• Holística (humanista): Professor como facilitador da aprendizagem. Esta teoria vê o mundo como tento todas as partes integradas.

• Pós-moderna (virtual): Nesta corrente, são utilizadas as tecnologias como metodologias e técnicas de ensino, apoiando o professor no ensino. Não são utilizadas apenas como material de trabalho, mas também como objeto de

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