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INCLUSÃO, EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: MÚLTIPLOS OLHARES

Por:   •  29/5/2017  •  Monografia  •  2.298 Palavras (10 Páginas)  •  615 Visualizações

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Curso de Pós-Graduação em Educação Inclusiva

Ana Claudia Justino Marcello

INCLUSÃO, EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: MÚLTIPLOS OLHARES

RESUMO

A educação inclusiva é cheia de pressupostos, que precisam ser quebrados, através de uma educação inovadora, socializadora e transformadora, cujo lema educacional seja desenvolvimento, sem limite ou condição. Independente do meio no qual estão inseridos, a inclusão deve ocorrer de forma limpa, com todas as suas características de aprendizagem e evolução, apontando novas metas de formação e desenvolvimento social e pessoal. A escola deve apresentar ferramentas de formação integra, incluindo todos os seus participantes, ajudando assim na evolução do ser e na construção da identidade.

PALAVRAS-CHAVE: Educação inclusiva. Portadores de necessidades especiais na educação. Desenvolvimento  e inclusão.


1 INTRODUÇÃO

A maior parte dos preconceitos relacionados à deficiência é negativa. Expressam a dificuldade dos indivíduos de lidarem com a deficiência e com o deficiente, pela estranheza que a diferença suscita. A vivência dessa estranheza está diretamente associada com o medo do desconhecido, o medo do estranho, o medo da diferença, o medo do outro (HELLER, 2000).

A inclusão teve grandes marcos históricos, um deles foi no ano de 1990 quando ocorreu a Convenção Mundial de Educação para todos. É importante ressaltar que nessa convenção as Nações Unidas fizeram aprovar em assembleia, importantes documentos que passaram a garantir direito e democratização do ensino, independentemente das diferenças particulares ou individuais dos educandos. (CARVALHO, 2006)

Mas nem sempre essa democratização foi bem aceita na sociedade. Num primeiro momento, os traços da exclusão social e marginalização estavam presentes na forma como as pessoas com necessidades especiais eram tratados e ou vistos pela sociedade e comunidade que as cercavam.

Por volta da década de 1990 as instituições educacionais religiosas que davam apoio e respaldo a essas crianças, no entanto não as ajudava a progredir e se socializar, e sim as escondiam e as colocavam em situações depressivas, de exclusão social, era como se a instituição fosse um “depósito” e não um ambiente acolhedor de aprendizagem. (CARVALHO, 2006)

Sendo assim, o objetivo do trabalho é apresentar conceitos do processo educacional dos alunos com necessidades especiais, e como evitar o distanciamento entre as políticas de inclusão e as práticas de educação formal, de forma que aproxime cada vez mais os educandos da realidade educacional, ajudando no seu desenvolvimento pessoal, social e na integração escolar.

A pesquisa acadêmica tem caráter bibliográfico, que consiste em apresentar autores consagrados e documentos oficiais relacionados à área estudada.

Assim, o primeiro capítulo definirá a integração e a inclusão dos alunos com necessidades especiais, e os múltiplos olhares que os cercam, ou seja, as inúmeras maneiras como são vistos diante da sociedade e da comunidade escolar; o segundo capítulo apresentará a aproximação conceitual, problematização e diversidade de inclusão, definindo melhor os conceitos e as características do desenvolvimento; e por fim o terceiro capitulo, que abordara a escola aberta à diversidade e inclusão, que tem como principal objetivo incluir e socializar todos os indivíduos com necessidades especiais.

Diante disso, justifica-se o tema devido a importância dessa discussão, uma vez que as instituições e a sociedade precisam refletir sobre sua prática social, que interferem diretamente na vida dos alunos, podendo agir de forma positiva ou negativa.

Os educandos necessitam de atenção, respeito e carinho, o professor deve apoia-los na aprendizagem para que seja prazerosa, para que consigam dentro de suas limitações, desenvolver-se da maneira mais natural possível, rodeada por afeto e atenção de toda a comunidade escolar.

2. INTEGRAÇÕ E INCLUSÃO: MULTIPLOS OLHARES

Em 1990 presenciamos a declaração mundial de educação para todos, a partir dai, fica claro que a verdadeira função da escola é estar à disposição e atender a todos de forma igualitária e plena.

A criança tem direito a educação e acesso aos conhecimentos que os cercam, e a escola deve garantir na perspectiva da diversidade o ingresso e permanência das crianças na instituição de ensino, e acolher todos e todas, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou outras.

A expressão necessidades especiais dirige-se a todas as pessoas que são portadoras de necessidades ou dificuldades de aprendizagem. As escolas como ambientes formadores tem o encargo de transmitir e formar opiniões, independente das dificuldades dos alunos, a instituição deverá auxilia-los no processo de construção do conhecimento.

No entanto, durante esse processo, é possível que encontremos inúmeras barreiras e obstáculos, que devemos juntos eliminar as barreiras do preconceito, da discriminação e da desigualdade. Neste contexto, Dussel (2001) citado por Oliveira (2006) afirma:

Aceitar o argumento do outro supõe-se o aceitar o outro como igual, e esta aceitação do outro como igual é uma posição ética, é o reconhecimento ético ao outro como igual, quer dizer, aceitar o argumento não é somente uma questão de verdade, é, também uma aceitação da pessoa do outro (p.70).

Diante do complexo processo de inclusão escolar entendemos que devemos focar em princípios como: a aceitação das diferenças, a valorização de cada pessoa, como um ser único, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação.

O principal problema é que o sistema educacional atual não ocorre à inclusão, mas sim o foco em dogmas autoritários que alguns professores e/ou gestores da educação insistem em manter, distorcendo assim o objetivo geral da educação, tecendo linhas equivocadas sobre as diversidades individuais.

Lima (2006), diz que:

   Normalidade exprime-se por sua sincronicidade histórica, regional, social, etc. Exprime-se por interesses e por atos excludentes. Considerar-se normal é considerar a existência de outros, cujos atributos diferem dos que você elegeu para a normalidade, ao fazê-lo, promoveu a exclusão dos que desses atributos não partilham, ou apenas não são considerados capazes de partilhar (p.61).

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